Síntese orgânica
Tese: Síntese orgânica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: barbaramiis • 24/6/2014 • Tese • 3.092 Palavras (13 Páginas) • 295 Visualizações
SciELO - Scientific Electronic Library Online
vol.23 issue1Extraction and pre-concentration of volatile organic compounds by membrane permeation for chromatography analysisClean organic synthesis author indexsubject indexarticles search Home Pagealphabetic serial listing
Services on Demand
Article
pdf in Portuguese
ReadCube
Article in xml format
Article references
How to cite this article
Curriculum ScienTI
Automatic translation
Send this article by e-mail
Indicators
Have no cited articlesCited by SciELO
Access statistics
Related links
Share
Share on deliciousShare on googleShare on twitterShare on diggShare on citeulikeMore Sharing ServicesMore
More Sharing ServicesMore
Permalink
Química Nova
Print version ISSN 0100-4042
Quím. Nova vol.23 n.1 São Paulo Jan./Feb. 2000
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422000000100017
DIVULGAÇÃO
Reação de Baylis-Hillman: uma estratégia para a preparação de intermediários multifuncionalizados para síntese orgânica
Fernando Coelho
Instituto de Química - Depto. de Química Orgânica - UNICAMP - Cidade Universitária Zeferino Vaz - 13 083 - 970 - Campinas - SP
Wanda P. Almeida
Instituto de Ciências da Saúde - Depto. de Farmácia e Bioquímica - Universidade Paulista - Campinas - SP
coelho@iqm.unicamp.br
almeida@iqm.unicamp.br
Recebido em 17/11/98; aceito em 23/3/99
The Baylis-Hillman reaction: a strategy for the preparation of multifunctionalised intermediates for organic synthesis. The Baylis-Hillman reaction has significantly advanced in the last ten years as demonstrated by a number of applications described in the literature. In this report we show some aspects of this reaction, including scope, limitations and perspectives.
Keywords: Baylis-Hillman; Morita-Baylis-Hillman; acrylate.
INTRODUÇÃO
Definição
A reação de Baylis-Hillman pode, em alguns aspectos, ser equiparável a algumas metodologias para a obtenção de substâncias b-hidroxicarboniladas. Numerosas publicações têm aparecido recentemente na literatura, mas ela é pouco conhecida da comunidade, e com este artigo esperamos torná-la mais popular, auxiliando na compreensão de numerosas publicações recentes. A reação, conhecida desde 19721, pode ser definida como uma reação que resulta na formação de uma ligação carbono-carbono entre carbonos eletrofílicos sp2 (geralmente um aldeído) e a posição a de uma olefina contendo um grupo retirador de elétrons, EWG, (Esquema 1), ativada por um catalisador.
O catalisador mais empregado é o 1,4-diazabiciclo [2.2.2.] octano (DABCO).
Esta reação, nas versões inter e intramolecular, vem recebendo considerável atenção por parte dos químicos orgânicos2, basicamente por apresentar características fundamentais para a eficiência de um método sintético: é regio, quimio e estereosseletiva; é econômica, requer condições brandas e providencia moléculas polifuncionalizadas que, através de sucessivas interconversões de grupos funcionais, podem permitir o acesso a importantes intermediários sintéticos. A potencialidade desta reação é muito grande, particularmente no que se refere ao controle estereoquímico. Deve-se observar que a formação do aduto leva à criação de pelo menos um centro estereogênico. Embora esta transformação seja mais conhecida como reação de Baylis-Hillman, deve-se grande parte do crédito a Morita2b, que investigou o uso de fosfinas como catalisadores, ao invés de DABCO. Assim, ela é também conhecida como reação de Morita-Baylis-Hillman.
Mecanismo de Reação3,4
O Esquema 2 representa o mecanismo mais aceito. Em uma primeira etapa, considerada a etapa lenta4b, ocorre uma adição de Michael do catalisador (amina terciária I ou fosfina) ao sistema a,b-insaturado II, gerando o zwitterion III. A condensação aldólica entre III e o aldeído IV leva ao alcóxido V, que sofre uma transferência de próton, fornecendo o enolato VI. Neste estágio, a decomposição deste intermediário dá o produto b-hidroxi-a-metileno carbonilado VII, regenerando o catalisador I. Este Esquema mecanístico é apenas uma simplificação e os estudos têm demonstrado que a natureza do aldeído e do nucleófilo irá determinar a reversibilidade ou não das etapas do ciclo catalítico.
REATIVIDADE E LIMITAÇÕES
Nesta reação os eletrófilos podem ser aldiminas5 ou aldeídos, aromáticos ou alifáticos. Cetonas e cetoésteres também são usados, mas exigem condições especiais, como por exemplo, pressurização. Os aldeídos alifáticos reagem mais rapidamente que os aromáticos, e estes são melhores que as aldiminas, cetonas e cetoésteres. Em relação aos nucleófilos, os acrilatos (EWG = CO2R) são empregados com mais frequência. Os acrilatos arílicos são os melhores nucleófilos, segundo Caubère e cols. 4a, mas podem causar irritação, ânsia de vômito e dores
...