Revoluçãop Indusrtial
Ensaios: Revoluçãop Indusrtial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Dani • 10/9/2013 • 719 Palavras (3 Páginas) • 259 Visualizações
Por Lauro Monteclaro 15/04/2004 às 16:22
As grandes mudanças na economia global provocadas pelo uso intensivo da tecnologia de informação caracterizariam uma terceira revolução industrial?
Ela teria as mesmas características das duas primeiras?
Para tentar responder a essa questão precisamos rever o que se definiu chamar de revolução industrial. Não iremos abordar o assunto da forma como tradicionalmente é feita, ou seja, a partir só dos principais avanços tecnológicos como os associados a máquina a vapor, a eletricidade, ao petróleo e a informática.
Para nós é muito mais importante definir os processos pelos quais as empresas tiraram e tiram partido dessas inovações com o objetivo de maximizar seus lucros.
Antes da primeira revolução industrial, o conceito de lucro industrial estava ligado essencialmente a produção de artigos de luxo. Quanto mais caro e exclusivo o produto, maior o lucro. As classes inferiores não faziam parte dos planos dos empreendedores.
Podemos notar que na primeira revolução industrial o objetivo dos empreendimentos mecanizados era criar produtos baratos para atender níveis de demandas até então inexistentes. Isso fica particularmente claro no caso da vedete do período: A indústria têxtil.
Até a invenção do tear mecânico movido a vapor, as roupas eram artigos de luxo. Comprar um casaco para um homem do povo era o mesmo que hoje em dia comprar um automóvel ou uma pequena casa. Assim o lucro das empresas passa a estar ligado a necessidade do aumento da demanda por seus produtos. Numa palavra, aos capitalistas interessava que os pobres se transformassem em consumidores.
Devemos lembrar que a tecnologia revolucionaria da época se destinava a produzir ou a disponibilizar bens de baixo custo. Alem da industria têxtil, a extração de carvão e a revolução dos transportes promovida pelo navio e pela locomotiva a vapor, não visavam obter lucros com produtos de alto valor.
Ao contrário da era das grandes navegações, em que a idéia era obter especiarias e metais preciosos para revender na Europa para uns poucos privilegiados, o objetivo passou a ser vender produtos baratos e em grande quantidade para o máximo possível de pessoas.
A contradição essencial é claro, era a questão de a indústria ainda ser muito dependente de verdadeiros exércitos de empregados agrupados o mais perto possível das fontes de energia que moviam as maquinas. O lucro do capitalista dependia de pagar o mínimo possível de salário, mas suas vendas dependiam de uma população com renda suficiente para comprar seus produtos.
A única solução para essa questão era a exportação dos produtos para países onde houvesse mercado mas não indústrias locais. Disso resultaram grandes conflitos tanto internos quanto externos.
Dentro do país industrializado, o capitalista ficava cada vez mais rico, enquanto fazia de tudo para manter os salários de seus empregados em níveis mínimos. O resultado era a ?luta de classes? com greves e conflitos sociais.
Foi graças ao êxito das classes trabalhadoras da época, reivindicando aumentos de salários, reduções na jornada e melhoria das condições de trabalho, combinado ao fato de serem
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