Sistemas Produtivos e Desenvolvimento Profissional: Desafios e Perspectivas
Por: Giovana_gmc • 31/5/2017 • Artigo • 1.127 Palavras (5 Páginas) • 342 Visualizações
Sistemas Produtivos e Desenvolvimento Profissional: Desafios e Perspectivas
Logística de Comércio Exterior brasileira: Uma análise do Índice de Desempenho Logístico brasileiro no cenário mundial
Resumo
Com a competitividade cada vez maior no comércio mundial, a logística vem ganhando cada vez mais importância e deixando de ser um mero diferencial competitivo tornando-se ponto crucial a ser estudado e otimizado para sobreviver neste mercado. Neste artigo, iremos analisar o desempenho da logística de comércio exterior brasileira e comentar alguns de seus principais gargalos no sistema aduaneiro.
1. Introdução
Este cenário onde um único produto pode enfrentar diversos concorrentes e similares mais baratos em diversos pontos do mundofaz com que as empresas busquem diferencialcompetitivo identificando em seus processos as atividades que mais agregam valorem sua cadeia e eliminando tudo que onera ou atrasa o processo.Assim, énecessário, o estudo de meios que possibilitem redução de custos ou melhoresprazos por meio da eficiência logística nas liberações de suas cargas.
No que tange o processo produtivo, as empresas passam a se questionar se oproblema está mesmo no gerenciamento de sua cadeia de suprimentos ou se talveznão esteja nos fatores externosque se apresentam como as barreiras do comércio exterior e os gargalos logísticos brasileiros, dois fatores críticos para o desempenho logístico nacional.
O Brasil ainda ganha maisum destaque neste cenário, com seus famosos gargalos logísticos: a péssima matriz de transporte brasileira na qualprevalece o transporte rodoviário; os muitos problemas de infraestrutura logística;o excesso de burocracia; a alta carga tributária, entre outros gargalos que“estrangulam” quaisquer tipos de planejamento logístico.
Para realizar uma boaadministração é necessário conhecer os pontos que precisam ser melhorados epara saber o que precisa ser feito é preciso de três passos: 1) conhecer os fatoresque mais influenciam no desempenho logístico; 2) mensurar o desempenhobrasileiro, pois como já dizia Drucker (1998): “Não se administra o que não semede”, e; 3) realizar um benchmarking comparando o desempenho nacional com ointernacional para que se possa adotar as melhores práticas mundiais.
Para atingir esses objetivos este artigo se baseou no LPI (em português:Índice de Desempenho Logístico), que analisa diferentes aspectos queinfluenciam no desempenho logístico dos países. Conforme Jeffrey Lewis, “o LPI é uma ferramenta concretapara sensibilizar e estimular melhorias. Isso nos permite avaliar restrições por meiode um amplo conjunto de países".
2. Referencial Teórico
Para definir o Índice de desempenho logístico, cada indicador é avaliado e aele é atribuída uma nota que varia dentro de uma escala de 1 a 5. Neste quesito a Alemanha tem sido o país com melhor desempenho com umapontuação de 4,12 no LPI, e a Somália com o pior com 1,77. A Alemanha tambémfoi o país que manteve o melhor desempenho desde 2007 até 2014 e o Brasil noúltimo relatório obteve 2,94 pontos, colocando-o em sua pior posição desde 2007 em desempenho logístico.
De 2007 para 2014 a competitividadeinternacional aumentou, porém, o Brasil não acompanhou o ritmo externo e nãoconseguiu manter nem melhorar sua posição.
De um modo geral o LPI aponta que, apesar de uma lenta evolução notada desde 2007, a disparidade entre os países que fazem melhor e pior logística ainda é muito grande, pois mesmo com o reconhecimento quase unânime de que a baixaeficiência da cadeia de suprimentos é a principal barreira à integração comercial nomundo atual, essa lacuna persiste devido à complexidade da logística de reformase de investimentos nos países em desenvolvimento.
As duas categorias mais comuns de barreiras comerciais são: As barreiras tarifárias: que tratam de tarifas de importações, taxas diversas e valoração aduaneira, e; as barreiras não-tarifárias: que tratam de restrições quantitativas(cotas), licenciamento de importação,procedimentos alfandegários.
A infraestrutura brasileira é um dos indicadores avaliados pelo LPI que muitoinfluencia nos custos logísticos e em muitos casos suas deficiências criam gargalosque podem aumentar ainda mais estes custos.
Interessante notar que muitas vezes o potencial do país (em recursosnaturais e até mesmo mão de obra) é desperdiçado e literalmente neutralizadopelos custos logísticos majorados devido à ineficiência da infraestrutura nacional.
Os constantes aumentos da carga tributária brasileira deixambem clara a dificuldade que o Brasil tem de estender o seu comércio exterior etambém de incentivar a produção nacional.Afirmando esta colocação, Lopez e Gama (2010, p. 400) acreditam quemuitas vezes o Brasil tem os melhores preços de fabricação devido a vantagensnaturais (insumos ou mão de obra), porém perde muitos mercados pois o preçofinal acaba ficando mais caro em função dos altos custos logísticos.
Um dos fatores que pode ser a causa da alta morosidade na liberação de cargas é que para atender às leis e às regulamentações de todas as entidades governamentais, a documentação exigida para transações comerciais internacionais é significativamente mais complexa.
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