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Seminário Interdisciplinar: Organização de Bibliotecas (Ontologias)

Por:   •  11/6/2024  •  Trabalho acadêmico  •  4.362 Palavras (18 Páginas)  •  27 Visualizações

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DO PERGAMINHO A NUVEM:

A evolução das bibliotecas e sua adaptação à era digital[a]

Alice dos Santos Reis1

Angélica Fernandes de Oliveira Vitalino1

Maria Luiza Ribeiro de Souza1

Neusa Maria Borges1

Mônica Valério Barreto2

RESUMO

O presente trabalho apresenta uma linha do tempo com a origem e evolução histórica das bibliotecas ate chegar na Era digital, analisa o porquê e como surgiram tais bibliotecas e mostra a força que a instituição biblioteca tinha no Mundo Antigo. Aborda sobre a importância das bibliotecas para a sociedade que vivia naquela época e as suas contribuições para a produção do conhecimento.

 

Palavra-chave: História das bibliotecas; Antiguidade; Cultura.

INTRODUÇÃO[b]

As bibliotecas são pilares fundamentais da sociedade, abrigando tesouros de conhecimento que transcendem gerações e moldam o curso da história. A palavra biblioteca tem sua origem no grego com a palavra de mesmo significado, bibliotheke. Essa palavra grega é derivada de duas outras: biblion, que significa “papel ou rolo com escrita” e theca, que tem o significado de “depósito”, etimologicamente, significa depósito de livros (CUNHA, 1997).

Estudiosos afirmam que as bibliotecas surgiram no segundo milênio a.C. na Mesopotâmia, antes mesmo da criação da imprensa de Gutemberg e, por séculos, as bibliotecas foram consideradas os depósitos físicos do conhecimento humano.

Ao longo da Idade Média e da Renascença, as bibliotecas eram frequentemente associadas a instituições religiosas e universidades. Segundo Martins (2002, p.86), As Bibliotecas Bizantinas são de uma importância maior que as ocidentais pois, de certa forma, seria impossível imaginar que os monges ocidentais sozinhos fossem capazes de provocar ou permitir o Renascimento. O autor ainda diz que

[...] “a fuga desses monges e desses sábios de Bizâncio para o Ocidente, trazendo os seus manuscritos e os seus conhecimentos, por ocasião da tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453, é que provocará a Renascença e, por consequência, o fim da Idade Média” [...]

Este trabalho mostrará os principais marcos históricos que definiram a evolução das bibliotecas, desde a mítica Biblioteca de Alexandria, que simboliza a busca incessante do conhecimento na Antiguidade até o surgimento das bibliotecas digitais e os desafios e oportunidades que apresentam.

Ao analisar a história das bibliotecas, teremos a oportunidade de compreender, não apenas como o acesso ao conhecimento foi transformado ao longo do tempo, mas, como as bibliotecas desempenharam um papel central nas mudanças culturais, sociais e intelectuais que marcaram as diferentes eras da história humana.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA[c]

As origens da biblioteca remontam a civilizações antigas como a Mesopotâmia. Na Antiguidade, as bibliotecas se ocupavam em armazenar a maior quantidade de rolos de papiro, tabuletas de argila e pergaminhos, atribuindo status e poder aos seus imperadores nas regiões onde se encontravam. Nesse período, as bibliotecas não tinham um caráter público e serviam apenas como um depósito de livros, sendo mais um local em que se escondiam os livros do que um lugar para preservar e difundi-los (MARTINS, 2002). Santos diz que:

[…] a ética era posta de lado quando se tratava de manuscrito raros ou originais. Ptolomeu III Evergeta, obcecado em aumentar o acerto ordenou que qualquer livro ou manuscrito vindo do exterior ou encontrado nos navios, deveria ser aprendido e levado à biblioteca. Depois de copiado, original ficava na biblioteca, ao passo que, a cópia era devolvida ao dono junto com um prêmio de 15 talentos (SOUZA, apud SANTOS, 2012, p.181).

Dentre as bibliotecas da Antiguidade mais importantes podemos citar a de Nínive, Pérgamo, as Gregas, Romanas e a lendária Biblioteca de Alexandria no Egito, a mais importante do mundo. Mas, apesar de sua importância histórica e grandiosidade Battles (2003, p. 37) afirma que:

[...] a reunião das obras em grande número ajudava, na verdade, mais a destruição que a preservação, e a maior parte das que sobreviveram pertenciam a pequenas coleções particulares. Ainda hoje, é difícil determinar a quantidade de obras que se perderam em incêndios e catástrofes por estarem reunidas em grandes quantidades.

Linha do tempo

Nínive

Alexandria

Idade Media

Renascimento

Século VII a.C.

Século III a. C.

Século V d.C.

Séculos XIV, XV e XV

BIBLIOTECA DE NINÍVIE

Para muitos estudiosos esta é a primeira biblioteca que existiu, e segundo Souza (2005), a Biblioteca de Nínive pode ser considerada a primeira coleção indexada e catalogada da História, afinal, com o grande acúmulo de registros, surgiu a necessidade de organizá-los, para torná-los acessíveis, de fácil manuseio e procura para seu público restrito a nobreza e alguns escribas. Sua criação se deve ao rei Assurbanipal, no Império Assírio VII a.C. e acreditasse que abrigava cerca de 22 mil tabuletas de argila.

Figura 1- Representação da Biblioteca de Nínivie

[pic 1]

Fonte: JW.org, 2021

Battles ainda nos mostra que:

Ao que parece, a biblioteca era altamente organizada. As placas componentes de uma mesma obra eram reunidas num único bloco, no qual se punha um rótulo identificador do conteúdo. Havia também um catálogo registrando os títulos das obras e o número de placas de que cada uma era composta. Outros arquivos e bibliotecas espalhados pela Mesopotâmia exibiam níveis igualmente elevados de organização. Havia repositórios em que as placas eram guardadas em cestas numeradas, com os títulos gravados nas bordas da argila para facilitar a identificação (BATTLES, 2003, p. 32 – 33)

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