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Responsabilidade Social Nas Empresas

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Por:   •  20/11/2013  •  2.393 Palavras (10 Páginas)  •  482 Visualizações

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As empresas socialmente responsáveis estão mais preparadas para assegurar a sustentabilidade dos negócios, por estarem sincronizadas com as novas dinâmicas que afetam a sociedade e o mundo empresarial.

Há uma percepção cada vez maior de que a verdadeira fidelidade do cliente precisa, mais do que nunca, ser conquistada pelas empresas.

O reflexo da atuação da empresa na comunidade, no bem-estar da família e em toda a extensão da vida dos funcionários, implica em conceitos como satisfação, motivação, prazer e orgulho, que podem ser traduzidos em qualidade do produto ou dos serviços, aumento nas vendas, nos lucros, enfim, na própria sobrevivência empresarial.

Já é certo dizer que a responsabilidade social não pode mais ser vista e discutida somente como uma forma de se trabalhar filantropia ou ações comunitárias interessadas. A prática da responsabilidade social deve ser encarada atualmente como uma forma criativa e inovadora de gestão empresarial, ligada aos objetivos estratégicos, inserida na estrutura organizacional das empresas e também fazendo parte de seu orçamento anual.

Para sabermos onde a filantropia difere da responsabilidade social, vamos passar o conceito de ambas, para depois fazermos os comparativos.

A atividade de negócios filantrópicos é a distribuição do excesso de lucros após outras pessoas que tenham direito, como acionistas, terem sido pagos. É uma atividade voluntária da parte da empresa e normalmente não faz parte do seu funcionamento diário de negócios. (MCINTOSH, 2001, p. 310).

Passar da prática da filantropia para a responsabilidade social requer planejamento, anseio de que o status quo mude, consciência de que esta tem papel transformador, pois somente assim, estas ações não cairão no descrédito e voltarão a ser ações individuais, filantrópicas, afirma o presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, Marcos Kisil (SCHWARTZ, 2002,’revista’).

É necessário o envolvimento de toda a organização na prática da responsabilidade social, buscando gerar sinergias com os públicos dos quais ela depende e que fortalecem seu desempenho global.

A responsabilidade social das empresas vem sendo discutida incessantemente no meio empresarial e acadêmico e, esse fato, vem despertando na sociedade a importância da atuação socialmente responsável pelas organizações em geral. Para isso diversas pesquisas vêm sendo desenvolvidas, com o intuito de explorar o tema em âmbito nacional e regional.

As empresas brasileiras atuam diretamente em projetos de iniciativa própria ou em parceria, como é o exemplo do Bradesco, Xerox do Brasil, Itaúsa, Banco do Brasil, C&A, Boticário, Natura e Vale do Rio Doce entre outras.

A Constituição Federal de 1988, contribuiu para o crescimento da responsabilidade social no Brasil, baseando-se nos seguintes elementos: a descentralização, a participação, e a mobilização da sociedade.

Muitas empresas brasileiras da iniciativa privada, se destacam com características socialmente responsáveis:

Fundação Abrinq: Esta fundação realiza ações sociais de grande importância, a dez anos, projeto “Amigo da Criança”

Fundação Odebrecht: Expandiu-se com ações no terceiro setor, projeto “Aliança com o Adolescente para o Desenvolvimento Sustentável do Nordeste” e parcerias com Instituto Airton Senna, Fundação Kellog e Banco Nacional de Desenvolvimento Social.

Fundação Acesita: Destaca-se na área educacional com o projeto “ Minha Carteira, Minha Amiga”, realizando trabalhos com 18.000 alunos da rede pública de ensino.

Rede Globo: Com o projeto “Brasil 500 anos” e “Amigos da Escola”, mobilizando professores, pais e toda a comunidade para se engajarem descobrindo outras maneiras de construir uma história para os próximos 500 anos.

Uma pesquisa realizada no ano de 2002 com 500 empresas instaladas no Rio Grande do Sul, detectou que, de cada dez empresas pesquisadas, oito tinham algum tipo de ação social voltada para a comunidade. Porém nas questões voltadas para o ambiente interno, a pesquisa apontou que, de cada dez empresas, menos de quatro tinham ações estruturadas ou reconhecidas como da esfera da responsabilidade social corporativa. (KIEVEL, 2005).

Assim, as práticas de Responsabilidade Social não se tornaram apenas excelentes meios de alcance do êxito empresarial e da diferenciação mercadológica, mas fazem parte, sobretudo, de uma exigência dos consumidores, que serão responsáveis pelo sucesso ou fracasso das organizações.

Nesse contexto, a grande tarefa do profissional de Relações Públicas, será orientar a gestão das organizações, gerando programas de atuação social, e em todas as relações que envolvem a empresa e os seus públicos de interesse (stakeholders), buscando fundamentar suas estratégias de desenvolvimento num modelo sustentável e compromissado com a responsabilidade social nos negócios.

Realizamos uma entrevista com um Administrador da empresa calçadista gaúcha, que tem uma forte atuação de responsabilidade social. A seguir conheçam os projetos e benefícios desta empresa e o que ela realiza junto a seus funcionários e no âmbito social.

Entrevista com Calçados Azaléia S.A.

Nosso Entrevistado é o Sr. Jair Luiz Kievel, Administrador de Empresas e Gerente de Responsabilidade Social

Questionado sobre quais os benefícios que a sua empresa oferece aos funcionários, o Sr. Jair nos disse que há, Alimentação no local de trabalho, transporte porta a porta, centro de Educação Infantil (para filhos de mães trabalhadoras até os sete anos de idade), saúde extensiva aos filhos até os 10 anos de idade, supletivo de 1º e 2º grau na própria empresa, associação dos funcionários (atividades de esporte, cultura e lazer), participação nos resultados e premiação por idéias de melhorias.

Perguntamos se há uma flexibilidade para seus funcionários quando eles têm que tratar de assuntos como filhos, escola e saúde, ele respondeu que sim, porém há comprometimento no percentual da participação dos resultados. Cada falta ou ausência ao trabalho, eqüivale a um percentual menor na participação individual dos resultados.

E sobre projetos que envolvem a comunidade local, ele relata que até 2004 a empresa não tinha definido uma linha de participação na comunidade. Os recursos eram destinados para organizações diversas dentro de uma ótica de filantropia. A partir de janeiro de 2005, com a criação do Instituto Nestor de Paula, a empresa focou o seu investimento

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