Resenha Laranja Mecanica

LARANJA MECÂNICA

Laranja Mecânica é um filme do ano de 1971, de Stanley Kubrick. Nele trata a historia de um jovem delinquente e sua gangue que são sedentos por violência, onde eles saem à noite de suas casas para espancar pessoas, praticar furtos e roubos e cometer violência sexual contra mulheres. Cometem tais crimes sem ter sentimento algum de culpa, tratando as pessoas com desprezo e indiferença. Cometia tais atos apenas por simples prazer e diversão. Podemos fazer uma analogia com os jovens de hoje, onde estão sendo criados num mundo sem limites, sem conhecer a palavra “não”, onde não recebem nenhum tipo de castigo ou punição pelos seus atos ilícitos.

Alex, um jovem delinquente, sociopata, onde teve a omissão da educação pelos seus pais, um Estado sem punição, a falta de interesse de seu conselheiro por não tomar decisões que mudassem seu comportamento, a sua forma de pensar, ensinando a dizer não a atos violentos, com todos esses motivos, acreditava que nunca iria sofrer as consequências pelos seus atos. Nada muito diferente da situação em que hoje vivemos.

O filme também aborda o direito da liberdade de escolha, onde no próprio nome “Laranja Mecanica”, o autor nos passa a mensagem de uma sociedade que vive condicionada aos controles do Estado, da mídia e aos hábitos impostos pela sociedade. Pessoas como mero fantoche nas mãos do governo, vivendo mecanicamente, onde tudo não passa de um jogo politico e de interesse próprio.

Alex tinha o direito de escolha, no filme deixa bem claro, quando ele e sua gangue estão no bar, bebendo leite com drogas, ele diz varias vezes, como uma rotina por diversas noites “qual vai ser o programa, hem?” ficavam planejando a ultraviolência que iriam cometer. Eles escolheram essa rotina, era parte da personalidade dele, fazia porque gostava.

Depois de o ministro ter usado ele como cobaia no tratamento Ludovico, “curando sua violência”, com atos de crueldade e violência também, com um método desumano, Alex perdeu sua liberdade de escolha e até sua capacidade de se defender. O ministro o usa como campanha politica, iludindo a todos com o fato de que a violência pode ser tirada da pessoa, mas na realidade essa violência não é tratada, e apena inibida pelo tratamento, e podendo voltar posteriormente, pois se trata da personalidade da pessoa, essa era a sua escolha.

O filme nos mostra também o poder do Estado repressor, agindo muitas vezes de formas ilícitas, como o abuso de poder pela policia, que age com violência contra a sociedade, e o Estado, com seus políticos e suas corrupções. Quando o ministro fica amigo de Alex, no hospital, dizendo que iria cuidar dele que daria tudo que precisasse, fez isso, não pensando no mesmo, e nem pensando em como tratar o problema de violência dos jovens contra a sociedade, mas pensando somente em sua campanha politica, apenas usando a imagem de Alex para sua própria autopromoção.

Isso nos mostra de como o governo é preocupado com a situação da sociedade, da população, o Estado que deveria cuidar e dar segurança ao povo acaba sendo omisso nesses requisitos, por nele ter pessoas que apenas pensa em dinheiro, poder e popularidade.