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TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR (texto Resumido)

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Por:   •  20/10/2014  •  1.209 Palavras (5 Páginas)  •  1.092 Visualizações

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TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR (texto resumido)

INTRODUÇÃO

A Pedagogia que, conforme Francisco da Silva Bueno é "o estudo dos ideais de educação, segundo determinada concepção de vida, e dos meios mais eficientes de realizá-los", tem evoluído muito desde que surgiram os primeiros pedagogos em 600 AC, na Grécia antiga.

Essa evolução, apesar de benéfica para a humanidade, apresenta, em muitos casos, contornos de cunho sócio-político-econômico que visam interesses de classes sócio-econômicas ou de poder. Isto tem feito com que a essência da educação seja fragmentada ao longo dos anos.

Nos últimos anos, diversos estudos têm sido dedicados à história da didática no Brasil, sua relação com as tendências pedagógicas e à investigação do seu campo de conhecimentos.

Hoje existem certas tendências pedagógicas na prática escolar que são cada uma delas defendidas por correntes de estudiosos do assunto, e que apresentam pressupostos teóricos e metodológicos diferentes.

Considerando que a escola atual tem funções que não são somente pedagógicas, cabe aos professores entenderem essas tendências, analisá-las e adotar aquilo que há de melhor em cada uma delas, de acordo com suas convicções, uma vez que nenhuma delas consegue captar toda a riqueza da prática concreta, bem como as diferenças intrínsecas de cada escola.

Os autores, em geral concordam em classificá-las em dois grupos: as de cunho liberal e as de cunho progressistas.

1. PEDAGOGIA LIBERAL

A tendência liberal aparece como uma justificação do sistema capitalista que estabeleceu uma sociedade de classes, sendo este tipo de pedagogia uma manifestação dessa sociedade.

Ela sustenta a idéia de que a escola tem por função preparar indivíduos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as aptidões individuais. Historicamente, a educação liberal iniciou-se com a pedagogia tradicional e evoluiu para a pedagogia renovada, ambas convivendo na prática escolar.

1.1 Tradicional

Nesta tendência a pedagogia liberal se caracteriza por acentuar o ensino humanístico, de cultura geral, no qual o aluno é educado para atingir, pelo próprio esforço, sua plena realização como pessoa.

A atividade de ensinar é centrada no professor que expõe e interpreta a matéria (regras impostas). O aluno é um recebedor da matéria. Os objetivos explícitos ou implícitos, referem-se à formação de um aluno ideal, desvinculado da sua realidade concreta. Nos procedimentos didáticos, a relação professor-aluno não tem nenhuma relação com o cotidiano do aluno e muito menos com as realidades sociais. A aprendizagem, assim continua receptiva, automática, não mobilizando a atividade mental do aluno e o desenvolvimento de suas capacidades intelectuais.

Tendência Renovada

A tendência renovada acentua o sentido da cultura como desenvolvimento das aptidões individuais. A educação é um processo interno, a escola propõe um ensino que valorize a auto-educação, a experiência direta sobre o meio pela atividade; um ensino centrado no aluno e no grupo. Essa tendência se divide em renova progressivista ou pragmática e renovada não-diretiva.

1.2 Renovada Progressivista

A finalidade da escola é adequar as necessidades individuais ao meio social. Dá-se valor aos processos mentais e habilidades cognitivas do que a conteúdos organizados racionalmente. Trata-se de aprender a aprender, ou seja, é mais importante o processo de aquisição do saber do que o saber propriamente dito.

Na maioria das escolas, acentua-se a importância do trabalho em grupo não apenas como técnica, mas como condição básica do desenvolvimento mental.

1.3 Renovada Não-Diretiva

Está mais preocupada com os problemas psicológicos do que com os pedagógicos ou sociais. É orientada para os objetivos de auto-realização e para as relações interpessoais, torna secundária a transmissão de conteúdos. O professor é um especialista em relações humanas, toda intervenção é ameaçadora, inibidora da aprendizagem.

1.4 Tecnicista

Desenvolveu-se no Brasil na década de 50, à sombra do progressivismo, ganhando nos anos 60 autonomia, quando se constituiu como tendência, inspirada na teoria behaviorista da aprendizagem e na abordagem sistêmica do ensino. Esta orientação acabou sendo imposta as escolas pelos organismos oficiais por ser compatível com a orientação econômica, política e ideológica desta época (regime militar vigente).

Subordina a educação à sociedade. Essencial não é o conteúdo da realidade, mas as técnicas de descoberta e aplicação. A escola atua, assim, no aperfeiçoamento da ordem social vigente. Seu interesse é produzir indivíduos competentes para o mercado de trabalho, transmitindo informações precisas, objetivas e rápidas.

2. PEDAGOGIA PROGRESSISTA

As tendências dentro desta pedagogia parte de uma análise crítica das realidades sociais, sustentando implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação, tornando-se dessa forma um instrumento de luta dos professores ao lado de outras práticas sociais.

2.1

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