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Resenha: HUIZINGA, Johan . Homo Ludens: O Jogo Como Elemento Da Cultura - Cap 1 Natureza E Significado Do Jogo Como Fenômeno Cultural, Ed Perspectiva, SP, 2000

Ensaios: Resenha: HUIZINGA, Johan . Homo Ludens: O Jogo Como Elemento Da Cultura - Cap 1 Natureza E Significado Do Jogo Como Fenômeno Cultural, Ed Perspectiva, SP, 2000. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  27/8/2013  •  957 Palavras (4 Páginas)  •  6.399 Visualizações

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RESENHA:

- mesmo em suas formas mais simples, o jogo é mais do que um fenômeno fisiológico ou um reflexo psicológico, ultrapassando limites biológicos e físicos.

- O simples fato de o jogo encerrar um sentido implica a presença de um elemento não material em sua própria essência.

- Algumas definições da função biológica do jogo: (a) descarga de energia vital superabundante, (b) instinto de imitação, (c) necessidade de distensão.

- Apesar dessas relações biológicas, a intensidade do jogo e seu poder de fascinação não podem ser exemplificados por análises biológicas.

- Se brincamos ou jogamos, e temos consciência disso, é porque somos mais do que simples seres racionais, pois o jogo é irracional.

- Encontramos o jogo na cultura, como um elemento dado existente antes da própria cultura, acompanhando-a e marcando-a desde as mais distantes origens até a civilização atual.

- no mito e no culto originam as grandes forças instintivas da vida civilizada: o direito e a ordem, o comércio e o lucro, a indústria e a arte, a poesia, a sabedoria e a ciência. Todas elas têm suas raízes no solo primeiro do jogo, pois tudo é jogo.

- há seriedade e não seriedade no jogo, e rir ou não rir está separado do jogo. O futebol é jogado com seriedade, mas não se ri a todo instante. O ato de rir é exclusivo dos homens, ao passo que a função significante do jogo é comum aos homens e animais. Ainda, temos o cômico, ligado à loucura, mesmo não existindo loucura no jogo.

- o jogo é função da vida, mas não é possível de definição exata em termos lógicos, biológicos ou estéticos. O jogo não é vida corrente nem real, é uma evasão para uma esfera temporária de atividade com orientação própria, e que dá satisfação a todo o tipo de ideais comunitários.

- as regras de todos os jogos são absolutas e não permitem discussão (acréscimo de Rafael Porcari -> no futebol, há um certo relativismo na interpretação das regras, como a intencionalidade / imprudência / casualidade das jogadas).

- o culto é a forma mais alta e mais sagrada da seriedade. E, apesar disso, é um jogo. Estamos habituados a considerar o jogo e a seriedade como antítese, o que não é correto.

- Podemos situar-nos, no jogo, abaixo do nível da seriedade, como faz a criança; mas podemos também situar-nos acima desse nível, quando atingimos as regiões do belo e do sagrado.

- Tanto o feiticeiro como o enfeitiçado são ao mesmo tempo conscientes e iludidos. No jogo, um deles escolhe o papel do iludido.

- Por fim, a noção de jogo associa-se naturalmente à do sagrado. Decidindo considerar toda a esfera da chamada cultura primitiva como um domínio lúdico, abrimos caminho para uma compreensão mais direta e mais geral de sua natureza, de maneira mais eficaz do que se recorrêssemos a uma meticulosa análise psicológica ou sociológica.

AULA EXPOSITIVA do Prof Dr Flávio de Campos sobre o Trabalho de Johan Huizinga;

Huizinga, que escreveu em 1938, sacraliza o esporte. Interessante comparar com Norbert Elias, que escreve sobre o mesmo assunto, em alemão, num mesmo período de barbárie. A explicação da barbárie na civilização pelos jogos e guerras (Huizinga) e pelo processo de civilidade (Elias) se faz pelo caminho menos fácil de explicação.

Reflexão: o que é jogo, o que é o jogo em si mesmo, e o que ele significa para os jogadores?

O jogo é uma totalidade cujo sentido é o divertimento. O “jogo” é um termo extremamente

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