Serviços De Saude

2.2 AVALIAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE

No mundo globalizado, os sistemas de saúde vêm enfrentando dificuldades decorrentes da incorporação de tecnologia na assistência, em um momento de forte crise no setor financeiro, associado à crescente demanda da população cada vez mais bem informada e exigente de seus direitos e necessidades (PAIM; CICONELLI, 2007, p.210).

Soma-se a esses fatores a própria complexidade inerente ao setor da saúde, responsável por múltiplas tarefas, tais como prevenir, cuidar, proteger, tratar, recuperar, promover e produzir saúde, no qual atuam e interagem diferentes atores: população, corporações, gestores, dirigentes políticos, profissionais e segmentos empresariais (BRASIL, 2006a; BRASIL, 2006b).

A principal fonte de falhas de qualidade em um dado sistema são os problemas nos processos de trabalho, uma gerência com competência passa por planejamento, monitoramento e avaliação de seus processos.

Existem diversas citações a respeito de auditoria na Constituição da República, em Decretos Presidenciais, nos Códigos de Ética de algumas profissões, entre outros.

A palavra auditoria vem do latim audire que significa “ouvir”. Historicamente, toda a pessoa com função de verificar a legitimidade dos registros econômico-financeiros e relatar os achados a um supervisor era considerado auditor (ABDOM et. al., 2009, p.229).

A auditoria tem sido uma ferramenta atualmente utilizada na assistência de enfermagem, para avaliar assistência prestada juntamente com os gastos do processo de assistência.

Existem dois tipos de auditoria, a retrospectiva e a operacional ou recorrente; a auditoria retrospectiva é feita após a alta do paciente utilizando prontuários como avaliação, a auditoria operacional é feita enquanto o paciente está hospitalizado ou em atendimento ambulatorial, uma vez analisado, é possível identificar falhas e propor melhorias, para que se reduzam gastos e aumente a qualidade dos serviços.

De acordo com Feldman (2005), a qualidade é um processo contínuo e dinâmico de identificação de falhas e de aprimoramento de rotinas e procedimentos. Esse processo deve ser revisado e atualizado periodicamente e deve contar com a participação de todos os funcionários.

A atividade de auditoria, principalmente na área contábil, é deveras antiga, tendo sido encontrados registros deste tipo de atividade que datam de 4500 a.C. A denominação auditor, de origem latina (auditore), significando apenas “que ou aquele que ouve; ouvinte” também é antiga, embora não se conheça sua origem e tampouco a data precisa em que se consagrou. Já o termo auditoria foi usado pelos ingleses para rotular a tecnologia contábil da revisão (auditing), com o significado de “fazer ou fazendo balanço”, mas que hoje tem sentido mais abrangente (SÁ, 2002, p.21).

Para Sá (2002), o auditor observa a exatidão, a integridade e a autenticidade de tais demonstrações, registros e documentos. Conforme assevera Chiavenato (2006), a auditoria é um sistema de revisão de controle para informar a administração sobre a eficiência e a eficácia dos programas em desenvolvimento, não sendo sua função somente indicar os problemas e as falhas, mas também apontar sugestões e soluções, assumindo, portanto, um caráter educador.

Na assistência à saúde, a auditoria