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SEGURANÇA DO TRABALHO EM INDÚSTRIAS ALIMENTÍCIAS:

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Por:   •  2/9/2014  •  7.528 Palavras (31 Páginas)  •  315 Visualizações

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SEGURANÇA DO TRABALHO EM INDÚSTRIAS ALIMENTÍCIAS:

Instituição de ensino Grau técnico

Aluno: Murillo Barbosa Fernandes

Professor : Valdir

SEGURANÇA DO TRABALHO EM INDÚSTRIAS ALIMENTÍCIAS:

UMA ABORDAGEM GERAL

RESUMO.

A partir do advento da Revolução Industrial no século XVI, o Trabalho tornou-se cada vez mais organizado e normatizado, sendo controlado por um capital financeiro que ditava as novas regras de produção e consumo. Assim, o antigo mundo rural desapareceu para dar lugar a uma era dos extremos; onde homens, mulheres e crianças eram forçados pela sobrevivência à trabalharem por longas horas no interior das fábricas. As condições de trabalho nestas instalações eram marcadas pela insalubridade e periculosidade em graus extremos, não existindo qualquer mecanismo para garantir a saúde ou a segurança dos operários. A mudança deste quadro caótico somente ocorreu na aurora da época contemporânea, com a criação de leis e organismos de defesa do trabalhador. Portanto, movido por um interesse em analisar as condições dos trabalhadores no interior das fábricas atuais e procurando compreender o seu papel em um contexto econômico – social; o presente artigo tem por objetivo uma abordagem teórica das atividades relacionadas ao campo da Segurança e Medicina do Trabalho em Indústrias Alimentícias do Brasil.

Palavras chaves: Trabalho, Segurança, Saúde, Indústria.

A INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA NO BRASIL: CONSTRUINDO UM CAMINHO.

A alimentação é uma necessidade intrínseca a todos os seres vivos. É por meio deste processo que ocorre a produção de energia biológica nos mais diversos organismos, utilizando-se para tanto da chamada teia alimentar ou rede alimentar5. Assim, a busca por água, açucares e sais minerais são essenciais para a preservação e continuidade da vida. Os seres humanos, em sua estrutura biológica apresentam-se como organismos onívoros, ou seja, que podem consumir tanto produtos de origem animal quanto vegetal. Na Pré-História, o homem começou como coletor, colhendo plantas e frutos para se alimentar; porém, a sua grande evolução se deu quando este passou de coletor para agricultor, melhorando continuamente e alterando a maneira no qual o alimento era extraído da Natureza (PINSKY, 1994).

A Indústria de Alimentos Brasileira representa um dos ícones neste segmento incorporativo mundial. No Brasil, a título de exemplo, temos a congregação de grandes empresas multinacionais e nacionais no ramo da alimentação (como a Sadia, Perdigão, Coca- Cola, AMBEV, Garoto, Parmalat e as empresas do Grupo Unilever e do Grupo Santista) até pequenas empresas gerenciadas e movimentadas por familiares; com produção do tipo artesanal e distribuição restrita no mercado.

Segundo a pesquisadora Caroline Liboreiro Paiva (1999, p. 29), “a Indústria de Alimentos no país representa um segmento importante da produção industrial brasileira”, com faturamento de praticamente R$ 184,6 bilhões de reais anual, cerca de 9,7% do PIB nacional

Este crescimento e o incremento do grau de complexidade do ramo da alimentação podem ser observados nas últimas décadas, principalmente no meio urbano das camadas médias e altas da sociedade. A explicação para este crescimento deu-se nas últimas décadas como reflexo direto do período de estabilidade da economia após a implantação do Plano Real (1994), à integração econômica ao Mercosul e à abertura do mercado nacional aos produtos e ao capital internacional. Ademais, as mudanças no padrão de consumo vinculadas à ideia de uma “vida moderna”; o avanço do desenvolvimento científico e tecnológico; a crescente saída das mulheres do espaço doméstico para assumirem postos de trabalho e cargos no setor produtivo; representaram um fator contributivo para este fenômeno. Outro aspecto que merece destaque na História da Indústria Alimentícia Brasileira consiste na estratégia de concentração industrial através de fusões e aquisições; das alianças ou associações ao longo da cadeia produtiva e a diversificação de produtos. Esta política empresarial tem por objetivo a obtenção de vantagens competitivas decorrentes da integração tecnológica, organizacional ou administrativa por parte das empresas adquiridas.

Frente a isto, as aquisições empresariais tem sido a estratégia mais comumente empregada pelas empresas transacionais, como forma de crescimento e entrada em novos mercados. As empresas que sofrem ou sofreram estagnamento de consumo, atualmente são os alvos preferidos destes grupos comerciais, no qual, um quadro de baixo investimento tecnológico e financiamento a custos acessíveis levam inexoravelmente estas empresas a se renderem ao capital transacional6. Uma outra estratégia que vem recebendo crescente importância é a formação de alianças e associações entre os diferentes setores da cadeia produtiva. Deste modo, temos a incorporação de atributos especiais nos produtos para segmentos específicos do mercado. Contudo, exige-se neste elo uma coordenação fina ao longo da cadeia produtiva, pois o mau desempenho das atividades de um setor pode comprometer a qualidade exigida no produto final. Essa coordenação produtiva se torna ainda mais criteriosa quando se considera algumas especificidades da Indústria de Alimentos, como a alta perfectibilidade e sazonalidade de suas matérias-primas.

É perceptível que estas associações produtivas tendem a se estabelecer na Indústria de Alimentos, haja visto que, neste ramo as características de qualidade do produto final estão fortemente relacionadas com as características da matéria-prima e por isso, a indústria tende a interferir cada vez mais neste processo, através do estabelecimento de parcerias e o emprego de novas tecnologias junto aos produtores.

Pari passu a esta tendência aglutinadora temos o vínculo e a escolha da produção sendo determinada pela localidade da empresa, ou seja, a produção de determinados produtos são regidos pela região específica do país. Como exemplo disto, podemos citar a indústria do pescado; a qual tem grandes empresas em Itajaí (SC),

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