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SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

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Por:   •  17/9/2014  •  4.008 Palavras (17 Páginas)  •  2.619 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Centro de Educação a Distância

Curso de Tecnologia de Gestão de Recursos Humanos

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

Lauro de Freitas, 03 de junho de 2014.

Centro de Educação a Distância (CEAD) – Polo Lauro de Freitas

Curso de Tecnologia de Gestão de Recursos Humanos

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

Disciplina: Saúde e Segurança do Trabalho

Tutora EAD: Ma. Márcia Aparecida Jacometo

Tutor Presencial: Gicélio

Alunos:

Carmem da Silva Santos RA 7935692785

Maria Elizabete de Souza RA 8314770690

Maria Inês Jesus Santos RA 439294

Rosana Ferreira de Souza RA 7935669201

Vera Maria Mota dos Santos RA:7982700192

Relatório feito como uma atividade avaliativa da disciplina de Saúde e Segurança do Trabalho do Curso de Tecnologia em Recursos Humanos do Centro de Educação a Distância da Universidade Anhanguera - Uniderp, sob a orientação do professor-tutor presencial Gicélio.

Lauro de Freitas, 03 de junho de 2014.

RESUMO

Esta atividade prática supervisionada irá expor uma consultoria/assessoria na área de saúde e segurança do trabalho a um empreendedor que está para abrir uma pizzaria. Esta consultoria tem como finalidade mostrar ao proprietário como ele precisará agir para que tudo fiquem de acordo com as normas voltadas a saúde e segurança do trabalho. Para isto, será exposto o conceito de acidente de trabalho, quais os tipos de prevenções de segurança estão previstos na legislação brasileira, o que são EPI’s e EPC’s dentre outros termos que serão utilizados como base para a construção do plano de ação. O plano de ação irá descrever os riscos que os profissionais da empresa podem sofrer perante as suas funções e instalações da pizzaria bem como quais as maneiras que o proprietário deverá tomar para evitá-las.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. A PIZZARIA

3. ACIDENTE DE TRABALHO

4. PREVENÇÃO DE ACIDENTES

5. MAPA DE RISCO

6. PLANO DE AÇÃO

6.1. HIGIENE OCUPACIONAL

6.2. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS

6.3. ERGONOMIA

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

1. INTRODUÇÃO

Ha um bom período que as pessoas buscam produzir cada vez mais, com menor custo tendo em vista a competitividade e o aumento dos lucros. Durante esse planejamento de aquisição de metas a preocupação com os funcionários se torna cada vez menor, sobretudo no que expõe a respeito da segurança e saúde dos trabalhadores.

Esta atividade vai apresentar um relatório, sobre saúde e segurança do trabalho, para um empreendedor que está prestes a abrir uma pizzaria. Sua finalidade é dar informações ao proprietário do que deve ser feito para que seu empreendimento adote as normas necessárias relacionadas a saúde e segurança do trabalho, afim de acolher toda a legislação envolvida, protegendo os funcionários dos riscos em cada função antes de ser aberto ao público.

No Brasil, ainda podemos encontrar altos índices de acidentes de trabalho, isto porque falta informação aos trabalhadores, falta vontade dos empregadores de investir em recursos e treinamentos e falta uma fiscalização eficaz na área pelos órgãos responsáveis.

O estabelecimento retratado neste trabalho conta com 40 colaboradores, estando distribuídos da seguinte forma: 5 cozinheiros; 3 lavadores; 3 funcionários de limpeza; 1 gerente; 1 telefonista; 1 recepcionista (hostess); 10 garçons e garçonetes; 1 monitor para o espaço kids; 2 caixas; 4 funcionários administrativos (financeiro, compras, etc.); 2 sócios; 4 entregadores (motoboys); 1 segurança; 2 manobristas. Por se tratar de uma pizzaria que fará entregas, porém também terá um restaurante no local, o empreendimento conta com capacidade para 300 pessoas (dois pavimentos) e uma instalação focada no conforto de seus clientes, por isso terá um espaço destinado a atividades para crianças e adolescentes. Mais adiante disso, será apresentado um plano de ação constando os possíveis riscos da empresa e propostas de melhoria que o dono do estabelecimento pode utilizar para prevenir acidentes, envolvendo todos os colaboradores.

Para isso foi conceituado a segurança do trabalho e sua abrangência, relatou-se o que podem ser considerados acidentes de trabalho e alguns conceitos de terminologias utilizadas na área como: Equipamentos de Proteção Individual e Ergonomia.

