SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E GESTÃO DE CONHECIMENTOS

Atividade apresentada à Universidade Salvador – UNIFACS, curso de graduação em Engenharia de Produção, disciplina Introdução à Engenharia de Produção, sob a orientação do professor Glauber Araújo Alencar Cartaxo.

Salvador – Bahia

Maio de 2014

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E GESTÃO DO CONHECIMENTO

Introdução

Passamos por um momento de importante transição do ambiente econômico, em que a gestão proativa do conhecimento adquire um papel crucial para a competitividade empresarial. Qualidade, produtividade e competitividade são conceitos sinalizadores dos atuais desafios das empresas que, nos últimos anos, passaram a constituir a trilogia do sucesso empresarial, ou seja, metas a serem alcançadas em busca de resultados e, por conseguinte, de lucratividade. Nesse cenário, denominado como era do conhecimento, podemos afirmar que a gestão da informação e do conhecimento são fontes de vantagem competitiva no contexto capitalista. Segundo Almeida e Costa (2011), gestão da informação e gestão do conhecimento são campos distintos articulados pela relação entre fornecedor-cliente; ambos diretamente ligados às áreas de estratégia e organização.

A transformação das características e as necessidades dos diversos usuários de informação em empresas vêm determinando não somente a criação de diversos tipos de sistemas de informação para atendê-los, como também o perfil do profissional dos trabalhadores cuja atuação nas empresas esteja, direta ou indiretamente, ligada à área da informação. Do tradicional modelo de biblioteca técnica de empresa, passou-se para os centros de documentação, os centros de informação, as bibliotecas virtuais, os sistemas de inteligência competitiva e, atualmente, os programas de gestão do conhecimento (REZENDE, 2002). O reconhecimento da importância estratégica da administração do conhecimento e do capital intelectual das empresas configura-se como a mais recente fase de evolução na gestão da informação. Nesse contexto, diferentes modelos de sistemas de informação para empresas emergem e, apesar de distintos, não se excluem e convivem (Idem).

Considerando a importância dos pressupostos acima para atuação competente do Engenheiro de produção, o objetivo do presente trabalho é apresentar os conceitos de sistema de informação e gestão do conhecimento e suas implicações para a atuação do engenheiro de produção. Aspecto relevante para nosso processo formativo como graduandos em curso de Engenharia de Produção.

Este texto está estruturado da seguinte forma. Na primeira parte deste relatório será apresentado o conceito de sistemas de informação e suas implicações operacionais. Em uma segunda parte, trataremos a concepção de gestão de conhecimento. A seguir, trataremos do tema: contribuições do profissional de engenharia de produção (EP) às áreas de sistemas de informação e gestão do conhecimento. Terminado este tópico, apresentamos os caminhos metodológicos adotados pelo grupo para realização de pesquisa que nos permitiu finalizá-lo, tecendo considerações retomando seu objetivo. Sistemas de informação

A palavra origina-se do latim (informare) e tem o significado de dar forma. No contexto empresarial, informação é um produto adquirido através de um sistema de produção que se baseia na utilização de dados como matéria-prima (ALMEIDA e COSTA, 2003). Conforme Laudon (1999), informação é um conjunto de dados os quais os seres humanos deram forma para torná-los significativos e úteis. Para Stair (1996), informação é o conjunto de fatos organizados de tal forma que adquirem valor adicional além do valor do fato em si. Já Davis (1985) informação corresponde ao dado que tenha sido processado de uma forma que tenha significado para o receptor e tem valor, real ou percebido, em ações ou decisões atuais ou futuras.

Por sua vez, dado é qualquer elemento identificado em sua forma bruta que por si só não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação (OLIVEIRA, 2005). Dado também pode ser conceituado como elemento que representa eventos ocorridos na empresa ou circunstâncias físicas, antes que tenham sido organizados ou arranjados de maneira que pessoas possam entender e usar (ROSINI; PALMISANO, 2003). No contexto da engenharia de produção,

[...] a informação é um produto obtido de um sistema de produção que utiliza o dado como matéria-prima. Assim, fazendo uma analogia com os sistemas de produção, pode se considerar que os dados estão para a informação assim como a matéria-prima está para o produto final, ou seja, um sistema de informação transforma dados em informação associadas a escolhas ou tomadas de decisões (ALMEIDA; COSTA, 2003, p.).

Assim, as informações podem ser consideradas o resultado dos dados tratados, comparados, classificados, analisados para tomadas de decisões e melhor compreensão do objeto estudado. Um conjunto organizado e estruturado de informações compõe um sistema de informação.

Um sistema pode ser definido como grupo de componentes inter-relacionados que operam rumo à consecução de uma meta comum mediante a aceitação de entradas e produção de saídas em um processo organizado (O’BRIEN, 2004). O sistema de informação surgiu da necessidade das empresas se organizarem, pois estas passaram a crescer tendo, estruturas em setores específicos, ampliando suas áreas de atuação e interagindo com órgãos externos como outras organizações, clientes diversos e órgãos governamentais. Com a quantidade imensa de informações que as empresas passaram gerar (muitas delas irrelevantes) em suas operações.

As abordagens básicas para o sistema de informação são: SIT (Sistema de Informação Transacional); SIG (Sistema de Informação gerencial); SAD (Sistema de Apoio à Decisão). Os sistemas de informação transacional estão interligados com as atividades cotidianas da empresa, tratando-se da automação dos processos operacionais em todo sistema de produção (ALMEIDA; COSTA, 2011). Os sistemas de informação gerencial fornecem aos gerentes informações úteis para gerenciar as atividades da empresa com foco na informação para problemas estruturados (Idem).

“A diferença entre os relatórios gerados pelo SIT e os gerados pelo SIG é que o primeiro tem por objetivos a eficiência dos processos e o segundo a eficácia da gestão.” (Idem, p. ).

Os relatórios atendem à solicitação dos usuários e são pré-formatados. Manipulam dados estruturados. Uma das principais