Sociologia E Teoria Crítica Do Currículo: Uma Introdução", De Antonio Flávio Barbosa Moreira E Tomaz Tadeu Da Silva
Artigo: Sociologia E Teoria Crítica Do Currículo: Uma Introdução", De Antonio Flávio Barbosa Moreira E Tomaz Tadeu Da Silva. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: wesleymoreira • 17/12/2014 • 1.039 Palavras (5 Páginas) • 973 Visualizações
FICHAMENTO DO CAPÍTULO: "Sociologia e teoria crítica do currículo: uma introdução", de Antonio Flávio Barbosa Moreira e Tomaz Tadeu da Silva
Tipo: Livro
Assunto / tema: Currículo / Teoria Crítica de Currículo
Referência bibliográfica: MOREIRA, A. F. & SILVA, T. T. Currículo, cultura e Sociedade (orgs.). 5a. Ed. São Paulo: Cortez, 2001.
Resumo / conteúdo de interesse:
O currículo passou a preocupar menos com o “como” o conhecimento deve ser organizado e passou refletir sobre “por quê” tal conhecimento é organizado, assumindo uma visão crítica de que o currículo não é neutro e está imerso em relações de poder.
As primeiras ações de estudar o currículo de forma crítica surgiram nos Estados Unidos no século XIX, com a intenção de racionalizar, sistematizar e controlar a escola e o currículo.
O advento do capital industrial nos Estados Unidos ocasionou mudanças na sociedade que passou a ser pautada pela cooperação e especialização. A escola passou a assumir o papel de moldar os alunos (futuros a profissionais) a esta nova realidade e o currículo tornou-se o instrumento de controle da sociedade, para ordená-la, organizá-la e torná-la mais eficiente nesta nova realidade.
O texto aborda que além da intencionalidade do currículo citada acima, surgiu entre a década de 20 e início dos anos 70, duas novas tendências curriculares. A primeira, proposta por Dewey e Kilpatrick, que defendia um currículo voltado para valorização dos interesses dos alunos e no Brasil, ficou conhecida como escolanovismo. A segunda foi proposta por Bobbit e defendia a construção científica de um currículo voltado ao desenvolvimento dos aspectos desejáveis da personalidade humana e ficou conhecido no Brasil por tecnicismo.
Posteriormente, após a derrota dos estados Unidos na corrida espacial, as críticas as visões progressista da escola surgiram. Passou-se a exigir retomada da qualidade da escola a partir de uma reforma curricular pautada nos estudos de conteúdos estruturados em diferentes disciplinas. Esta ênfase na estrutura organizacional estava associada a Jerome Bruner. Nos anos 60, os estados unidos passou por uma crise em diversos aspectos que gerou movimentos de crítica a escola inclusive questionando a utilidade de sua existência. Tais movimentos foram suprimidos com a vitória de Nixon, que retomou a ideia de busca de eficiência e produtividade através da escola e o retomada a não criticidade do currículo e da sociedade. Mas a criticidade ao currículo manteve-se viva graças a alguns autores, que apoiados em teorias europeias, mantinha sua denuncia a um currículo como reprodutor de desigualdades sociais.
A partir de 1973, os especialistas que participaram da conferencia da Universidade de Rochester, passaram a rejeitar a concepção bahavorista e empirista de currículo, criticando seu caráter instrumental, apolítico e ateórico. A partir de tal conferência, duas correntes surgiram: a primeira, fundamentada nas teorias criticas e no neomarxismo e representada por Apple e Giroux enquanto a segunda fundamentada na tradição humanista e hermenêutica, representada por Pinar. Tais tendências apresentavam suas divergências.
Em razão destas tendências, os focos e as preocupações sobre o currículo mudaram. Os neomarxistas, precursores da Sociologia do currículo, passaram a introduzir a analise das relações entre currículo e sociedade, cultura, poder, ideologia e controle social, o questionamento sobre “a favor de quem” o currículo trabalha.
Na Inglaterra, emergiu a Nova Sociologia da Educação (NSE) baseada no estudo do currículo escolar, evidenciando as discussões sobre a desigualdade na educação e propondo estudos sobre a política educacional.
Na teoria crítica, alguns temas centrais são abordados, como a relação entre currículo e ideologia, currículo e cultura, currículo e poder. Em relação à ideologia, o autor cita os estudos de Althusser, que concebe a educação como o principal dispositivo de transmissão de ideias de dominação e de reprodução das estruturas de classes existentes. Quanto à cultura, a teoria crítica entende que a cultura é um campo de luta de manutenção ou separação das divisões sociais sendo o currículo o terreno em que a cultura é produzida. Já sobre
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