Perante estes conceitos e análises do ambiente característico do empreendimento analisado, do setor de alimentação, foi elaborado o plano de ação, acima citado, exibindo sugestões ligadas à higiene ocupacional, aos equipamentos de proteção individual e à ergonomia, de tal modo como as ações de proteção coletiva, que apresenta os melhores resultados na prevenção de acidentes.

2. A PIZZARIA

Avaliando a decoração da pizzaria pode-se identificar que o proprietário deve atentar-se para alguns setores estabelecer algumas regras de trabalho visando zelar pela saúde e bem estar dos seus funcionários.

Durante a instalação da pizzaria, o proprietário deve prestar atenção em suas instalações elétricas, na localização do gás em caso de uso de forno elétrico ou na construção de uma chaminé apropriada para a dispersão da fumaça do forno a lenha, extintores e saída para incêndios. Além disso, o piso do local precisa ser de fácil limpeza e não pode ser escorregadio, uma vez que, em toda ocasião os profissionais trabalharão com alimentos que tornam mais fáceis as possibilidades de escorregamentos.

Com relação à parte de produção das pizzas – cozinha – além dos itens supracitados, são imprescindíveis adequações em relação a ventilação do local e manutenção dos aparelhos utilizados. Conforme a Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde da Bahia, que todo estabelecimento ou local destinado ao preparo, manipulação, acondicionamento, depósito e ou venda de alimentos, precisam estar regulamentados através de normas técnicas, são elas: Alvará Sanitário de Funcionamento, Carteira de Saúde atualizada dos funcionários, água potável, pias e lavatórios com cifão, invólucro adequado para descarte do lixo, ventilação e iluminação apropriada, piso adequado para limpeza e não escorregadio e armários com portas e balcões frigoríferos ou geladeiras para o devido armazenamento dos alimentos. Deste modo o proprietário da pizzaria deverá atentar-se a estas exigências para o devido funcionamento do estabelecimento.

Os 40 funcionários que atuam neste local (limpeza, telefonista, garçons, caixas, entregadores e outros), devem atender a algumas normas também, entre elas estão: atuar sempre uniformizados com roupas claras, luvas para correto manuseio dos alimentos – é obrigatório usar sapatos antiderrapantes e a utilização das pás com cabos longos para evitar aproximação ao forno quente. E todos os profissionais enquanto estiverem em atividade estão proibidos, de manusear com dinheiro independente de sua espécie.

Além dos cooperadores internos, são necessárias adaptações e regras para os externos, ou seja, os entregadores. Estes devem seguir as normas previstas para os motociclistas na legislação de trânsito, sendo as principais o uso de vestes adequadas considerando as temperaturas frias e de chuva, capacetes e manutenção correta da motocicleta.

Enfim, lembramos-nos da importância de que todos os cooperadores fiquem cientes dos perigos existentes e as formas corretas de manejar os equipamentos e prevenir acidentes.

3. ACIDENTE DE TRABALHO

Segundo a norma OHSAS 18001:2007, norma que estabelece requisitos para implementação e manutenção do Sistema de Gestão de Saúde e Segurança, Acidente de trabalho é todo acidente ocorrido durante o exercício da atividade a serviço da empresa provocando lesão corporal ou perturbação funcional, podendo ocasionar a morte, a perda a diminuição permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.

Podem ser considerados também como acidente de trabalho:

• A doença profissional ou do trabalho, causada ou desencadeada pelo exercício do trabalho atribuída a determinada atividade;

•Acidente típico, que sucede pelo exercício do trabalho a serviço da empresa;

• Acidente de trajeto, que incide no percurso da residência até o local de trabalho, ou vice e versa, considerando a distância e o tempo de deslocamento ajustados com o percurso do referido trajeto.

Conforme o Código Civil de 2002, art. 950 os danos materiais decorrentes ao acidente de trabalho se caracteriza pela diminuição das possibilidades em obter os mesmos rendimentos por meio da força de trabalho de que dispunha o empregado antes do fato ocorrido. Essa redução diz respeito à profissão ou oficio estão desenvolvidos, em que se comprova a diminuição da capacidade de trabalho por parte do empregado.

Dentro da empresa a qual se está prestando assessoria os funcionários que encontrar-se dentro do quadro de maior risco de acidentes que são as pessoas que trabalham na cozinha, uma vez que pode queimar-se, se cortar, dentre outros acidentes menores; os entregadores oferecem risco nas ruas, pois, podem sofrer um acidente de moto e os seguranças por estarem ligados diretamente ao público em circunstâncias consideradas anormais como: separação de brigas, impedindo a saída de pessoas sem o devido pagamento e até a entrada de pessoas não compatíveis com o local ou que estejam querendo lograr as regras obrigatórias.

