TCC DE LIBRAS

INTRODUÇÃO

Este estudo tem como objetivo apresentar a origem histórica da cultura e educação de surdos. Será abordada a história da surdez no mundo, as batalhas para obtenção de identidade cultural na sociedade pelos surdos, buscando acompanhar a educação destes, sua inclusão e aceitação no meio social e educacional humano. Todas as dificuldades pelo que o surdo teve que passar para poder ter sua identidade cultural aceita com respeito e autoridade, uma língua legalizada com alfabeto próprio e sua vida social desenvolvida e com autonomia, bem como as dificuldades que são apresentadas pelos profissionais que auxiliam alunos surdos nas escolas de Ensino Regular nas quais estes alunos estão inseridos, buscando socialização e muitas vezes esquecendo de sua própria cultura.

A deficiência auditiva traz muitas limitações para o desenvolvimento do indivíduo e durante muito tempo e ainda mesmo em nossos dias, ela tem sido confundida com a deficiência mental e seus portadores são chamados erroneamente de “mudos” ou “surdos-mudos”. Considerando que, audição é essencial para a aquisição da linguagem falada e sua deficiência influi no relacionamento social e cria lacunas nos processos psicológicos de integração de experiências, afetando o equilíbrio e a capacidade normal de desenvolvimento da pessoa.

A inclusão educacional é mais que a presença física é muito mais que a acessibilidade, é muito mais que matricular alunos com deficiência nas salas de aula regular, é bem mais que um movimento da educação especial, pois se impõe como educadores, alunos e familiares que necessitam de orientações constantes para minimizar o fato de exclusão.

É partindo desse princípio que entendemos que a escola regular seja o local preferencial para a promoção de aprendizagem a inclusão de alunos com deficiência, há uma parcela de crianças e adolescentes que em função de seus comprometimentos ou necessidades diferenciadas requerem atenção individualizada e adaptações curriculares significativas, os quais necessitam que seu atendimento seja realizado por classes ou escolas especiais.

As línguas de sinais são línguas espaços-visuais (ao invés do canal oral auditivo, utilizam a visão e o espaço) que se caracterizam por utilizarem as mãos, os olhos, expressões com o rosto e o corpo. A língua de sinais é considerada a língua natural dos surdos, pois a falta de audição fez com que eles criassem uma outra forma de conversar, expressar seus sentimentos e até mesmo seus pensamentos mais complexos. Segundo QUADROS (1997, p.195), as línguas de sinais são sistemas lingüísticos que passaram de geração em geração de pessoas surdas. No entanto, a linguagem dos sinais não podem ser confundida com a mímica (forma de expressão de gestos naturais que imitam a imagem do que se quer compreender), pois apresenta uma gramática complexa.

O estudo nasceu a partir da experiência pessoal obtida através de Técnico Administrativo na Escola onde pude observar neste sentido a necessidade de ver que nem todas as escolas estão preparadas do ponto de vista estrutural e pedagógico para incluir as crianças surdas no contexto escolar, à falta de formação inicial e continuada de professores, podendo comprometer o trabalho junto à criança surda.

O problema central de nossa pesquisa pode ser expresso por meio da seguinte questão: As escolas estão organizadas pedagogicamente para desenvolver um trabalho de qualidade com a criança?

Justificamos a intenção da pesquisa, foi mostrar que a criança com surdez deve ser valorizada no seu processo educacional, realizando planejamentos e avaliações periódicas, podendo suprir todas as necessidades gerais e individuais, tendo profissionais com formação adequada, envolvidos com estas crianças para o seu desenvolvimento.

O mais importante é compreender que a criança com surdez antes de qualquer coisa precisa ser amada, respeitada, como qualquer outra pessoa, pois ela é capaz de vencer suas dificuldades e de desenvolver, fazendo valer seus direitos de cidadania, toda criança deseja, merece e tem o direito a aprender, algumas possuem limitações, atrasos e lentidão, mas todos possuem a capacidade de se desenvolver e interagir com o meio através das relações.

Consequentemente, o objetivo geral do estudo é demonstrar a importância da inclusão das crianças surdas no contexto educacional. Como objetivo específico analisaremos seus professores são preparados para auxiliar estas crianças, além de identificar quais os problemas, físicos, motores e cognitivos que elas apresentam, verificar se as crianças surdas são estimuladas pelas famílias e pelos educadores. Como metodologia optamos pela pesquisa, que será bibliográfica e de campo, e será desenvolvido a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.

Os dados da pesquisa foram coletados primeiramente através de um estudo teórico-bibliográfico sobre a necessidade Educacional Especial. O estudo empírico da realidade realizou-se por meios de entrevistas, utilizando-se de questionários e observações a respeito da prática pedagógica aplicada pelos professores do Ensino Fundamental (5ª a 8ª). Após a coleta dos dados desenvolveu-se uma análise dos mesmos.

Para efeito didático o trabalho está dividido em quatro capítulos distintos e complementares:

O primeiro capítulo contém os aspectos históricos e categorização, conceituação e causas da surdez, referente á história da educação de surdos no Brasil.

O segundo capítulo compreende os aspectos diretamente relacionados ao Processo de Inclusão na Área Educacional, as Legislações e Políticas Públicas: Uma Análise Crítica e Inclusão no Contexto Escolar, apresentando as políticas e procedimentos vigentes na atualidade como a inclusão dos deficientes em salas regulares, tendo a prioridade ao atendimento especializado na finalidade de satisfazer as necessidades educacionais com o objetivo da aprendizagem e do desenvolvimento social.

O terceiro capítulo discorre sobre a estimulação, linguagem e audição, o papel da escola e da família no processo de escolarização, portanto a estimulação precoce é importante identificar as alterações, ou as diferenças no desenvolvimento de cada criança, nas escolas especiais, ela tem a possibilidade de conviver com pessoas com as mesmas questões; nas escolas comuns ela estará inserida junto ás crianças diferentes, é fundamental que ambos os casos, o envolvimento familiar.

O quarto capítulo agrega as questões teórico-metodológicas, como a tipologia do estudo, á contextualização do estudo e dos informantes e os encaminhamentos para a coleta