Rh Cargos E Valores
Ensaios: Rh Cargos E Valores. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: douguito • 26/3/2015 • 2.838 Palavras (12 Páginas) • 273 Visualizações
um novo reconhecimento: o de principal fator competitivo no mundo
globalizado.
Assim começa a surgir um novo conceito de gestão de pessoas, onde o reconhecimento teve
espaço a partir do momento em que o próprio homem soube se valorizar dentro da empresa, quando
foi capaz de lançar luz sobre a falsa idéia de que a remuneração, o dinheiro em si, era a motivação
principal para o trabalho. Hoje, as pessoas buscam a felicidade, a satisfação, a auto-realização no
posto em que desempenha funções.
Segundo Boog (2002), essa diferenciação na figura das organizações era basicamente
centrada na eficiência do trabalho, na qualidade do produto, nas relações com o mercado capitalista
e como essas relações eram estáveis havia uma completa indiferença com relação à competitividade
empresarial. Com o passar dos anos, o mundo vivenciou, de acordo com o mesmo autor,
significativas transformações: a rápida globalização, uma revolução tecnológica ambiciosa e
diversas mudanças nas relações de trabalho. Esses fatores tornaram a economia mundial e,
principalmente, a brasileira em uma capitalização instantânea e acelerada, fazendo com que as
organizações tivessem maior agilidade e flexibilidade com o seu produto, com o empregado e com a
própria gestão. Começava aqui uma nova era para a Gestão de Pessoas: a da competitividade.
O foco da organização é estimular as pessoas, atrair e reter talentos, nascendo assim um
novo conceito de como gerenciar pessoas, onde essas são vistas como fonte de vantagem
competitividade e de caráter valioso para a organização. Segundo Chiavenato:
“A antiga Administração de Recursos Humanos cedeu lugar a uma nova abordagem: a
Gestão de Pessoas. Nesta nova concepção, as pessoas deixam de ser simples recursos
(humanos) organizacionais para serem abordadas como seres dotados de inteligência,
personalidade, conhecimentos, habilidades, destrezas, aspirações e percepções singulares”.
(CHIAVENATO 1999, p. 32)
A gestão de pessoas hoje tem como papel relacionar os interesses individuais com o dos
funcionários, visando sempre o alcance da produtividade. Porem, a gestão de pessoas não é exercida
por todas as organizações, existem aquelas que estão atreladas a Era Industrial considerando seus
funcionários como recursos ou até produtos, mas as empresas que estabelecem um planejamento
estratégico e tem visão de mercado sabem valorizar seus funcionários, colocando a arte de gerir
pessoas em prática.
Nota-se que esse cenário se relaciona com as idéias que Tamayo e Paschoal (2003) referem
diante do que Maslow retrata sobre as necessidades que todo e qualquer ser humano busca
satisfazer em sua vida. O equilíbrio dessa satisfação está ancorado na substituição de estratégias
centradas na recompensa por um estilo trabalhista que promova o bem-estar e a igualdade nas
relações humanas dentro das organizações.
É válido refletir sobre esse jogo de interesses que vem do gestor, anteriormente
individualista focado na cultura centralizada em si e, no do colaborador, atualmente buscando
reconhecimento, segurança, estabilidade financeira, felicidade, e também não menos importante, o
interesse do cliente que procura qualidade no produto, no atendimento e nas condições que a
empresa dispõe dos seus serviços.
A simultaneidade de interesses e desejos reflete em nossa vida cotidiana. Diante disso as
empresas passaram a entender que o investimento dedicado às pessoas que fazem parte de seu
quadro estrutural, aquelas que criam, produzem, aprimoram produtos, são as mesmas que atendem e
servem seus clientes, e por isso ao invés de chamá-las de pessoas tornaram-se colaboradores, o Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI
ISSN 1809-1636
Vivências. Vol.8, N.14: p.32-39, Maio/2012 35
grande diferencial das organizações inovadoras e inteligentes. Assim, hoje se fala em Gestão de
Pessoas e não mais em recursos humanos, não somente por ser um sistema de gestão mais eficaz, o
que se nota é que a globalização não alcançou apenas o homem e a tecnologia, mas também a
maneira como as organizações enxergam o capital humano como sendo parceiros mais ativos e mais
participativos no sucesso organizacional.
Segundo Chiavenato (2008), junto a intensa transformação mundial, veio anexado um forte
impacto na qualidade e na produtividade nas organizações, o que acabou ocasionando a
reconfiguração dos aspectos conceituais e intangíveis do capital intelectual. O que tem levado as
organizações a buscarem novas formas de gestão com o intuito de aperfeiçoar o desempenho,
alcançar resultados e atingir a missão organizacional para o pleno atendimento das necessidades dos
seus clientes, exigindo inovação, mobilidade, como também uma estrutura fluida e flexível,
totalmente descentralizada.
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