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Small Caps é Um Bom Negócio?

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Por:   •  8/9/2014  •  Tese  •  1.078 Palavras (5 Páginas)  •  237 Visualizações

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Small caps é um bom negócio?

Saiba como identificar o patinho feio que pode virar cisne

Quem é que nunca leu e se empolgou com a história da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), antiga small caps que virou blue chips em pouco mais de seis anos, período em que as ações da empresa tiveram 5.000% de crescimento?

Parece até o conto do patinho feio que virou cisne. Se você tivesse aplicado R$300 uma única vez no pobre patinho feio, na era cisne, você teria R$15 mil na conta. São fatos como esse que aguçam o interesse dos investidores de encontrar uma nova CSN, ou melhor, uma small caps com potencial de blue chips. Segundo os autores do livro Avaliando empresas, investindo em ações, Carlos Debastiani e Felipe Russo, 85% das ações disponíveis para compra na Bovespa são small caps, ou seja, quase 330 companhias têm patrimônio inferior a R$2 bilhões.

O sucesso das pequenas empresas que se tornaram grandes corporações realmente impressiona, tanto que faz qualquer um pensar que pode ter lucros acima do imaginado e fascina investidores que buscam a chance de transformar ninharia em milhões de reais em pouquíssimo tempo de investimento.

Assim como os grandes ganhos penetram o imaginário popular, as grandes perdas são diluídas durante os anos e pouquíssimas pessoas se lembram delas. Na obra, Debastiani e Russo citam os cases de ações como a Bardella (BDLL4), empresa líder no fornecimento de equipamentos para os setores industriais, que em apenas dois anos teve alta de 400%, e da Americel (AMCE3), empresa de telefonia que, em 2009, valorizou-se mais de 1.000% em apenas um dia.

Mas, na obra, os autores também lembraram das perdas, como a história da Gradiente (IGBR3), que quase reduziu a pó o dinheiro investido por seus acionistas quando as ações tiveram queda superior a 80%. Vale a pena investir em small caps? Quais são as regras? Há um prêmio pela baixa liquidez? No mercado brasileiro, em um estudo realizado por Russo em 2006, chegou-se à conclusão de que a falta de liquidez dessas ações é pouco relevante, diferente do que ocorre em outros mercados. Fatores como fortes movimentos especulativos, as incertezas a longo prazo, o alto custo de capital e a forte influência do capital externo diminuem a importância do fator baixa liquidez (pouca movimentação).

Então, quais são os reais fundamentos por trás dessas variações tentadoras? Talvez a forma com que as empresas menores devem ser avaliadas, porque, assim como as grandes, são entidades que possuem faturamento, custos, resultados e expectativas futuras. Avaliar empresas menores merece uma atenção especial em pontos que você prestaria muito menos nas maiores, e são nesses pontos que você pode enxergar a boa oportunidade.

1 . Ao escolher um papel de baixa liquidez, deixe muito claras quais são as expectativas: se as chances de retornos são maiores do que em outros papéis, os riscos também são maiores.

Para facilitar a compreensão, os autores comparam duas empresas: uma pequena com faturamento anual de R$1 milhão e outra média com faturamento de R$10 milhões em 12 meses. A pequena empresa possui dois grandes clientes, e a média dez. Criando um cenário para ilustrar o exemplo, a pequena acaba de fechar um contrato com um novo grande cliente e ele eleva o faturamento anual em R$1 milhão. Para ela, esse faturamento é tão significativo que irá dobrar seu lucro, ou seja, resultado acima das expectativas da empresa.

Na segunda empresa, a média, o mesmo negócio de R$1 milhão ao ano elevaria o faturamento em 10%. Continuaria sendo um grande negócio, mas aumentaria o valor das ações em uma margem muito menor que no primeiro exemplo. Se optarmos também por visualizar o risco, no primeiro exemplo (da pequena empresa), se esta perder um de seus dois grandes clientes, isso significa dizer que ela perderá 50% de seu faturamento, o futuro da empresa ficará comprometido e a brutal queda em suas ações é certa. Para a média empresa, a perda de um dos grandes clientes é de 10% de seu faturamento, mas isso dificilmente colocará em risco o futuro da empresa.

Acompanhar o cenário macroeconômico é fundamental para investir em qualquer empresa, pois a simples mudança na taxa de juros afeta muito mais as empresas menores, que terão encarecidas as linhas

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