TIPOS DE EMPREENDEDORISMO: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS
Tese: TIPOS DE EMPREENDEDORISMO: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: agda07 • 30/5/2013 • Tese • 1.509 Palavras (7 Páginas) • 513 Visualizações
TIPOS DE EMPREENDEDORISMO: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS*
Eliana pessoa, 27 de junho de 2005
* Esta síntese foi escrita por Manoel Messias Batista, aluno de Adminstração da Unb, sob orientação da Professora Eliana Pessoa, em março/2005.
Todo empreendedor precisa ser um bom administrador para poder tomar as decisões adequadas. Por outro lado, nem todo administrador possui as habilidades e os anseios dos empreendedores, por mais eficaz que seja o administrador em realizar o seu trabalho. O empreendedor vai além das tarefas normalmente relacionadas aos administradores, tem uma visão mais abrangente e não se contenta em apenas fazer o que deve ser feito.
O empreendedor corporativo (intra-empreendedor ou empreendedor interno), o empreendedor start-up (que cria novos negócios/empresas) e o empreendedor social (que cria empreendimentos com missão social), são pessoas que se destacam onde quer que trabalhem.
Sua forma de ser, aprender, portanto, podem ser compreendidas e adquiridas pelas pessoas. Não se trata de modismo ou de uma versão adaptada do empreendedorismo de negócios, mais de ampliar o empreendedorismo e aplicá-lo a outras áreas, sem perda conceitual.
As definições para o empreendedor são várias, mas essencialmente pode-se dizer que é uma pessoa que emprega os recursos disponíveis de forma criativa, assume riscos calculados, busca oportunidades e inova.
O empreendedorismo corporativo pode ser definido como sendo um processo de identificação, desenvolvimento, captura e implementação de novas oportunidades de negócios, dentro de uma empresa existente.
É o processo pelo qual um indivíduo ou um grupo de indivíduos, associados a uma organização existente, criam uma nova organização ou instigam a renovação e inovação dentro da organização existente. A renovação estratégica refere-se aos esforços empreendedores da organização que resultam em significativas mudanças no negócio ou na estrutura corporativa, bem como em sua estratégia. É a soma da inovação que a organização pratica e desenvolve; de sua renovação; e dos esforços para implementação de novos negócios.
Ao se analisar o empreendedorismo corporativo em termos conceituais, as etapas não diferem muito do empreendedorismo de negócios.
Na prática, as regras e condições ambientais são bem diferentes. Os fatores fundamentais no processo corporativo são: a oportunidade; os recursos que a organização dispõe e que serão alocados para a exploração da oportunidade identificada; e as pessoas, a equipe que colocará tudo isso em prática, ou seja, os empreendedores corporativos.
O processo empreendedor geralmente é determinado ou influenciado pelo ambiente, pelas oportunidades, e pelos indivíduos empreendedores na organização, o contexto em que a organização está inserida, os conceitos de negócio e valores praticados internamente, e os recursos disponíveis.
A intensidade empreendedora é determinada por três variáveis fundamentais: a inovação, a propensão para assumir riscos e a proatividade (iniciativa). A prática combinada dessas variáveis é que determinará o grau de empreendedorismo da organização.
Portanto, empreendedorismo corporativo não se limita à inovação, considera também as dimensões de risco e proatividade. A empresa empreendedora precisa possuir políticas de recompensas e aceitar certas falhas, incentivando as pessoas a buscarem algo diferente, novo, exercitando a criatividade e estando abertas a idéias inovadoras.
O processo de empreendedorismo social exige principalmente o redesenho de relações entre comunidade, governo e setor privado, com base no modelo de parcerias. O resultado final desejado é a promoção da qualidade de vida social, cultural, econômica e ambiental sob a ótica da sustentabilidade.
O processo de empreendedorismo social tem início com uma ‘idéia’, associada a um ou mais problemas sociais relevantes. A sua força e criatividade estão no ‘impacto social’ - na sua capacidade de gerar soluções eficientes e eficazes para os problemas identificados.
O impacto social desta idéia está diretamente relacionado à capacidade de gerar benefícios, diretos e indiretos, para o maior número possível de pessoas afetadas pelo problema social, e de provocar mudanças significativas na estrutura do sistema atual. A idéia também deve ser facilmente assimilada por todas as pessoas envolvidas, agentes de mudança, gestores e executores do projeto, parceiros e, sobretudo, pela população beneficiada.
No empreendedorismo de negócios são claros os desafios – a competitividade do negócio; a busca dos diferenciais competitivos; de vencer a concorrência; conquistar clientes; e alcançar a lucratividade e a produtividade necessárias à manutenção do empreendimento.
O empreendedorismo social tem na comunidade o seu principal eixo de atuação. O empreendedorismo social para ser bem-sucedido precisa das seguintes ações: preservação das culturas locais; introdução e prática de novas formas de inserção social; incentivo à adoção de comportamentos responsáveis e éticos; e autogeração de renda e emprego. O caminho é da cooperatividade em vez da competitividade, da eficiência sistêmica em vez de eficiência apenas individual, do ‘um por todos, todos por um’ em vez do ‘cada um por si e Deus só por mim’.
As principais características são: - cooperatividade; - a produção esta voltada para as necessidades do povo e da nação; - predomínio das ‘relações da solidariedade; - foco no desenvolvimento integral dos potenciais materiais e espirituais do ser humano e da humanidade; - promoção de parcerias com organizações sociais, em especial aquelas representativas dos setores sociais mais oprimidos e com governos locais; - atua na dimensão indivíduo – grupo – coletividade – comunidade – sociedade; e - os membros da sociedade são os principais agentes ou sujeitos do desenvolvimento.
O empreendedorismo social é um misto de ciência e arte, racionalidade e intuição, idéia e visão, sensibilidade social e pragmatismo responsável, utopia e realidade, força inovadora e praticidade. O empreendedor social subordina o econômico
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