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Romance

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Por:   •  14/3/2015  •  1.396 Palavras (6 Páginas)  •  287 Visualizações

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Apresentação da Obra:

O Romance ‘’A Cidade e as Serras’’, ambientado no séc XIX, do autor realista português Eça de Queirós, é uma narrativa simbólica, desenvolvida a partir do conto ‘’A civilização’’ do autor.

Essa obra pertencente a fase construtiva das obras de Eça (sendo esta a ultima fase de suas obras), expõe em seu enredo uma coposição enorme entre a cidade e o campo, daí o título.

A história acentua a vida rural portuguesa como um tipo de ‘’cura’’ aos males causados pela civilização urbana, idealizando e enaltecendo a felicidade na vida rural.

Personagens:

Jacinto – Personagem principal da obra; Rico parisiense que possue terras no Alentejo em Portugal.

Zé Fernandes – Narrador da obra e melhor amigo de Jacinto.

Dom Galeão – Rico fidalgo gordo; Avô de Jacinto .

Dona Evangelina – Mulher de Dom Galeão e avó de Jacinto.

Cintinho – Pai de Jacinto; Filho de Dom Galeão, era muito doente, tuberculoso; Apelidado ‘’A sombra’’ pelos criados de seu pai.

Joaninha – Esposa de Jacinto e prima de Zé Fernandes.

Grilo – Empregado fiel de Jacinto, muito perspicaz com sua opiniões a respeito ao amo.

Madame D’Oriol – Amante de Jacinto que o rouba e foge com parte de sua fortuna.

Madame Colombe – Prostituta de luxo com quem Zé Fernandes mantém um caso.

Enredo:

Zé Fernandes apresenta seu amigo Jacinto, cuja família tem origem portuguesa e em Portugal mantém propriedades agrícolas que proporcionam uma renda estável. No entanto Jacinto vive desde sempre em Paris.

A transferência dos “Jacintos” para França é narrada como consequência do desfecho da

Guerra Civil Portuguesa (primeira metade do séc. XIX): o avô de Jacinto, fidalgo Jacinto Galião, era leal (sem nenhuma séria motivação) a d. Miguel e, quando este foi exilado, aquele o seguiu. Junto de sua esposa Dona Evangelina e seu filho Cintinho, garoto doentio que passou pela vida, como uma “sombra”.Dom Galeão morre um certo dia de indigestão, deixando sua mulher e filho, que na adolescência descobre ter tuberculose, porém este não queria deixar Paris para ir em busca de climas mais favoráveis, pois havia se apaixonado, então casara-se com esta moça que logo após engravidou, porém, Cintinho ao morrer tuberculoso não pode conhecer o filho Jacinto, que nascera 3 meses e 3 dias após a morte de seu pai.

Jacinto cresce rodeado de tecnologia, pois vivia na “cidade luz” e tem horror ao campo pois afirma em sua visão positivista que o homem só é superiormente feliz quando é superiormente civilizado.

Passa-se algum tempo e Zé Fernandes tem de voltar a Portugal pois seu tio esta doente, com hemorroidas e precisa que Zé Fernandes cuide dele.

7 anos depois Zé Fernandes retorna a paris e encontra um Jacinto diferente, e mudado por toda a tecnologia da época.

Jacinto o convida para morar em seu palacete nos Campos Elísios 202, Zé Fernandes aceita.

Algum tempo depois Jacinto dá uma grande festa em hoemnagem ao Gran Duque que lhe presenteara com um peixe nobre, más no dia da festa, tudo dá errado, e o ocorrido acaba virando notícia.

Pouco tempo depois Jacinto recebe uma noticia que sua casa em Portugal havia desabado, e era lá onde estavam os últimos restos mortais de seus avós, então este parte em viagem com seu amigo Zé Fernandes para Portugal.

Em Guiães Zé Fernandes recebeu suas malas que estavam perdidas, tentou contatar Jacinto em Lisboa, mas ele nunca respondia. Até que encontrou com um familiar de Melchior que passara por Tormes e lá vira Jacinto.

Surpreso com a permanência de Jacinto nas serras por mais de cinco semanas, o narrador vai ao encontro de seu príncipe. Chegando a Tormes se depara com o casarão bem arrumado, mas de forma simples, sem todos os mecanismos que foram encaixotados no 202. Zé Fernandes cada vez mais se surpreende e admira as novas filosofias de Jacinto, que supervaloriza a natureza e suas criações, era outro homem.

O enterro dos ossos dos Jacintos antepassados, que era o motivo inicial da visita, se tornou uma cerimônia muito simples, uma vez que nem se sabia quem eram os tais antepassados. Foram sete ossadas e meia – uma era de criança – levadas para a nova igrejinha. E até nesse singelo momento Jacinto encontrou beleza.

O narrador observou que o interesse de Jacinto em contemplar a natureza evoluiu para um desejo de agir sobre a natureza: queria plantar árvores, criar animais… Tomou algumas metas, como construir um curral e uma queijaria.

Um dia antes de Zé Fernandes voltar a Guiães ele acompanha Jacinto para uma visita a Silvério em que trataria de assuntos de suas terras. O tempo que até então estava aberto começou a mudar e uma tempestade interrompeu o trajeto. Aguardando num alpendre a passagem da chuva, os dois amigos e Silvério são surpreendidos por uma pobre criança, com aparência doentia. Jacinto se espanta com a situação do menino e vai até a casa de sua família, cuja mãe está doente. Ao ver a triste situação daqueles que também

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