Resenha do Livro O que é Leitura

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE CRATEÚS - FAEC

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE

Aluno: Túlio Jander Frota Torres

Disciplina: Produção Textual

Professor: Magna Maricelle Fernandes Moraes Valle

RESENHA DO LIVRO O QUE É LEITURA

Crateús – CE

Maio/2019

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Título: O que é leitura

Autor: Maria Helena Martins

Número: 94 páginas

Resenhista: Túlio Jander Frota Torres

O livro “O que é leitura”, publicado pela editora Brasiliense e escrito pela doutora em Teoria da Literatura e Literatura Comparada, pela USP – Universidade de São Paulo, Maria Helena Martins, apresenta ao leitor um conceito mais abrangente sobre o que é leitura, como ela acontecesse e quais os seus níveis.

A obra é dirigida a todos que se interessam pelo tema e que buscam entender um pouco melhor como ocorre este fenômeno que nos acompanha diariamente em nossa rotina, sobretudo se torna de grande valia para professores e mediadores de leitura, pois no conteúdo deste livro encontrarão conhecimentos que facilitarão o processo de aprendizagem de seus alunos.

O livro é dividido, com competência, em 5 capítulos, que são desenvolvidos em uma linguagem leve, acessível e de fácil interpretação pelo seu leitor. No primeiro tópico a autora desperta o leitor para o verdadeiro significado da leitura, que só se torna efetiva quando existe um interesse do leitor por aquele assunto, caso isso não ocorra a leitura poderá sofrer distorções e não ter o impacto desejável, já que o leitor não estará atento para o seu real sentido e estará apenas, de forma automática, decodificando palavras.

No segundo capítulo, a doutora tenta convencer o leitor que aprendemos a ler vivendo, pois é a partir do contexto pessoal que começamos a aprender a ler, é nas relações entre as experiências de vida e a busca pela solução dos problemas que nos habilitamos a fazer uma leitura do mundo.

Já no terceiro capítulo, a escritora critica a limitação da leitura aos textos escritos, ao afirmar que a maioria dos educandos relativizam o conceito de leitura apenas a “decoreba” de signos linguísticos. Esta percepção prejudica os não letrados que ficam subordinados a interpretação do mundo pelos dominadores da leitura escrita. Os textos ultrapassam os códigos linguísticos e é possível encontrá-los em filmes, sons, imagens entre outras percepções.

O quarto capítulo é o mais longo e técnico, distribuído em quatro subtítulos. Helena Martins nos apresenta três níveis básicos de leitura: o sensorial, que utiliza os sentidos para realizar a leitura; o emocional que usa os sentimentos e o racional que opera com a razão. Para a autora esses níveis são inter-relacionados já que a leitura é um ato dinâmico e circunstanciado, porém, às vezes um nível tem mais privilegio do que o outro, não existindo hierarquia entres eles.

No último tópico, a autora finaliza a obra estabelecendo que cada leitor tem que descobrir sua própria técnica para aprimorar sua compreensão dos textos, pois são essas técnicas conciliadas com os fatores externos, desde o ambiente ao tempo disponível, que vão proporcionar o fundamental para formar um leitor, a continuidade da leitura.