De acordo com o Ministério do Trabalho, cerca de 700 mil acidentes de trabalho são registrados por ano, sem contar os casos não notificados. O país gasta cerca de R$ 70 bilhões com esses acidentes anualmente.

As causas mais encontradas destes acidentes são: os maquinários velhos e desprotegidos, tecnologia ultrapassada, mobiliário inadequado, ritmo acelerado, assédio moral, cobrança exagerada e desrespeito a diversos direitos.

Ainda segundo o Ministério do Trabalho, os acidentes mais frequentes são os que causam

fraturas, luxações, amputações e outros ferimentos. Muitos causando até a morte do trabalhador. A atualização tecnológica constante nas fábricas e a adoção de medidas eficazes de segurança resolveriam grande parte deles.

Na sequência aparecem as doenças de trabalho como os casos de Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Os Téo musculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT), que incluem dores nas costas. A prevenção se dá por correções posturais, adequação dos mobiliários e dos instrumentos de dosagem da carga de trabalho.

Os transtornos mentais e comportamentais como episódios depressivos, estresses e ansiedade, também são outros tipos de doenças. Segundo Remígio Todeschini, diretor do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do Ministério da Previdência Social, esses são os problemas de solução mais complexa. Para ele falta valorizar o trabalhador. “Ele precisa ter orgulho do que faz sentir-se valorizado, para ganhar qualidade de vida e bem-estar, não doenças”.

Segundo Jeferson Seidler, auditor fiscal do Trabalho no Ministério do Trabalho, “é preciso investir nesse campo com o mesmo empenho com que se investe na qualidade dos produtos ou no controle financeiro”.

Embora o número de acidentes esteja caindo gradativamente, Seidler reconhece que ainda há muito que melhorar. Ainda acontece de trabalhadores acharem que as medidas de segurança atrapalham o serviço e não levarem as normas a sério.

4. PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Durante o processo de abertura da empresa são necessárias algumas aprovações e liberações dos órgãos competentes como o alvará da vigilância sanitária, visto acima, e também a vistoria e autorização do Corpo de Bombeiros para que se consiga o Habite-se da Prefeitura local. Essa aprovação é baseada na análise prévia do projeto do edifício, aonde são estabelecidos níveis mínimos de segurança, previsão de proteção contra incêndio da estrutura do edifício, rotas de fuga, equipamentos de combate a princípio de incêndio, equipamentos de alarme e detecção de incêndio e sinalizações que guiem a localização dos equipamentos e rotas de fuga, conforme estabelece a Norma Regulamentadora 27.

Contudo, a prevenção de acidentes no ambiente de trabalho vai além de incêndios, é preciso manter o local seguro, nas mais perfeitas condições de ordem e higiene, até mesmo no que se refere ao pessoal e ao material.

Para isso, surgem outras legislações que no caso deste estabelecimento serão regidas em sua maioria pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para empresa que produzem e/ ou manipulem alimentos (RESOLUÇÃO RDC nº 216, de 15/09/04, portarias nº 1.428/MS; nº 326 - SVS/MS de 30/07/97 e CVS-6/99), destacam-se:

1. Controle de Saúde dos funcionários: Existem dois tipos de controle de saúde que devem ser realizados para os funcionários dos estabelecimentos que produzem e/ ou manipulam alimentos.

a) O do Ministério do Trabalho através da NR-7 determina a realização do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), cujo objetivo é avaliar e prevenir doenças adquiridas no exercício de cada profissão;

b) O controle de saúde clínico exigido pela Vigilância Sanitária, que objetiva a saúde do trabalhador e a sua condição para estar apto para o trabalho, não podendo ser portador de doenças infecciosas ou parasitárias.

Em restaurantes há diversos utensílios que são usados na cozinha e a maioria deles são de grande perigo por isso, enquadram-se na lista de cuidados com manejo e armazenamento.

Os cooperadores da pizzaria devem utilizar seus EPI´S (Equipamentos de Proteção Individual) – que são dispositivos ou produtos de uso individual, com o objetivo de proteger o trabalhador de riscos que possam ameaçar sua saúde e/ou segurança (Saliba, 2011) - é de suma importância que sejam adequados, estejam em boa conservação de uso e dentro da validade. Bem como exemplos práticos têm, a utilização de facas que precisam estar bem amoladas para que atinjam seu alvo, mas, é importante que esse utensílio tenha proteção, sobretudo após o uso, que seja usado por um profissional com habilidade e que seja guardado de maneira que não cause acidentes.

