Resenha: Série Clube dos Anjos, Pecado da Gula
Por: thiagocesar112 • 9/4/2018 • Resenha • 831 Palavras (4 Páginas) • 470 Visualizações
Centro de Ensino Superior de Vitória (CESV)
Thiago Cesar de Assis Almeida
Resenha: Série Clube dos Anjos, Pecado da Gula
Vitória - ES
2018
Centro de Ensino Superior de Vitória (CESV)
Thiago Cesar de Assis Almeida
Resenha: Série Clube dos Anjos, Pecado da Gula
Resenha apresentada para a disciplina de Leitura e Produção de Texto II, no curso de Bacharelado em Direito, do Centro de Ensino Superior de Vitória – CESV, ministrada pela professora Vanessa Annecchini Schimid.
Vitória – ES
2018
VERÍSSIMO, Luis Fernando. O Clube dos Anjos – Gula. CIDADE. Objetiva, 1998.
Thiago Cesar de Assis Almeida
O livro “Clube dos Anjos – Gula” faz parte da série “Plenos Pecados”, do escritor Luis Fernando Veríssimo.
São sete pecados e sete autores diferentes, narrando as consequências de cada pecado na vida dos indivíduos.
Coube a Veríssimo o pecado capital conhecido como “Gula”.
O livro narra a história de dez amigos: Abel, Daniel, João, Marcos, Paulo, Pedro, Samuel, Saulo, Ramos e Tiago. Quando adolescentes eles se reuniam no “Bar do Alberi” para comerem o picadinho de carne com farofa de ovo e banana. Com a idade surge o desejo de experimentarem novas comidas e conhecerem novos sabores, assim surge o “Clube do Picadinho” e os jantares mensais na casa de cada um deles.
Daniel, que é o narrador da história registra que desde que Ramos morrera os atritos e desentendimentos entre os amigos começarão. Foi dele a ideia de saírem pelo mundo, era ele quem fazia os brindes, ele era o líder e em qualquer grupo ou cultura a morte do líder traz a queda dos liderados.
As reuniões já não eram mais alegres e festivas, aos poucos cada um deles estava perdendo o prazer e a empatia... E então surge um personagem, um cozinheiro que conhece o Daniel por acaso, passa a cozinhar comidas deliciosas para o grupo, todos estão unidos novamente, mas há um preço: A cada jantar feito pelo misterioso Lucídio alguém morre, comendo o último prato que é sempre a refeição preferida do que irá morrer. No final todos morrem, exceto Daniel e Lucídio.
Veríssimo propõe a passar para o leitor uma comédia com um ar de mistério, mas falha nos dois quesitos.
A trama é fraca, mal desenvolvida, são muitos personagens e isso faz com que o leitor se distraia facilmente e tenha que voltar algumas páginas para lembrar quem é quem.
A história segue clichês e preconceitos reprováveis na cultura do politicamente correto presente no século XXI.
Daniel se apresenta como um gordo desleixado, que conhece um homem elegante, conversam sobre comidas exóticas e então Lucídio é convidado para cozinhar para um grupo de fracassados que se reúnem há 21 anos, grupo esse que se deteriora a cada reunião mensal.
Nesse primeiro momento já é notório o primeiro clichê e preconceito: Rapazes que se reúnem desde adolescentes e por conta do pecado da gula tornam-se fracassados na vida.
Em um momento na narrativa Daniel revela que em uma das viagens do grupo Ramos havia confessado para ele que era homossexual e tinha um caso amoroso com alguém de Paris e alguém do Brasil.
O desfecho do livro deixa claro o que a charada que o leitor decifra já nas primeiras páginas: Lucídio era quem matava os outros.
Lucídio era o rapaz de Paris, que tinha um caso com Ramos e Samuel era o do Brasil.
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