SGSO

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

SISTEM DE GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA OPERACIONAL

(S.G.S.O.)

GOIÂNIA 2014

JUSTIFICATIVA

Este projeto abordaráa relação entre os desvios operacionais causados por fatores humanos na aviação e na aplicação dos programas de Sistema de Gereênciamento de Segurançã Operacional (SGSO). Com a utilização destes programas, a qualidade e a segurança operacional dos procedimentos operacionais de uma organização pode ser exponencialmente melhorados, igualmente os desvios causados por fatores humanos podem ser reduzidos e evitafos com seu prévio estudo.

As questões norteadoras destes assuntos baseiam-se nos desvios operacionais, causados pelos fatores humanos na aviação; nos desvios comportamentais observados nas práticas operacionais da aviação e na prevenção de acidentes e incidentes aeronáuticos, causados pelos fatores humanos, os quais representam a maior causa de acidentes na aviação. Os programas de SGSO focam sua atenção em ações preventivas, baseadas no estudo de um evento ou prática operacional, o que representa uma grande vantagem comparada às práticas de investigação de eventos já conhecidos.

O objetivo geral é apresentar os benefícios à aviação comercial quando os programas de SGSO são introduzidos em uma organização aeronáutica, tal como uma companhia aérea, onde observam-se as ações proativas na prevenção de acidentes aéreos, o que traz a ela muito mais segurança e qualidade à suas práticas operacionais. Em específico, aborda-se a ligação entre os desvios operacionais e comportamentais, causados pelos fatores humanos, e a implementação dos programas de SGSO na conscientização dos aviadores.

São apresentadas a indisciplina e a despadronização como preocupantes fatores humanos nas ocorrências de acidentes aeronáuticos, e os aspectos psicológicos e físicos como condições perigosas aos pilotos. Além disso, apresenta-se uma breve história acerca da preocupação com os fatores humanos na aviação e os precedentes que resultaram na criação de programas de psicologia aeronáutica.

Com base em referências de Orlady (1999), Baber (1996) e Chapanis (1996), são apresentados os conceitos de disciplina dos tripulantes técnicos nas operações a bordo de uma aeronave. O conceito de Gerenciamento de Recurso na Cabine (CRM) é amplamente comentado, visto que esse programa apresenta grande importância no âmbito do gerenciamento dos recursos humanos dos tripulantes técnicos (e futuramente dos demais tripulantes e membros da estrutura organizacional aérea), com foco em uma operação padronizada, sem desvios comportamentais e operacionais, aumentando a de segurança das operações.

Aborda-se ainda, no primeiro capítulo, o estudo de fatores internos e externos que contribuem para a ocorrência de erros a bordo de aeronaves por parte de seus tripulantes técnicos. Com relação aos fatores internos, destaca-se a fadiga, o estresse, a distração e a pressão psicológica, todos extremamente pertinentes e preocupantes quando observados em pilotos comerciais, isto é, profissionais da aviação. Com relação aos fatores externos, há o excesso da carga de trabalho, o deficiente planejamento de voo ou a falta deste, o choque cultural entre tripulantes que dividem uma mesma cabine, a falta de padronização e gerenciamento de cabine (CRM) e, por fim, o transporte de passageiros importantes, uma operação que também gera pressão psicológica, em função de uma maior cobrança do tripulante por resultados satisfatórios.

Já no segundo capítulo, apresenta-se em específico, a implementação dos Sistemas de Gerenciamento de Segurança Operacional (SGSO) para a conscientização dos aeronautas a respeito da segurança e qualidade das operações. Também são apresentadas as características funcionais dos programas de SGSO, uma vez que eles podem abranger toda a estrutura operacional de uma organização aeronáutica (tal como uma empresa), não se restringindo somente a um voo em particular, por exemplo. Observa-se que a doutrina operacional padronizada é indispensável dentro de uma empresa aérea comercial, abrangendo desde os seus tripulantes técnicos, que atuam diretamente no voo, até aqueles que atuam de maneira secundária, como despachantes operacionais de voo, por exemplo.

Destacam-se os benefícios agregados à adoção dos programas de SGSO, com a fundamentação das bases de surgimento desses programas, bem como a importância de nortear os princípios de implementação e regulamentação das práticas e elementos intrínsecos dos programas de SGSO. São citados também, de modo aprofundado, os métodos de implantação de SGSO nas organizações, tomando-se como referência documentações técnicas do Comando da Aeronáutica do Brasil (COMAER) as quais norteiam os métodos de implantação no Brasil, além de documentações da OACI, que expedem diretrizes acerca do cenário global da implantação dos programas SGSO. Por fim, são apresentados os importantes resultados obtidos com a adoção dos programas SGSO, isto é, são observadas muitas vantagens em face dos antigos métodos ``reativos´´ de prevenção de acidentes e de conscientização de segurança operacional e padronização.

ANÁLISE TEÓRICA

A aviação mundial, tanto profissional quanto desportiva, sempre manteve suas operações baseadas em métodos e práticas padronizadas, essa cultura da padronização aéreateve seu início ainda no começo da aviação e é transmitida até os dias atuais. A cultura dapadronização aérea, assim como as aeronaves, passou por mudanças ao longo de seus quase100 anos de existência e hoje o método mais completo de padronização de treinamento,aperfeiçoamento, qualificação, logística aérea e segurança operacional, é o SGSO (PortariaDAC nº 391, de 09 de maio de 2005 - Diário Oficial da República Federativa do Brasil).

Os programas de SGSO trabalham com a filosofia da ação preventiva, baseada emestudo prévio dos eventos e não em fatos já acontecidos, este talvez seja o grande diferencialdo novo método chamado de SGSO, programa que proporciona aos seus adeptos, condiçõesde trabalhar sob processos existentes em gestão de qualidade e segurança operacional, alémde ser um sistema que integra todos os setores organizacionais em sua gestão de qualidade esegurança, ou seja, esse conceito de segurança operacional engloba todas