É importante que o funcionário esteja qualificado para atuar com os materiais e utensílios com que irá atuar se for um principiante é necessário o acompanhamento do mesmo, porquanto muitos são os perigos que rodeiam a cozinha como, fogo, água quente, utensílios pontiagudos, vazamento de gás, risco de queda, entre outros. Estas pessoas devem evitar trabalhar preocupado, é indispensável toda atenção no manuseio dos utensílios e movimentação de pessoas.

Em horário de pico é fundamental tomar cuidado com a circulação de pessoas e objetos, pois, por ser o horário de maior circulação de clientes, a circulação também é acelerada na cozinha e é promissor para acidentes.

Mais um fator essencial são os cabos das panelas, é bom conserva-los em bom estado de conservação, nunca frouxo e sempre com o cabo para dentro do fogão, quando estiver quente é bom advertir aos demais para não se aproximar ou tocar.

Quando estiver fazendo frituras, a vigilância é redobrada, pois além de poder causar queimadura por meio de um derramamento, tem frituras que espirram muito, podendo ocasionar queimadura de até terceiro grau.

Evitar panos ou toalhas penduradas muito perto do fogão, pois isso pode ocasionar um incêndio. Ao cozinhar algum alimento na panela de pressão, examinar se a panela está em boas condições e ao abri-la notar se a pressão interior já saiu. A válvula presente nestas panelas nos indica o momento exato de abri-las. Como se podem observar muitos são os riscos dentro desse tipo de estabelecimento, em especial a cozinha, o que deve ser feito é prevenir os acidentes, cuidar pelos utensílios e equipamentos e conservar a equipe treinada para impedir os acidentes no local de trabalho.

5. MAPA DE RISCO

O mapeamento de risco é uma das ferramentas empregadas pelas empresas para o levantamento dos riscos e preparação de um plano para reduzi-los. Nestes mapas precisam estar descritos os riscos situados, sua natureza (químico, biológico, etc.) e o grau que se qualifica. O mapa de risco deverá ser organizado sempre pelos integrantes da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) ou SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de segurança e Medicina do Trabalho), mas o ideal é que seja feito numa parceria entre ambos.

A Superintendência Estadual de Vigilância Sanitária constitui que o estabelecimento deve manter atualizado o mapa de risco em todos os ambientes de trabalho.

Diante destes conceitos, podemos elencar os riscos mais evidentes na pizzaria, são eles:

• Riscos Físicos – ruídos (dos equipamentos como, triturador de ingredientes; música dos aparelhos/jogos do espaço kids); temperatura calor/frio (proveniente do fogão e forno; e das geladeiras e estacionamento) e a umidade (encontrada nas atividades de limpeza – local e utensílios -);

• Riscos químicos – produtos de limpeza (desinfetante, detergente, álcool, cloro, entre outros produtos necessários para correta higienização do local) e a utilização do gás liquefeito de petróleo;

• Riscos biológicos – micro organismos/bactérias (encontradas nos alimentos, podendo ter contanto durante a manipulação e preparo, correto descarte de resíduos, etc.)

• Riscos Ergonômicos – postura inadequada (principalmente por parte dos garçons, atendentes e cozinheiros); monotonia e repetitividade (que pode acarretar todos os colaboradores devido a atividade da empresa); levantamento e transporte manual de peso ( que tem ênfase nos profissionais de cozinha e garçons novamente, não excluindo os demais profissionais) e estresse físico (que pode também abranger a todos devido a rotina de trabalho);

• Riscos de acidentes – este abrange diversas ações já citadas ao longo do trabalho, que serão ressaltadas aqui pelo risco que causam a saúde e segurança do trabalhador, utilização de utensílios e equipamentos inadequados/defeituosos (como facas, pás, fogões, motocicletas, etc.); iluminação inadequada (além de não atender a norma, acaba por dificultar e/ou atrapalhar o serviço do colaborador); possibilidade de incêndio, choque ou explosão (atingindo principalmente os colaboradores da cozinha); ferimentos por corte, queimaduras e ou quedas.

