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SERVIÇO SOCIAL E SEU DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO NO BRASIL

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Por:   •  27/4/2014  •  1.469 Palavras (6 Páginas)  •  548 Visualizações

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Trovadorismo

O marco inicial do Trovadorismo é a “Cantiga da Ribeirinha” (conhecida também como “Cantiga da Garvaia”), escrita por Paio Soares de Taveirós no ano de 1189. Esta fase da literatura portuguesa vai até o ano de 1418, quando começa o Quinhentismo.

Trovadores

Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros. Temos conhecimento de apenas três Cancioneiros. São eles: “Cancioneiro da Biblioteca”, “Cancioneiro da Ajuda” e “CancioneiNa lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros. Temos conhecimento de apenas três Cancioneiros. São eles: “Cancioneiro da Biblioteca”, “Cancioneiro da Ajuda” e “Cancioneiro da Vaticana”.

Os trovadores de maior destaque na lírica galego-portuguesa são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho.

No trovadorismo galego-português, as cantigas são divididas em: Satíricas (Cantigas de Maldizer e Cantigas de Escárnio) e Líricas (Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo).

• Cantigas de Maldizer: através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões verbais. Em algumas situações eram utilizados palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer explicitamente na cantiga ou não.

• Cantigas de Escárnio: nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplos sentidos.

• Cantigas de Amor: neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não corrCantigas de Amigo: enquanto nas Cantigas de Amor o eu-lírico é um homem, nas de Amigo é uma mulher (embora os escritores fossem homens). A palavra amigo nestas cantigas tem o significado de namorado. O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado.

Novelas de Cavalaria

• Novelas de cavalaria são narrativas literárias em capítulos que contam os grandes feitos de um herói, mesclados a emocionantes histórias de amor. Nestas histórias de amor, ao contrário do que se relatava nas cantigas, o herói não se contenta somente em ver e contemplar a amada, mas exige ser correspondido e concretizar este amor. Aborda também o chamado “Amor Cortês”, que retrata histórias de amor proibidas, nas quais o casal não tem final feliz e é severamente punido pelo pecado cometido.

As novelas de cavalaria eram tipicamente medievais, histórias com temas guerreiros, e chegaram a Portugal no séc. XIII, circulando entre os fidalgos e a realeza. Eram traduzidas do francês, e portanto, naturalmente modificadas para adequá-las à realidade histórica e cultural de Portugal. A princípio, portanto, não havia novelas de cavalaria que fossem autenticamente portuguesas, todas tinham heranças do francês. Dentre as novelas mais marcantes estão: “A demanda do Santo Graal” e “Amadis de Gaula”.espondido).

A matéria destas novelas foi, convencionalmente, dividida em três ciclos:

1. O ciclo bretão ou arturiano: tinha como figuras centrais o Rei Artur e seus cavaleiros da távola redonda.

2. O ciclo carolíngio: histórias giravam em torno de Carlos Magno e dos doze pares de França.

3. O ciclo clássico: as novelas abordavam temas Greco-latinos.

Quanto à literatura portuguesa, porém, esta organização não tem fundamento, pois só o ciclo arturiano teve maior representatividade em Portugal. Não se conhece, na língua portuguesa, nenhuma novela que aborde os temas dos ciclos carolíngio e clássico.

No século XVI este gênero literário ainda continuaria a ser cultivado, mas com adaptações à nova visão de mundo, trazida através do Humanismo. Foram escritas novelas em português como “A Crônica do Imperados Clarimundo”, escrita por João de Barros, “O Palmerim de Inglaterra”, escrito por Francisco Morais; “O Memorial das Proezas da Segunda Távola Redonda”, escrito por Jorge Ferreira de Vasconcelos, dentre outras que vinham retratar a expansão portuguesa. O gênero foi cada vez mais “nacionalizado”, tanto linguisticamente quanto em relação às temáticas abordadas.

Características das cantigas de amor

* Voz lírica masculina

* Tratamento dando à mulher: mia senhor.

* Expressão da vida da corte.

* Convenções do amor cortês:

a) Idealização da mulher;

b) Vassalagem amorosa;

c) Expressão da coita.

* Origem provençal.

Características das cantigas de amigo

Cantiga De Amigo (Tradução)

Lá na Casa dos Carneiros onde os violeiros

vão cantar louvando você

em cantiga de amigo, cantando comigo

somente porque você é

minha amiga mulher

lua nova do céu que já não me quer

Dezessete é minha conta

vem amiga e conta

uma coisa linda pra mim

conta os fios dos seus cabelos

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