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SINAPSES QUÍMICAS E ELÉTRICAS

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Por:   •  15/4/2014  •  1.158 Palavras (5 Páginas)  •  1.540 Visualizações

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SINAPSES

O tecido nervoso caracteriza-se pela capacidade de suas células comunicarem-se entre si, pro- cessando e transmitindo informação a longa distância. Essa propriedade é possível graças à existência de dois mecanismos de sinalização: a condução axô- nica e a transmissão sináptica. A transmissão sináptica é o processo pelo qual informação gerada ou processada por um neu- rônio é transmitida a outro neurônio ou célula efetora. Dois processos são utilizados com esse objetivo: a) Eletrônico (Transmissão Eletrônica); b) Químico (Transmissão Neuro-Química).

SINAPSES ELETRÔNICAS

Na sinapse eletrônica a corrente elétrica (iônica) flue diretamente do terminal pré-sináptico para o elemento pós-sináptico através de canais de baixa resistência que unem as duas células na região de contato sináptico

SINAPSES QUÍMICAS

O transmissor químico liberado pelo elemento pré-sináptico tem de se difundir pelo líquido extracelular da fenda até alcançar a membrana pós- sináptica e interagir com seus receptores farmacológicos para dar início à resposta pós-sináptica. Apesar da transmissão química ser um processo mais lento que a eletrônica, apresenta a vantagem do sinal pré-sináptico poder ser amplificado, ativando grandes neurônios pós-sinápticos.

a) Neurotransmissor - substância química que ao interagir com seu receptor determina o apare- cimento de um potencial pós-sináptico exci- tatório rápido (PPSE) ou inibitório (PPSI);

b) Neuromodulador - substância química que ao interagir com seu receptor altera a liberação de um neurotransmissor ou altera a excitabilidade pós-sináptica facilitando ou dificultando a ativação do elemento pós-sináptico pelo neurotransmissor.

Morfologia da Sinapse Química

Identifica-se numa sinapse química 3 elementos básicos:

1- Terminal Pré-Sináptico; 2- Fenda Sináptica e 3- Membrana Pós-Sináptica

1- O terminal pré-sináptico é caracterizado pela presença das vesículas sinápticas que contém o transmissor e pela presença de regiões especiali- zadas na superfície citoplasmática da membrana, denominadas de ‘‘zonas ativas’’.

3-O elemento pós-sináptico é caracterizado pela presença dos receptores, macromoléculas pro- téicas que atravessam a membrana de lado a lado e com as quais os transmissores interagem, abrindo ou fechando um canal iônico.

Etapas do Processo da Transmissão Química

O processo da neurotransmissão é o elo mais frágil da cadeia de transmissão de informação no tecido nervoso, sendo facilmente alterado por agentes físicos e químicos.

A liberação do neurotransmissor é dispara- da pela chegada de um potencial de ação com con- seqüente despolarização da membrana pré-sináptica, provocando aumento da condutância ao cálcio. O influxo de cálcio para dentro do terminal dispara um aumento na freqüência de fusão das vesículas com a membrana pré (exocitose), acarre- tando maciça liberação do neurotransmissor. Livre na fenda o neurotransmissor tem vá- rios destinos: a) difunde-se para fora e é carreado pela circulação local; b) sofre o ataque de enzimas extracelulares e é biodegradado; c) é recapturado e bombeado de volta para o terminal pré-sináptico para ser reutilizado (captação); d) ou liga-se a receptores farmacológicos pré ou pós-sinápticos dando início a sucessão de eventos que culminam com o apareci- mento de um potencial pós-sináptico excitatório ou inibitório, com alteração do processo de liberação, ou com secreção de um hormônio.

Regulação da Liberação - O processo de liberação depende basicamente de três fatores:

a) da taxa de renovação metabólica do transmis- sor (turn over);

b) da amplitude e duração da despolarização do terminal;

c) da autorregulação do processo pelos receptores pré-sinápticos.

A amplitude e a duração da despolarização do terminal são decisivas para a liberação. Quanto maior for a despolarização ou sua duração, maior será a quantidade liberada.

Captação e Retenção - Os terminais ner- vosos trabalham economicamente, poupando neuro- transmissor. Caso não existisse um mecanismo de poupança, o terminal iria se exaurir rapidamente do transmissor quando fosse estimulado mais rapida- mente. Com o objetivo de poupar o transmissor ex- iste na membrana pré-sináptica sistema enzimático que carreia o transmissor de volta da fenda para o citoplasma (carreadores), onde poderá ser reincor- porado às vesículas e reutilizado.

Eventos Pós-Sinápticos - Uma vez liberado, o neurotransmissor difunde-se no líquido extracelular da fenda e liga-se aos receptores pós e pré-sinápticos aí existentes. Isso dá início a sucessão de eventos que culminam com o aparecimento de um potencial pós-sináptico excitatório ou inibitório, a secreção de um hormônio, ou com o aumento ou diminuição da liberação.

1. Transmissão por ativação direta de canal iônico- Estes receptores, quando ativados, geram oscilações rápidas (ms) do potencial da membrana sob a forma de uma pequena despolarização (poten- cial pós-sináptico excitatório - PPSE), ou hiperpolari-

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