6. PLANO DE AÇÃO

Com base nos informações transmitidas pelo proprietário sobre o número de funcionários, cargos e a disposição da pizzaria, o grupo pode levantar dentre os itens estudados das normas de segurança (eletricidade, fogo, transporte, sinalização e maquinário), saúde ocupacional e ergonomia, dicas de prevenção para que o estabelecimento fique de acordo com a lei e também alcance o seu principal objetivo como empresa, que é a prevenção e saúde de seus cooperadores.

6.1. HIGIENE OCUPACIONAL

A higiene ocupacional ou saúde ocupacional tende estudar e cuidar do ambiente de trabalho, prevenindo doenças físicas ou psicológicas que possam ocorrer nas atividades executadas.

As Pizzarias, assim como todo estabelecimento alimentício, deve ser conservado nas mais perfeitas condições de ordem e higiene, até mesmo no que se refere às pessoas e materiais presentes no local. De acordo com a legislação paulista, especificamente a Portaria CVC- 6/99 do Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde ficam estabelecidas, entre outras coisas, as instalações mínimas necessárias para funcionamento de uma pizzaria, que são:

a) Área independente para recebimento e armazenagem de mercadorias - tendo estrados e prateleiras com altura mínima de 25 cm do piso;

b) Área independente para produção e manipulação de alimentos;

c) Área independente para higiene e guarda de utensílios de preparação;

d) Sanitários para funcionários, separados por sexo;

e) Vestiário separado por sexo, devendo possuir armários individuais e chuveiro;

f) Lavatórios exclusivos e em posição estratégica para que os funcionários façam a higienização das mãos;

g) Sanitários para o público, separados por sexo;

h) Todas as áreas e instalações deverão estar revestidas de material liso, impermeável, de cores claras, de fácil higienização (pisos, paredes, forros, tetos, portas e janelas);

i) Ambiente com iluminação uniforme, boa ventilação e exaustão.

6.2. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS

Equipamentos de Proteção Individual (EPI) segundo o subitem 5.1 da NR-6 é todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, visando sua proteção de riscos suscetíveis de ameaçar sua segurança e a saúde. Portanto, a seleção do EPI adequado é feita com base em critérios entre os quais se destacam: a identificação e avaliação dos fatores de riscos existentes nos locais de trabalho, com base nessa avaliação, devem ser selecionado o EPI apropriado. Saliba (2008) ressalta que este equipamento deverá ser fornecido gratuitamente e em perfeito estado e é de uso obrigatório, podendo ser utilizado como prova de ações sindicais.

Analisando os profissionais e o tipo de empresa usada nesta consultoria da pizzaria, podemos observar que os cooperadores mais expostos ao risco são os que atuam na cozinha e os entregadores. Deste modo, eles e qualquer outro cooperador que for executar tal tarefa devem usar os seguintes equipamentos obrigatórios de proteção: luvas de látex (térmicas, impermeáveis ou plásticas), touca, avental impermeável e/ou térmico e bota. Em relação aos entregadores (motoboy) faz-se necessário o correto uso do capacete, roupas adequadas, roupa para chuva se necessário, motocicleta devidamente revisada e a carteira de habilitação. Além disso, a empresa precisará investir em cursos, sendo para os motociclistas um treinamento enfocado em entregas com qualidade e segurança e não enfocando a rapidez, para os funcionários da cozinha um treinamento apropriado à correta utilização dos equipamentos e para todos um treinamento obrigatório sobre o uso dos EPI´s.

6.3. ERGONOMIA

A ergonomia visa adaptar as condições de trabalho da atividade e local às características psico-fisiológicas dos trabalhadores, de modo a adequar o conforto, segurança e eficiência no desempenho. Destacando que é importante avaliar os erros ergonômicos existentes neste setor e investir na estrutura física, no treinamento dos funcionários, para que assim a empresa possa proporcionar condições seguras e saudáveis aos seus cooperadores.

Em relação à pizzaria, assim como outras empresas do ramo alimentar tem como principal desafio o ritmo e a quantidade de atividades cumpridas pelos profissionais da cozinha, visto que nesta área todos acabam por atingir um pouco de cada função e tem de estarem 100% atentos às condições e higiene do local. Assim sendo sugere-se a adaptação do ambiente para que o transporte de materiais seja feito com carrinhos impedindo o carregamento de pesos, que seja feito um treinamento sobre postura apropriada para a cumprimento de atividades e se possível um programa de ginástica laboral antes de iniciar o expediente, além de pausas para descanso e hidratação durante o período em que a pizzaria estiver atendendo. Aconselhamos ainda que seja inserido um programa de rodízio entre os funcionários, para que todos possam dar cumprimentos às tarefas, pensando em evitar a monotonia.

