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TEORIA GERAL ADMINISTRAÇÃO

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Por:   •  11/9/2013  •  1.506 Palavras (7 Páginas)  •  870 Visualizações

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O imaterial

Conhecimento, Valor e Capital (André Gorz)

Sobre o valor do conhecimento:

O saber em principio não aceita ser vendido como mercadoria e aproveitado como capital, os custos de sua produção muitas vezes não podem ser determinados, e seu valor mercantil não pode ser auferido de acordo com o tempo de trabalho necessário que foi gasto em sua criação. (GORZ, 2005, p. 11)

Ciência e Capital:

A ciência desde sempre esteve intimamente ligada ao capital. Ela preparou o caminho para ele, ao isolar o mundo sensível e conceber a realidade com um sistema de relação obediente à lógica pura do cálculo, e compreensível apenas em termos matemáticos. (GORZ, 2005, p. 12)

Inteligência artificial e a limitação biológica:

Os processos matemáticos do pensamento, esvaziados de sentido, eletronicamente conectados, forneceram à economia política os meios para moldar as relações sociais com base em abstrações numéricas do real. Esses processos conduziram a um mundo sistematizado inacessível aos sentidos, apartado do saber vivo da experiência. Nesse mundo o homem aparece como um ser sobrepujado, antiquado, desalojado. Para estar à altura do ambiente técnico, ele necessita de próteses químicas e eletrônicas. O projeto de uma inteligência artificial, de uma vida artificial, deve superar a limitação biológica da humanidade. [...] A natureza humana, deu à natureza humana a capacidade de abolir a si mesma em benefício de formas de vida e de inteligência pós-biológicas, ou mesmo de diluir-se em forma de dígitos como um espírito universal dissolvido no universo. (GORZ, 2005, p. 13)

Valorização do capital imateral: capital humano”, “capital-conhecimento” ou “capital-inteligência

Nós atravessamos um período em que coexistem muitos modos de produção. O capitalismo moderno, centrado na valorização de grandes massas de capital fixo material, é substituído mais e mais rapidamente por um capitalismo pós-moderno centrado na valorização do capital dito imaterial, qualificado também como “capital humano”, “capital-conhecimento” ou “capital-inteligência”. Essa mutação é acompanhada de novas metamorfoses do trabalho. O trabalho abstrato simples que, depois de Adam Smith, foi considerado como a fonte do valor, é substituído pelo trabalho complexo. O trabalho de produção material, mensurável em unidades de produto por unidade de tempo, é substituído pelo trabalho dito imaterial, ao qual os padrões de medida clássicos não são mais aplicáveis. (GORZ, 2003, p. 15)

O “capitalismo cognitivo”

A economia da abundancia tende por si só a uma economia da gratuidade; tende a formas de produção, de cooperação, de trocas e de consumo fundadas na reciprocidade e na partilha, assim como em novas moedas. O “capitalismo cognitivo” é a crise do capitalismo em seu sentimento mais estrito. (GORS, 2005, p. 37)

Capital do Conhecimento

O capital tudo fará “capitalizar o conhecimento”, para fazê-lo corresponder ás condições essências pelas quais o capital funciona e existe como tal, a saber: o conhecimento deve economizar mais trabalho do que originalmente custou, deve submeter ao seu controle a utilização que dele é feita: e, enfim, deve-se tornar a propriedade exclusiva da firma que o valoriza incorporando-o nas mercadorias que com ele se produzem. (GORZ, 2003, p. 31)

Crédito e Capitalismo:

À procura de possibilidades de investimentos que trouxessem lucros, o capital financeiro acabou ganhando uma autonomia cada vez mais forte em relação ao sistema econômico. Os bancos se superaram nos assim chamados países em desenvolvimento ao concederem créditos a governos em sua maioria corruptos. Eles facilitaram às famílias americanas a tomada de créditos – especificamente créditos para p consumo. (GORZ, 2005, p. 40)

Depois de ter estimulado as famílias a gastar seus rendimentos futuros, o capitalismo estabelecia então, nas bolsas, as cotações das expectativas de lucro com base no crescimento futuro. As bolsas pareciam uma fonte inesgotável de enriquecimento. Aproximadamente um terço famílias emprestava cada vez mais dinheiro de seus bancos para a compra de ações, confiando que, com uma parte dos dividendos, em pouco tempo obteria o retorno do investimento. (GORZ, 2005, p. 41)

Crédito. Umas das maiores estratégias do capitalismo:

A alta da bolsa se tornou uma máquina de criar moeda: enquanto 80% dos assalariados empobreceram, um terço das economias foi pego de surpresa por uma fúria de consumo movido a crédito: a alta de seu capital-ação lhe permite emprestar continuamente de seu banco, e transformar seu capital fictício em renda real, inteiramente desconectada de qualquer trabalho. Tudo se passava como se o Banco Central pusesse em circulação uma moeda de consumo reservada à terça parte privilegiada da sociedade, moeda essa destinada a preservar o sistema de uma crise de sub-consumo. (GORZ, 2005, p. 43)

Sobre o crédito:

Como a sociedade da mercadoria pode perdurar, se a produção de mercadorias utiliza cada vez menos trabalho e põe em circulação cada vez menos moedas? A resposta é evidente: ela não pode, a menos que achem pretextos para pôr em circulação, fundos que não derivam de alguma criação de valor e não dependem de nenhuma substância de valor, e com eles promover o pleno êxtase do consumo. É isso exatamente o que o banco central americano faz e fez. Ele distribui um dinheiro para o consumo que se escora em valores acionários especulativos, fictícios, ou seja, em nada, a fim de evitar o desmoronamento do sistema. Ninguém se atreveu a reconhecer esse dinheiro para o consumo como tal e a chamá-lo pelo nome. (GORZ, 2005, p. 43-44)

Capital Imaterial e produção de valor simbólico:

Na medida em que o valor simbólico do produto se torna a fonte principal de lucro, a criação de valor se desloca

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