Sustentabilidade E Qualidade

Introdução

Com a industrialização que se iniciou na revolução industrial no século XVIII, na Inglaterra, e depois no século XIX para o mundo, agora está em um nível de super industrialização, iniciou-se um processo de alto gasto nos recursos naturais (matérias-primas) responsáveis para o funcionamento e manutenção deste novo “sistema”, que passou a produzir muito mais produtos e materiais em um espaço de tempo muito menor, adquirindo cada vez mais retorno econômico, em âmbito global, esses recursos naturais passaram a ser cada vez mais demandados, em quantidades cada vez maiores, sem o mínimo de preocupação com o meio-ambiente e as pessoas envolvidas neste processo.

Agora, bastante tempo depois do início desta nova fase da humanidade, após consolidada, a imagem das grandes corporações, grandes grupos empresarias, o capitalismo como sistema vigente na nossa realidade, o consumo em massa e globalizado, tendo para muitos, o termo cidadão, mudado para consumidor e o consumidor é a base da pirâmide que rege o capitalismo.

Recursos que pareciam ser inexauríveis, começaram a se mostrar de certa forma, limitados.

Atualmente, as pessoas tem se aprofundado no fato de que nossos recursos têm limites, e que necessitamos estar a cada dia, nos conscientizando e utilizando estes recursos de maneira responsável. E como consumidores as pessoas estão cada vez mais exigindo das industrias e organizações, produtos e processos que estejam cada vez mais inseridos neste pensamento. Portanto, ouve-se falar cada vez mais na expressão sustentabilidade, mas o que é sustentabilidade?

Muito se fala, mas poucos entendem seu conceito, antes este termo era dado a uma empresa se ela estivesse economicamente saudável, ou seja, tivesse um bom patrimônio e um lucro sempre crescente. Hoje esse contexto mudou, e ela tem um significado bem amplo, a sustentabilidade está ligada, a aspectos, econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade. Abrange aspectos em âmbitos diferentes, mas que estão, estritamente ligados. Ela também tem a ver com: Crescimento econômico, distribuição de renda, geração de valor e combate à miséria, empreendedorismo, eficiência, inovação, gestão, lucro, responsabilidade social e ambiental. Dentro destes aspectos, os consumidores e as indústrias, buscam cada vez mais projetos, Ecologicamente corretos, Socialmente justo, Culturalmente diverso e economicamente viável. Dentro deste assunto, não podemos falar de sustentabilidade, se não falarmos de seus três pilares fundamentais, que são conhecidos como “Triple Bottom Line” ou Tripé da Sustentabilidade, que são: as Pessoas, o Planeta e o Lucro.

O Tripé da Sustentabilidade

Pessoa: Refere-se à parte humana do sistema, seja de uma empresa ou sociedade. É preciso pensar nestas pessoas fora de cenários de fome e miséria, vivendo com dignidade. Além de salários adequados e estar em dia com a legislação trabalhista, também providenciando um ambiente de trabalho agradável, pensando na saúde do trabalhador e da sua família.

Planeta: Refere-se aos recursos naturais de uma empresa ou sociedade, que na verdade são de todos nós. Neste, como nos outros aspectos é importante pensar a pequeno, médio e longo prazo, pois toda atividade econômica necessitando de recursos naturais ou não tem algum impacto, é importante elevar o fato de que os recursos desta parte do sistema são limitados, e que precisamos de medidas que podem mitigar ou pelo menos compensar os impactos causados por essas atividades.

Lucro: Trata-se propriamente dito, do lucro. Ele é o resultado econômico positivo das operações de uma empresa. Esta parte do sistema, é quase que unânime como principal objetivo das industrias, mas têm de estar em constante equilíbrio com as outras duas, tanto quanto as outras tem de estar em equilíbrio com esta.

Para que esses três pilares funcionem, é preciso que eles estejam, em constante equilíbrio, um depende do outro. Levando em conta a ética dos negócios, não se pode ter um lucro significativo, se não se preocupa com a finidade dos recursos, o ambiente e as pessoas envolvidas neste processo, ao mesmo tempo que quando se preocupa muito, com o ambiente e as pessoas, mas não obtêm lucro, certamente suas atividades vão durar por pouco tempo, assim deixando de continuar a implantar seus projetos e deixando de interferir na qualidade de vida das pessoas.

Por isso é preciso que esses pilares se mantenham estáticos, e dentro desta premissa, é difícil inserir a sustentabilidade dentro de um sistema de gestão, pois a maioria encontra dificuldades em alinhar estes fatores (Pessoas, Planeta e Lucro) dentro dos variados setores e operações da empresa, além de que alguns gestores se atrelam ao fato de a sustentabilidade ser um fator de alto custo em sua implementação, muitos gestores não possuem total discernimento quanto ao significado de sustentabilidade e sua aplicabilidade e funcionamento dentro de sua empresa. Por outro lado, muitas empresas tem implantado este “sistema” como forma de diminuir seus desperdícios, até mesmo seus gastos, ao contrário do que muitos pensam, consequentemente melhorando a sua imagem, agregando valor à sua marca e seus produtos. Levando aos investidores a optar cada vez mais por empresas com estas habilidades, pois as empresas que conseguem implantar um sistema de qualidade e sustentabilidade com sucesso em seus projetos, conseguem selos e certificações, que as tornam muito mais competitivas, muito mais inovadoras e a facilidade de se conseguir financiamentos com instituições financeiras para o seu desenvolvimento, são muito maiores. Dando a estas organizações uma habilidade de desenvolvimento e crescimento muito maior. Por este motivo, muitas empresas estão investindo na implantação da sustentabilidade em suas operações, algumas perdem credibilidade por implantar a sustentabilidade apenas como marketing de sua imagem e seu produto, ao se verificar mais de perto, seus processos, sua gestão de resíduos e sua relação com seus colaboradores, percebe-se que a sustentabilidade está só no slogan, ou seja, pensou-se apenas no lucro obtido com o impacto deste conceito no consumidor, e deixou de lado os outros dois pilares (Pessoas e Planeta). Conseguem se conformar com as exigências atuais e futuras, aquelas que edificam com equilíbrio os três pilares: Pessoas, Planeta e Lucro.

MEG: Modelo de Excelência de Gestão

O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) é baseado em 13 fundamentos e oito critérios. Como fundamentos podemos definir os pilares, a base teórica de uma boa gestão. Esses fundamentos são colocados em prática por meio dos oito