Abaixo recomendamos mais algumas ações a serem analisadas e implantadas pelo proprietário da pizzaria antes de sua abertura:

• Os garçons, recepcionista, telefonista e caixas devem impetrar um treinamento de como lidar com o público, perante prováveis reações;

• A pizzaria deve designar um espaço apropriado para que seus funcionários façam suas refeições, principalmente para os que atuam na cozinha que devem chegar mais cedo para o preparo e depois tem grande desgaste no horário de pico.

• Programa de dedetização, desratização e controle de pragas;

• Adequada identificação e comunicação em casos de riscos ou acidentes;

• Treinamento para correto descarte dos produtos estragados.

• Nas atividades que será necessário o uso de facas, o cooperador deverá usar luvas de aço, manipular com extremo cuidado, conserva-las afiadas e guardadas em locais específicos com as devidas proteções.

• Aconselha-se que a pizzaria atenda ao artigo 73º da portaria 1288/95 da Vigilância Sanitária e possua uma caixa de primeiros socorros completa e sob responsabilidade do funcionário treinado para isto.

Enfim, sugerimos que o proprietário deste estabelecimento faça periodicamente com seus funcionários o PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.

Desta forma, cremos que os riscos levantados para a abertura da pizzaria encontrem-se devidamente acobertados e prevenidos com a implantação dos atos sugeridas acima.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Com a concretização deste relatório “consultivo” pode-se entender melhor toda a área de saúde e segurança do trabalho, que em muitas ocasiões são vistas de maneira negativamente por suas exigências diárias ou em processos trabalhistas causando valores astronômicos.

É possível compreender que independente do ramo de desempenho da organização, seja ela de produto ou serviço; operacional ou administrativa, têm regras a ser cumpridas, visando a segurança e o bem estar do trabalhador que por conseguinte irá proceder em melhor produtividade para a empresa.

Através da produção do mapeamento de riscos é possível pôr em prática mais um ensinamento aprendido ao longo da disciplina e que está inteiramente ligada ao futuro profissional, visto que o departamento de recursos humanos tem como fundamental objetivo as pessoas que compõem uma organização, categoricamente sua qualidade de vida.

Do mesmo modo, este trabalho propiciou mais uma chance de identificar a importância do planejamento, empregado aqui para a construção do mapa de risco e plano de ações e também a importância de que todos os funcionários encontrem-se direta ou indiretamente ligados equipe gestora para a preparação de projetos e tomada de decisão, visto que são dos funcionários que aparecem muitas advertências e comentários sobre os riscos que cada método pode proporcionar ao longo de seu cumprimento.

Enfim, destaca-se que infelizmente em nosso país este tema é visto como mera formalidade a ser exercida e poucas empresas, principalmente as de serviço, compreendem que os riscos estão presentes nas mais simples atitudes e suas consequências podem ser extremamente custosas a organização e aos funcionários propriamente expostos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

BARBOSA, L. N.; ALMEIDA, F. Q. A. de. Relato de experiência sobre a avaliação dos riscos ambientais e mapeamento em uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) para a

promoção da segurança no trabalho. Disponível em: <http://www.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/Educacao/Simbio-Logias/RELATO_EXPERIENCIA_NUTR_avaliacao_riscos_ambientais.pdf. Acesso em: 11 out. 2012>.

Bureau Veritas Brasil. Certificação OHSAS 18001. Disponível em: http://www.bureauveritas.com.br/wps/wcm/connect/bv_br/Local/Home/bv_com_serviceSheetDetails?serviceSheetId=2054&serviceSheetName=Certifica%25C3%25A7%25C3%25A3o+OHSAS+18001

Introdução à Segurança do Trabalho. Disponível em: http://www.areaseg.com/seg. Acesso em: 11 out. 2012.

PANTALEÃO, Sérgio Ferreira. Acidente de trabalho – responsabilidade do empregador? Disponível em: http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/acidente_resp_empregador.htm. Acesso em: 11 out. 2012.

SALIBA, Tuffi. Curso Básico de Segurança e Higiene Ocupacional. São Paulo: LTR, 2011. PLT 210.

Saúde do Trabalhador. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/saude-do-trabalhador/acidentes-de-trabalho. Acesso em: 01 Maio 2012 18:24.

SEGURANÇA dentro e fora do trabalho. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=5SDOHrxadAo&feature=related>. Acesso em: 11 out. 2012.

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