Síndromes CORAÇÃO SIBERIANO

SÍNDROMES

1. SÍNDROME CEREBELAR

1.1. DEFINIÇÃO

A síndrome cerebelar é um distúrbio que atinge o cerebelo, região do cérebro responsável pelo equilíbrio, pelo controle da força muscular (tônus) e pelos movimentos do corpo que dependem da nossa vontade. Esta pode afetar a fala, a deglutição, os movimentos dos olhos, das mãos, dos dedos, dos braços e das pernas. Esses sintomas também podem estar presentes em outras situações nas quais o cerebelo é afetado, como traumatismos cranianos, infecções, esclerose múltipla, paralisia cerebral e tumores.

As síndromes hereditárias, às vezes também chamadas de espinocerebelares, são aquelas que têm origem genética, e podem ser transmitidas na família através dos gens, como no caso da doença de Machado-Joseph. Geralmente têm desenvolvimento lento e gradual, piorando seus sintomas com o passar do tempo.

1.2. TÔNUS

O tônus parece "flutuar" o tempo todo.

No nosso corpo, ocorre uma adequação do tônus para o movimento desejado, ou para a posição que preciso assumir. Quando ocorre a lesão cerebelar, essa mudança de tônus se torna inadequada. Não há estabilização do tronco o suficiente para coordenar os membros, para a realização dos movimentos.

Nem sempre a alteração vai ser relacionada a distancia do objeto, ou ao cálculo de movimento, e sim ao calculo de tônus necessário para realizar o movimento. Isso apenas diminui quando o paciente aumenta a concentração.

1.3. MOTRICIDADE

Em geral, a motricidade é bem afetada, manter-se quieto por um período de tempo, ainda que curto, pode tornar-se muito difícil. O indivíduo vai continuar a mover o resto do corpo abaixo do tronco e vai fazê-lo involuntariamente. Balançar os braços, quando tenta agarrar alguma coisa, é outro tipo de problema de coordenação muscular de ocorrência comum em pacientes. O ser "desastrado" é outro dos sintomas comuns a este tipo de problema. A pessoa que padece desta doença vai demonstrar alguma letargia nos movimentos, vai ser mais suscetível a quedas, e derrubará coisas com muita frequência.

1.4. SINAIS DA SÍNDROME

 Movimento ocular involuntário (Nistagmo).

 Disparidades em engolir e em falar.

 Marcha atáxica cerebelar.

 Dismetria (interpretação errônea da distancia).

 Tremor cinético.

 Disadiadococinesia.

 Reflexo pendular.

 Teste Romberg positivo.

1.5. SENSIBILIDADE

Nesta síndrome, a sensibilidade não é afetada de forma alguma.

2. SÍNDROME PERIFÉRICA

2.1. DEFINIÇÃO

Os nervos periféricos carregam as informações do cérebro para o corpo e do corpo para o cérebro. Eles também carregam sinais da medula espinhal para o resto do corpo. Na neuropatia periférica, esses nervos não funcionam corretamente.

A neuropatia periférica pode causar danos a um único nervo. Ela pode ainda danificar um grupo de nervos. Também pode afetar nervos no corpo inteiro. Os danos nervosos são muito comuns. As causas mais comuns, são;

 Nutricional.

 Endócrino (hormônios).

 Urêmica.

 Reumatológico.

 Oncológico.

 Porfiria (distúrbio que afeta parte da hemoglobina sanguínea).

 Amiloidose (doença rara na qual células da medula óssea produzem amilóide, uma substância protéica anormal).

 Traumas.

 Infecciosa.

 Álcool.

 Síndrome de Guillian-Barré.

2.2. TÔNUS

O paciente com essa síndrome, pode apresentar as seguintes alterações do tônus;

 Fraqueza.

 Atrofia Muscular.

 Hiporreflexia.

 Miofasciculações.

2.3. MOTRICIDADE

Os danos causados aos nervos podem dificultar o controle dos músculos. Também podem causar fraqueza. Você poderá notar problemas ao mover uma parte do seu corpo. Você poderá cair por ter enroscado as pernas. Você poderá tropeçar nos dedos dos pés.

Realizar tarefas como abotoar uma camisa pode se tornar mais difícil. É possível que você note contrações ou cãibras em seus músculos. Os músculos podem diminuir.

2.4. SINAIS

 Dor e dormência.

 Problemas musculares.

 Problemas com outros órgãos do corpo (estômago, coração, etc).

 Problemas sexuais.

 Problemas na bexiga.

 Sudorese.

2.5. SENSIBILIDADE

Os problemas relacionados aos nervos periféricos ou neuropatias em geral, levam os pacientes a reclamarem de desconforto nos pés ou nas mãos, que pode ser sentidos na forma de falta de sensibilidade (hipoestesia) ou alteração na percepção da sensibilidade, como formigamentos (parestesias), estímulos não dolorosos que passam a doer (alodínea) e dor desproporcional ao estímulo realizado (hiperestesia), entre outros.