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Resenha MÍDIAS, MÁQUINAS DE IMAGENS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

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Por:   •  21/10/2013  •  1.495 Palavras (6 Páginas)  •  590 Visualizações

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Resenha do texto: Mídias, máquinas de imagens e práticas pedagógicas

A autora Rosa Maria Bueno Fischer é jornalista, graduada em Letras, mestre em Educação pelo Instituto de Estudos Avançados em Educação (IESAE) da Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, e doutora em Educação pela UFRGS. É professora da Faculdade de Educação da UFRGS, na graduação e no Programa de Pós-Graduação. É Professor Associado nível 01, da UFRGS, e membro do Comitê Assessor área Educação da CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Atua também como editora da revista Educação & Realidade, da UFRGS. Foi coordenadora do GT Educação e Comunicação da ANPED nos anos de 2005 e 2006 e atualmente (2007) é membro do Comitê Científico da ANPED. Tem experiência na área de Educação e da Comunicação, com ênfase em Sociologia e Filosofia da Cultura, estudos foucaultianos e pesquisas sobre mídia, juventude e processos de subjetivação.Como EUA pesquisadora do CNPq (desde 1998), trabalha com a temática das relações entre mídia, juventude e educação. Durante dez anos trabalhou na TV Educativa do Rio de Janeiro, como coordenadora de programas para crianças, adolescentes e professores. Nos últimos anos, tem participado como conferencista de inúmeros eventos (congressos, seminários, cursos de extensão). No Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRGS, tem orientado dissertações e teses, em que se cruzam temas relativos a arte, mídia, infância, juventude e particularmente estudos visuais.

O artigo “Mídias, máquinas de imagens e práticas pedagógicas” exemplifica com a descrição de três cenas como a mídia e a velocidade da informação interferem no trabalho pedagógico escolar. Na primeira cena uma adolescente do meio urbano chega em casa após retornar da escola particular e conecta-se rapidamente ao MSN para entrar em contato com os amigos que acabara de deixar na escola, ao mesmo tempo em que se alimenta, presta atenção ao celular, conversa com os pais sem perder de vista as mensagens recebidas e a novela que passa na televisão. Na segunda cena jovens adolescentes do meio rural deixam a escola pública, verificando seus celulares e preocupados em chegar em casa a tempo de assistir Malhação, enquanto os que possuem computador apressam-se em atualizar a sua página no Orkut. Na terceira cena, a jovem professora recém doutorada conversa com os colegas os dissabores de seu trabalho e a contradição entre sua formação e a realidade dos alunos no âmbito escolar enquanto comenta sobre a novela e preocupa-se com o tema do artigo que precisa pesquisar na internet.

As cenas descritas nos remetem a refletir sobre as alterações de comportamentos provocadas pelo contato exarcebado com os meios tecnológicos no mundo de hoje, como aponta a autora: “a) o excesso e o acúmulo de informações, em relação ao tipo de experiência correspondente, de modo particular para crianças e jovens; b) a velocidade do acesso a fatos, imagens e dados, em relação a um tipo diferenciado de experiência com o tempo, a memória e a própria concepção aprendida de história; c) novos modos de viver a intimidade e a vida privada, em relação com a experiência política e as práticas sociais, nos diferentes espaços públicos; d) outros modos de compreender o que seriam as diferenças, de que tanto se fala, em relação às práticas do mercado, ávidas por novidades sempre “outras”; e) a entralidade do corpo e da sexualidade na cultura, em relação direta com a superexposição midiática de corpos infantis e juvenis; f) finalmente, a crescente miscigenação de linguagens de diferentes meios (cinema, televisão, fotografia, artes plásticas, pintura, computador, Internet), em relação às narrativas de agora – ficcionais, publicitárias, didáticas ou jornalísticas.”

A autora relata sobre o uso das novas tecnologias e o domínio das ferramentas necessárias para sua utilização. Parte do exemplo das pinturas rupestres e baseia-se em Focault (2005) ao atentar para a necessidade de analisar as matérias midiáticas, audiovisuais, em articulação com a vida de alunos e professores em suas práticas pedagógicas cotidianas.

Ao defender o estudo das relações entre mídia e educação chama a atenção para o cuidado com a promoção do “apagamento” das concepções antigas pelo novo conhecimento e a delimitação do grupo, época e região do planeta a que a discussão se refere. Ainda cita como exemplo o caso do Orkut e traz dados, que identificam a rapidez com que o site de relacionamentos se tornou o mais utilizado no Brasil, e como esse contato influencia os sujeitos produtores e usuários de mídia no Brasil, nos modos de aprender os fatos da cultura, pelos mais jovens (modos que assumem particularidades quando visto à partir dos olhos de educadores, no cotidiano das vivências escolares).

No tópico “Juventude e memória cultural: um caso a pensar” a autora descreve a pesquisa “alteridade e cultura midiática: memórias de juventude”, onde debate a história de jovens de 15 a 25 anos com a mídia impressa e audiovisual, com a cultura do espetáculo, do consumo e das celebridades narcísicas. Chama a atenção para a forma como a maioria dos anúncios e as propagandas assediam o público jovem que se torna alvo fácil do consumo no mundo de hoje. Nesse tópico é importante salientar que essas transformações culturais da sociedade precisam ser revistas nas práticas curriculares, pois em nossas escolas há um crescente desinteresse do público jovem, visto que, a maioria dos currículos não acompanha a crescente evolução tecnológica da sociedade.

Existe, portanto, uma forte influência da mídia, das imagens e histórias compartilhadas pelos veículos de comunicação na construção do conhecimento de nossos jovens, apontando modelos, através de personagens reais e fictícios que são grandemente elogiados pela ficção

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