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Resumo Do Livro Free Gratis; O Futuro Dos Preços

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Por:   •  19/9/2013  •  1.570 Palavras (7 Páginas)  •  1.323 Visualizações

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Livro - Free - Grátis - O Futuro dos Preços

Com a maestria que lhe é peculiar, Anderson volta à cena com este livro único e inspirador, onde o leitor encontrará em texto embasado a tendência de zerar custos trazida pela era digital.

Anderson afirma com veemência que estamos entrando numa era em que a economia pode ser construída em torno do conceito de "gratuito" e como isso afetará a vida das pessoas. Segundo ele, a ideia partiu de um dos capítulos de A cauda longa, que trata da economia da abundância. Ele acabou percebendo que nunca havia acontecido de toda uma economia ser construída em torno do gratuito e resolveu, então, mostrar como as pessoas fazem dinheiro e quais são as implicações disso.

O futuro, segundo ele, reserva surpresas inimagináveis até bem pouco tempo para os negócios.

O mundo dos negócios vive de ondas, ondas que passam rápido, ditam tendências, rendem alguns milhares ao seu criador e depois se vão. Não que sejam ondas artificiais, na verdade a velocidade da alternância dessas ondas apenas reflete a velocidade do mundo moderno. E hoje quem está na crista da onda, o mais vendido, mais comentado e talvez um dos mais precisos em suas análises é Chris Anderson, autor de A Cauda Longa e que recentemente lançou Free: o futuro dos preços (Elsevier, 2009, 270 p.), seu segundo livro.

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Apesar de a capa do livro, na versão brasileira, fazer de tudo para parecer um livro de auto-ajuda para negócios, citando “gigantes como Google, YouTube e Financial Times”, o autor evita a postura de guru e faz um livro entre o acadêmico e o jornalístico, trazendo entrevistas, dados, episódios históricos e atuais que vão ao encontro de sua tese: os preços no mercado digital estão caindo tanto que logo chegarão a zero, e viveremos uma economia do Grátis. Não aquele grátis do século XX, compre um leve dois, ganhe esse celular e gaste fortunas com ligações, ganhe esse exemplar da revista e assine sem saber um compromisso de assinatura. Não, um Grátis real, como já acontece hoje com o Gmail, o YouTube, o Twitter.

“A ascensão da freeconomics, a economia do Grátis, está sendo abastecida pelas tecnologias da era digital. Da mesma forma que a Lei de Moore dita que o preço de uma unidade de capacidade de processamento em um computador cai pela metade a cada dois anos, o preço da largura de banda e da armazenagem está caindo muito mais rapidamente. O que a Internet faz é integrar os três, combinando as quedas de preço dos três elementos tecnológicos: processadores, largura de banda e armazenagem. Em consequencia, a taxa de deflação anual líquida do mundo on-line é de quase 50%, o que equivale a dizer que o custo do YouTube para divulgar um vídeo hoje cairá para a metade daqui a um ano. Todas as linhas de tendência que determinam o custo de fazer negócios on-line apontam na mesma direção: para zero. Não é de se surpreender que todos os preços on-line avancem na mesma direção.”

Anderson comenta que ao iniciar seu trabalho se deparou com dois tipos de pessoas: as com mais de 30 anos e as com menos de 30 anos. Para os que tinham mais de 30 anos esse negócio de grátis esconde alguma coisa do consumidor e logo o preço será pago. Já para os que tinham menos de 30, o grátis não é nenhuma novidade, não havendo nenhum motivo para se escrever um livro sobre isso. Realmente no mundo digital já estamos nos desacostumando a pagar pelas coisas: jornais caríssimos no mundo real liberam seu acesso, músicas são disponibilizadas aos milhões, bibliotecas abrem grande parte do seu acervo acadêmico, jogos multiplayer sofisticados não cobram um centavo do usuário, softwares são disponibilizados aos milhares, sites permitem a publicação e compartilhamento ilimitados de vídeos e fotos , emails gigantes são oferecidos sem custo algum.

Essa cultura do Grátis não surge de uma súbita boa-vontade dos ricos e poderosos do mundo. Não, há razões técnicas e econômicas para que o Google, por exemplo, ofereça tantos serviços gratuitos na internet: eles querem que você permaneça mais tempo conectado, faça mais buscas e, principalmente, clique mais nos anúncios exibidos em suas ferramentas, ganhando assim mais alguns centavos, que no final do mês se contam aos milhões. E como o custo de armazenamento é muito baixo para a estrutura criada por um gigante como o Google, não há problema algum em oferecer algo Grátis mesmo que você nunca clique em anúncio algum: seu amigo irá clicar, ou o amigo de seu amigo, e por aí vai.

Ou seja, e esse é o ponto central do argumento de Chris Anderson, é possível ganhar dinheiro, e mais dinheiro, com o Grátis. “As pessoas estão ganhando muito dinheiro sem cobrar nada. Não nada por tudo, mas nada pelo suficiente para criarmos uma economia tão grande quanto a de um país de tamanho razoável pelo preço de $0,00”.

O autor traz alguns exemplos históricos e atuais de negócios que conseguiram lucrar a partir do Grátis, começando pelo inventor das gelatinas e por King Gilete, que dispensa apresentações. Em resumo, poderíamos dizer que há quatro modelos principais:

> Subsídios cruzados diretos: quando uma empresa oferece um aparelho de celular porque vai ganhar com as ligações, por exemplo. Esse é o caso clássico do grátis no século XX.

> O mercado de três paticipantes: quando alguém usa o serviço e outro paga, caso clássico da publicidade nos meios de comunicação. Você não paga nada para assistir TV, mas alguém está pagando à empresa em troca de sua atenção no horário comercial. Essa estratégia, que hoje parece óbvia, demorou muito para ser definida como o melhor modelo de negócios para as rádios no seu surgimento, conforme conta bem

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