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Sobremesa Francesa

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Por:   •  5/3/2014  •  871 Palavras (4 Páginas)  •  224 Visualizações

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A sobremesa francesa nos últimos sessenta anos.

Autora: Giana Coró

Os clássicos profiteroles, mousses e crêpes, assim como os não tão convencionais, mas tão apreciados crèmes brulées, petits gâteaux e macarons são algumas das tantas sobremesas consumidas no Brasil, que teriam origem na França ou que ao menos se tornaram mundialmente conhecidas após terem sido sucesso neste País. Não apenas a gastronomia, mas a sobremesa francesa é conhecida, admirada e reproduzida mundialmente. Em um País onde a alimentação não apenas faz parte da cultura, mas é o maior representante dela, a sobremesa tem um papel tão importante quanto o do prato principal nas duas grandes refeições e nos hábitos alimentares da população francesa. No entanto, a tradicional França do “bien manger” (comer bem), das refeições completas e compostas por no mínimo entrada, prato principal e sobremesa (quando esta última não é precedida por uma porção de queijo), passou por um período de grandes evoluções nos últimos sessenta anos.

A partir da década de sessenta, a industrialização revoluciona a sociedade francesa: das práticas domésticas à diversidade de produtos alimentares disponíveis ao consumo. Desde então as casas estão cada vez mais equipadas e a presença constante da mulher no lar se justifica a cada dia menos. Com a entrada das mulheres no mercado de trabalho e a chegada da grande distribuição, o francês passa a dedicar menos tempo a cozinhar e a comer, e isto fomenta ainda mais a indústria agro - alimentar. Aos poucos o fast food passa a fazer parte desta nova sociedade francesa, da mesma forma que os produtos prontos para o consumo conquistam o mercado alimentar. Passamos do artesanal ao industrial; do “feito em casa” ao “feito rapidamente”. As mulheres se tornam cada vez mais ativas na sociedade e também grandes consumidoras. Passamos pela ditadura da “magreza”, pelo mercado da saúde e chegamos à venda do prazer; à reconciliação do gosto com o saudável e da satisfação com o bem-estar. Durante este período e processo, um dos maiores setores alimentícios franceses inovou constantemente e cresceu de forma surpreendente: o grande mercado nacional do leite. Entre iogurtes, cremes e tantas outras sobremesas lácteas, uma enorme gama de produtos derivados do leite chega aos supermercados e à mesa da população francesa.

Esta foi a França e o cenário no qual viveu este personagem de tamanha importância nos hábitos deste País: a sobremesa. Partindo do princípio de que as práticas e os hábitos das populações influenciam enormemente na sua alimentação, e de que as mulheres têm um papel primordial na preparação deste prato, o consumo da sobremesa sofreu então grandes transformações durante o período analisado. Inúmeras fontes revelam que este é um prato extremamente flexível, entretanto imprescindível nas refeições e na vida dos franceses. Das grandes criações do grande gastrônomo Antonin Carême (1800) à atual pâtisserie (confeitaria) francesa que toca a perfeição, a sobremesa atravessou épocas, evoluiu, se transformou, mas se perpetuou como puro sinônimo de satisfação. Cruzando a história das práticas, os diversos modos de fabricação e os diferentes tipos de sobremesa, chegamos à definição do papel da mesma na alimentação do francês dos anos cinqüenta e do francês

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