Resumo Livro Travesti
Exames: Resumo Livro Travesti. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Belmeira • 23/11/2014 • 1.104 Palavras (5 Páginas) • 828 Visualizações
O livro Travesti foi escrito por Don Kulich após pesquisa de campo realizada no Pelourinho, Salvado/BA
• Don Kulich pesquisou travestis prostitutas que moravam próximas a este local sujo e de uma pobreza enorme, mas que ali permaneciam para ficar próximas dos ricos, para faturar uma boa renda;
• A presença das travestis causou a mudança da vizinhança nobre para outras áreas e a causando ao Pelourinho ruína com os casarões fechados ou demolidos;
• O governo de Salvador resolve investir no Pelourinho, tombando os casarões, tornando assim um lugar renovado e atrativo aos turistas. Ao lado, os sobrados continuam aos pedaços , mas os travestis continuam a morar ali e são diversos os motivos: os traficantes que são donos e facilitam tanto no aluguel barato, quanto nos pagamentos atrasados, no uso de drogas e utilização do local para atender aos clientes;
•Don Kulick foi morar próximo ao sobradinho para facilitar na sua pesquisa, pois nele morava mais de 10 travestis e nos outros próximos também, somando, assim mais de 35 no total moravam naquele local;
• Ele conhece “Keila Simpson”, que foi apresentada com Nilton Dias – Coordenador das mais antigas organizações ativistas em defesa dos gays do Brasil e a única em Salvador;
• Don Kulich uma vez por semana distribuía preservativo gratuitamente enfrente a casa de Keila Simpson, tendo assim a confiança dos travestis. Ao receber o preservativo cada travesti tinha que preencher um formulário elaborado pela presidente da organização, cujo objetivo era colher informações como estava a saúde de cada uma;
• Essa distribuição de preservativos era resposta a epidemia da AIDS, sendo naquele momento as travestis e prostitutas as mais atingidas pela epidemia;
• As travestis diagnosticavam e se automedicava para as próprias doenças;
• Elas acreditam que no meio das travestis o HIV infecta as pessoas em quantidades variáveis, sem alguém contai “um pouco de vírus” a saúde não será totalmente comprometida;
• As travestis só admitiam que a outra estava com AIDS se fosse desafeto dela;
• Durante a pesquisa Don Kulich presenciou nove mortes de travestis, que na sua opinião os sintomas apresentados por elas, provavelmente estavam relacionadas com o HIV;
• Algumas travestis acreditavam que o preservativo pode rasgar e permanecer dentro delas;
• Alguns clientes pagavam para que a relação fosse sem o preservativo e as travestis aceitavam;
• Existia também o “vicio” – jovens atraentes com quem elas fazem sexo voluntariamente sem cobrar e sem preservativo;
• O vetor da transmissão do HIV entre os travestis na maioria das vezes não é o cliente, nem os “vícios” e sim seus namorados;
• Don Kulich só ouviu “Keila Simpson” afirmar que uso preservativo em suas relações com o namorado e as demais afirmam que não há possibilidade de pedir, mesmo considerando que trocam de namorado com freqüência;
• Os travestis associam preservativos dependendo do freguês e encontros sexuais quando consideram que não seja trabalho o preservativo é coisa dispensável;
• Dentro de uma interação social, aparentemente afetuosa, há espaço para intrigas, maldosas e traições;
• As travestis vivem em um mundo violento, cheio de pré-conceitos, onde são descriminadas e desprezadas pela sociedade e acabam internalizando esses sentimentos e reproduzindo contra si mesma.
•No terceiro capítulo, intitulado Um Homem na Casa, Don Kulick apresenta a vida privada das travestis.
• Os relacionamentos e o sexo com seus parceiros são explorados de forma a mostrar mais uma vez como o gênero e o sexo são construídos e não dados necessariamente naturais.
• Apesar de se relacionarem com homens que se identificam socialmente como tal, não raro estes são feminizados, assumindo muitas vezes, dentro da dinâmica do casal, o papel que a mulher faria na família tradicional, sendo sustentados pelas travestis ou cuidando dos afazeres domésticos.
• A partir deste registro, percebemos que se o sexo for tomado pelo gênero, não parece prudente definir este último como sendo uma simples interpretação cultural do primeiro. Em outras palavras, é possível afirmar que nem sempre o gênero ocupa, na cultura, o mesmo papel que o sexo exerce na biologia. Portanto, parece pertinente citarmos aqui a célebre afirmação de Simone de
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