TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Sistema Linfatico

Pesquisas Acadêmicas: Sistema Linfatico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  26/10/2014  •  1.739 Palavras (7 Páginas)  •  698 Visualizações

Página 1 de 7

Sistema Linfático

O sistema linfático representa uma via acessória pela qual o líquido pode fluir dos espaços intersticiais para o sangue. E, mais importante, os linfáticos podem transportar proteínas e material particulado grande para fora dos espaços teciduais, nenhum dos quais poderia ser removido por absorção diretamente pelos capilares sanguíneos. Esse retorno das proteínas dos espaços intersticiais para o sangue é função essencial, sem a qual morreríamos dentro de cerca de 24 horas.

Canais Linfáticos do Corpo

Quase todos os tecidos do corpo têm canais linfáticos que drenam o excesso de líquido diretamente dos espaços intersticiais. As exceções incluem as porções superficiais da pele, o sistema nervoso central, o endomísio dos músculos e os osso. Mesmo esses tecidos têm canais intersticiais diminutos chamados pré – linfáticos, através dos quais o líquido intersticial pode fluir; esse líquido acaba se esvaziando nos vasos linfáticos ou, no caso do cérebro, no líquido cefalorraquidiano, e então diretamente de volta ao sangue.

Essencialmente toda a linfa da parte inferior do corpo acaba fluindo pelo canal torácico e desaguando no sistema venoso na junção da veia jugular interna esquerda e da veia subclávia.

A linda do lado esquerdo da cabeça, do braço esquerdo e de partes da região torácicas também entra no canal torácico antes que ela se esvazie nas veias.

A linfa do lado direito do pescoço e da cabeça, do braço direito e de partes do lado direito do tórax entra no canal linfático direito, que então deságua no sistema venoso na junção da veia subclávia direita e da veia jugular interna direita.

Capilares Linfáticos Terminais e sua Permeabilidade

A maior parte do líquido que se filtra a partir dos capilares sanguíneos flui entre as células e finalmente é reabsorvida de volta nas extremidades venosas dos capilares sanguíneos; mas, em média, cerca de 1/10 do líquido entra nos capilares linfáticos e retorna ao sangue através do sistema linfático, e não através dos capilares venoso. A quantidade total dessa linfa é de somente 2 a 3 litros por dia.

O líquido que retorna à circulação através dos linfáticos é extremamente importante porque as substancias de alto peso molecular, tais como as proteínas, não podem ser absorvidas pelos tecidos de nenhuma outra forma, embora elas possam entrar nos capilares linfáticos quase sem qualquer tipo de impedimento. A razão para isso é a estrutura especial dos capilares linfáticos. As células endoteliais dos capilares linfáticos se fixam através de filamentos de ancoragem ao tecido conjuntivo circundante.

Nas junções das células endoteliais adjacentes, a borda de uma célula endotelial sobrepõe – se à borda da célula adjacente de tal forma que a borda sobreposta fica livre para dobrar – se para dentro, formando assim diminuta válvula que se abre para o interior do capilar. O líquido intersticial, juntamente com as partículas em suspensão, pode empurrar e abrir essa válvula diretamente para o interior do capilar linfático. Mas esse líquido, uma vez que entrado, tem dificuldade para deixar o capilar, porque qualquer fluxo no sentido oposto fecha a válvula. Dessa maneira, os linfáticos têm válvulas nas próprias pontas dos capilares linfáticos terminais, assim como têm válvulas ao longo de seus vasos maiores até o ponto em que eles deságuam na circulação sanguínea.

Formação da Linfa

A linfa deriva do líquido intersticial que flui para os linfáticos. Dessa forma, logo que entra nos linfáticos terminais, a linfa tem quase a mesma composição do líquido intersticial.

A concentração de proteína no líquido intersticial da maioria dos tecidos é em média de cerca de 2g/dl, e a concentração de proteínas na linfa que flui a partir desses tecidos é próxima desse valor. Inversamente, a linfa que é formada no fígado tem concentração de proteína que pode atingir até 6g/dl, a linfa formada nos intestinos tem concentração de proteína de até 3 a 4 g/dl. Como cerca de dois terços de toda a linfa normalmente derivam do fígado e dos intestinos, a linfa do canal torácico, que é a mistura das linfas de todas as áreas do corpo, geralmente tem concentração de proteína de 3 a 5 g/dl.

O sistema linfático é também uma das principais vias para a absorção de nutrientes do trato gastrintestinal, sendo responsável principalmente pela absorção de gorduras. De fato, após refeição gordurosa, às vezes a linfa do canal torácico contém até 1 a 2% de gordura.

Finalmente, mesmo as grandes partículas, tais como as bactérias, podem forçar sua passagem entre as células endoteliais dos capilares linfáticos e dessa forma entrar na linfa. Como a linfa passa através dos linfonodos, essas partículas são removidas e destruídas.

Intensidade de Fluxo da Linda

Cerca de 100 mililitros de linfa fluem por hora pelo canal torácico no humano em repouso, e aproximadamente outros 20 mililitros fluem para a circulação a cada hora através de outros canais, perfazendo o total de intensidade de fluxo de linfa estimado em cerca de 120 ml/h, isto é, entre 2 a 3 litros por dia.

A Bomba Linfática Aumenta o Fluxo da Linfa

Existem válvulas em todos os canais linfáticos, dentro dos quais deságuam os capilares linfáticos.

Imagens cinematográficas de vasos linfáticos expostos, tanto de animais quanto de humanos, mostram que, quando um linfático coletor, ou vaso linfático grande, torna – se esticado pelo líquido, o músculo liso da parede do vaso se contrai automaticamente. Além disso, cada segmento do vaso linfático entre válvulas sucessivas funciona como uma bomba automática distinta. Isto é, o enchimento de um segmento faz com que ele se contraia, e o líquido é bombeado na direção da próxima válvula, no interior do próximo segmento linfático. Este enche o segmento subsequente, e alguns segundos mais tarde ele também se contrai, e o processo continua por toda a extensão do vaso linfático, até que o líquido seja finalmente desaguado. Em vaso linfático muito grande, tal como o canal torácico, essa bomba linfática pode gerar pressões que chegam a atingir de 50 a 100 mm Hg.

O Bombeamento Causado pela Compressão Externa Intermitente dos Linfáticos

Além do bombeamento causado pela concentração intrínseca intermitente das paredes do vaso linfático, qualquer fator externo que comprima intermitentemente o vaso linfático também pode causar bombeamento. Em ordem de

...

Baixar como (para membros premium)  txt (11.5 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com