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Sexualidade Na Populacao Idosa

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Por:   •  22/10/2013  •  1.761 Palavras (8 Páginas)  •  236 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO OESTE

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

A SEXUALIDADE NA POPULAÇÃO IDOSA

FINGER, Keli1

Resumo

No seguinte trabalho é abordado um assunto bastante delicado: A sexualidade em pessoas acima dos 50 anos, pois nas ultimas décadas vem sendo motivo de estudo para diversos autores, devido à importância do tema para a saúde da população em geral.

Com o passar do tempo percebe-se o constante crescimento da população idosa, por tal motivo, muitos pesquisadores de diferentes áreas têm demonstrado interesse em estudar essa fase da vida. Lamentavelmente, a população idosa está envolvida por diversos tipos de preconceitos e um deles é o que nos diz respeito ao sexo na terceira idade. Os idosos são pessoas que possuem sensibilidades, desejos e medos como todos nós, entretanto, a sociedade os coloca numa situação em que sentem que devem reprimir seu desejo sexual, o sentimento de ser amado, ou então serão repreendidos pela sociedade e negados pela própria família.

Palavras-Chave

Envelhecimento, sexualidade, prevenção, cultura.

Metodologia

O presente trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica em periódicos encontrados no banco de dados da biblioteca virtual scielo nos últimos 5 anos.

Descritores: Thiago de Almeida; Maria Luiza Lourenço; Magali Olivi; Dóris Vasconcellos.

Introdução

No seguinte artigo o tema abordado foi a sexualidade na população acima de 50 anos de idade e os riscos de adquirir DSTs nessa época da vida. Conforme os autores, a sexualidade sempre esteve envolvida pelo conceito de procriação da espécie. Ou seja, até a segunda metade da vida, devido á menopausa nas mulheres e as progressivas disfunções da ereção masculina, a atividade sexual vem perdendo sua importância por não ser mais viável a procriação. Mas atualmente, vem-se questionando tal conceito. Conforme Vasconcellos et all (2004), muitas pessoas buscam por reposição hormonal e moléculas (sildenafil, tadalafil) que lutam contra as disfunções da ereção. Podemos dizer que atualmente, o conceito de sexualidade tornou-se não somente para procriação, mas também para a satisfação de ambos os envolvidos e esse é um dos fatores que contribuem para que a população idosa esteja mais propensa a adquirir certas DSTs.

Desenvolvimento

Nas últimas décadas percebe-se um grande aumento da população idosa, por isso, diversos pesquisadores de diferentes áreas têm demonstrado interesse em estudar essa fase da vida. Lamentavelmente, a população idosa está envolvida por diversos tipos de preconceitos e, segundo Almeida e Lourenço (2007), “ainda hoje a idéia de envelhecer é vista como sinônimo de doença e incapacidade.” É comum atualmente versar sobre o conceito de amor, sendo que, as temáticas ‘amor’ e ‘envelhecer’, segundo Almeida e Lourenço (2007) apresentam algumas “dificuldades metodológicas e impropriedades conceituais que lhes são inerentes”, tornando dificultosa a abordagem.

Ainda segundo Almeida e Lourenço (2007), “é possível atingir a velhice de forma saudável, expressando o amor e a sexualidade, elementos por vezes negligenciados pelos próprios idosos”.

Atualmente, conforme Vasconcelos et. all. (2004), há uma busca maior por terapias de reposições hormonais e por moléculas que lutam contra disfunções da ereção pela população de 50 anos ou mais:

“As repercussões do processo de envelhecimento sobre a sexualidade constituem um assunto particularmente contaminado por preconceitos. Esta área de pesquisa foi negligenciada, tanto por falta de interesse dos profissionais da saúde mental, quanto pela inibição das pessoas desta idade para abordar este assunto (Comfort, 1976). Tal inibição pode ser atribuída à internalização das normas sociais predominantes.” (VASCONCELOS et al.)

É possível observarmos, através de um estudo de amostras das populações, que a vida sexual ativa na terceira idade depende de vários fatores como boa saúde, o psicológico de cada pessoa, a cultura em que estão envolvidas entre outros. Como no estudo de Vasconcelos et. all. (2004), no qual adquiriram amostras da população brasileira e portuguesa, pôde-se constatar as diferenças entre a cultura e dos gêneros dessa população, bem como a afirmação de que a sexualidade na velhice não depende somente de se ter uma boa saúde ou um casamento. Além disso, mesmo casados muitos idosos dizem não estarem satisfeitos sexualmente, no que, podemos julgar que se faz necessário uma convivência harmoniosa e amorosa na vida conjugal, Vasconcellos et. all (2004) ainda cita em seu artigo: “Quando a relação afetiva do casal é satisfatória, a freqüência das relações permanece estável (Newman & Nichols, 1970).”

Conforme Olivi et. All (2008) o envelhecimento da população e o aumento do número de pessoas idosas, acompanhado por melhoria da qualidade de vida, vêm estimulando mudanças de comportamento relacionadas à sexualidade, proporcionando às pessoas relações afetivas mais ativas. Pesquisa sobre comportamento da população brasileira sexualmente ativa, realizada pelo Programa Nacional de DST/AIDS, em 2003, mostrou que 67,1% das pessoas de 50 a 59 anos e 39,2% das pessoas com 60 anos e mais de idade são sexualmente ativos, e a proporção de homens sexualmente ativos com mais de 50 anos é o dobro daquela observada entre as mulheres com a mesma idade(4).

No texto de Vasconcellos et. all (2004), temos duas teorias que permitem “compreender o processo subjetivo que favorece esta renúncia à sexualidade”: A teoria psicosociológica dos scripts explica a ligação entre o papel de cada individuo para ter sua própria cultura, reconhecendo ou reagindo de formas diversas ás diferentes situações a que lhes são propostas, inclusive situações excitantes. Já a teoria psicanalítica de Freud explica que as pessoas idosas são vistas como “anjos da guarda”, puros e libertos de todo e qualquer traço de sensualidade. Nesse parâmetro da teoria psicanalítica, “os adultos maduros são compelidos a ocultar cuidadosamente seus interesses sexuais para não serem excluídos pela própria família.”

Conforme Almeida e Lourenço (2007), embora todos saibam reconhecer um idoso, é

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