Resumo Serviço Social E A Pedagogia Da "participação"
Monografias: Resumo Serviço Social E A Pedagogia Da "participação". Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: DanieCintia • 22/11/2013 • 2.231 Palavras (9 Páginas) • 4.408 Visualizações
Serviço Social e a pedagogia da “participação”
A pedagogia da participação consolida-se na prática do assistente social das propostas de Desenvolvimento de Comunidade (DC), influenciada pela ideologia desenvolvimentista modernizadora.
Essa ideologia desenvolvimentista modernizadora é vinculada a teoria da modernização. Onde se entende que a teoria vem do subdesenvolvimento no estágio de transição nos tempos históricos distintos de padrões socioculturais constitutivos de polos e modernos presentes da sociedade. Vindo de uma sociedade tradicional a uma sociedade moderna.
A partir dos anos 50 e 60 no continente latino-americano a perspectiva da modernização passou a chamar-se desenvolvimentismo. Essa perspectiva segundo Barringtom Moore vem de uma reendição do modelo autoritário de desenvolvimento tardio do capitalismo. Foi utilizado também para a crise estrutural do capitalismo e nas transformações nas últimas décadas. É importante afirma que o discurso da modernização é recorrente de cada momento de estruturação das relações capital e trabalho.
Sendo assim o ponto de da análise da pedagogia da “participação” é sob influência da ideologia desenvolvimentista modernizadora, redimensionando para uma atitude inerente de um processo de “ajuda”, formando uma esfera programática da intervenção profissional nas relações sociais. Essa mudança atinge na prática do assistente social, estimulando alterações no perfil pedagógico, modelados pelo três vetores: psicologização das relações sociais, manipulação material e ideológica de necessidades sociais e recursos institucionais, combinação entre processos persuasivos e coercitivos para a adesão e do consentimento ao novo.
No contexto da ideologia esses vetores acentuam o processo de miserabilidade da classe trabalhadora e de controle sobre as mesmas pelo capital, onde são atualizados em atitudes, mecanismos, instrumentos e rituais pedagógicos, adequando-se com a reorganização da cultura em aliança com as mudanças na área econômica.
Dentro dessa pedagogia e os presentes vetores citados um estabelecido do conformismo mecanicista, supõe experiências básica de DC, enfatizando a participação popular dos programas dos governos no processo de integração e promoção social. Tais programas são colocados normalmente de forma de ajuda na situação de pobreza extrema.
Sendo assim, a política participacionista, é definida, e atualiza assistência educativa, sendo uma nova modalidade nas necessidades institucionais, trazendo uma dimensão ampla nas responsabilidades dos sujeitos individuais no alcance do bem-estar social, com o pretexto de superar o assistencialismo.
A proposta do DC traz algumas inovações, vista vulnerável nas formações latino-americanas em relação à ameaça de expansão do comunismo.
A estratégia desenvolvimentista modernizadora, mesmo sendo integrada aos interesses dos Estados Unidos na criação de condições políticas, administrativas e culturais para integrar e dinamizar o desenvolvimento do capitalismo utiliza-se de uma persuasão participacionista fundamentada nas iniciativas de “ajuda” aos países pobres dentro das áreas da educação, Saúde e Agricultura.
É importante destacar o pensamento da recém-nascida Organização das Nações unidas (ONU), sendo uma justificativa do Governo Americano o programa de assistência técnica aos países pobres. Trazendo estratégias de “ajuda” aos países latino-americanos, retomando a perspectiva da proposta metodológica do DC.
Proposta de DC definida como, o próprio povo se esforça unindo-se com as autoridades governamentais, com o objetivo de melhorar a economia, social e cultural dentro das comunidades, para o progresso do país.
O conformismo mecanicista sendo o princípio educativo como base das estratégias e reorganização da cultura dominante, se ajusta às condições históricas de difusão e reorganização da cultura referida, a partir da desenvolvimentista modernizadora. Essa ideologia trás a participação do povo para sua própria melhoria e ajuda mútua entre eles, tendo como ingredientes básicos do DC e também oferece sustentação para eles entenderem o processo pedagógico de organização e desenvolvimento locais, onde Dc é importante para esse processo.
Esses ajustes refletem na objetivação do processo de “ajuda”, priorizando as relações com a “autoajuda” e “ajuda mútua” nos processos participacionistas dentro das comunidades na integração do desenvolvimento, sendo assim formas consideradas privilegiadas de superação do assistencialismo.
A ONU E OEA buscam no Serviço Social profissional capacitado para o desempenho de funções pedagógicas e intelectuais na participação popular, para a integração nos programas do governo, adquirindo possibilidades de promoção social conhecido como “bem-estar social”. Desta maneira foi vista uma intensa e amplo programa de capacitação profissional dentro das exigências do DC.
Identifico a noção de que a instância da comunidade como a tônica da intervenção não significou superação do enfoque individualista psicologista e conservador da prática. Tendo como referência de interpretação da sociedade capitalista, onde a sociedade não se encontra mais estruturada somente nos princípios das relações comunitárias e sim na reprodução capitalista.
Existe a preocupação dos profissionais, visando a adequação da prática às exigências da estratégia desenvolvimentista na América latina, tendo críticas por assistentes sociais dos países como Brasil, Uruguai, Argentina e Chile no projeto profissional diante da realidade social desses países. Esse “grupo redimensiona o profissional para o ‘Movimento de Reconceituação do Serviço Social na América Latina”.
Nesse movimento tem um redimensionamento do perfil pedagógico da prática do assistente social no continente, marcando duas predisposições profissionais: primeira integrada ao processo de modernização conservadora, segunda a busca de vinculação profissional das classes miseras.
As primeiras expressões desse grupo chama-se Geração 65, onde eles traduzem o momento de manifestação de uma forma mais sistemática no processo de crítica e a mobilização no setor dos assistentes sociais e estudantes da área. Eles encontraram condições objetivas e subjetivas, para um projeto alternativo de Serviço Social, nas décadas de 50 e 70, onde a revolução cubana em 59 era a principal expressão, também nos movimentos de resistências à contrarrevolução, impulsionadas pela ditadura militares. O projeto busca da prática profissional e no processo revolucionário das classes menos favorecidas
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