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TRABALHO DE INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTO

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Por:   •  28/4/2014  •  2.013 Palavras (9 Páginas)  •  360 Visualizações

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1 – RERSUMO

Os protestos em São Paulo não são coordenados por partidos políticos, e muitos políticos não compreendem isto, existem lideranças, mas elas estão lá apenas organizando e não controlando o que brotou de uma insatisfação diante de tantos problemas. Inúmeros analistas afirmam não saber com quem dialogar frente a essa situação.

Analistas reprovam o fechamento de uma via, porém tal recurso é um instrumento político valido, é uma ferramenta para chegarmos a um objetivo, contudo, isto pode gerar uma imagem negativa junto à sociedade. Tal alternativa é uma atitude desesperada face ao desrespeito que os manifestantes sofrem.

O dialogo deveria ser o principal caminho legal a ser seguido, mas nem sempre é assim. Muitos diálogos se perdem no caminho legal, e vale lembrar que muitas leis foram criadas pela classe social mais abastada e seus representantes.

Desigualdades que são afirmadas e reafirmadas ao longo do tempo transformam exploração em tradição, o explorado acaba esquecendo a razão e aceita a exploração. Pensamentos como “Deus quis assim” ou “a vida é assim mesmo” não nos ajudam a evoluir.

Manifestações como passeatas, ocupações e resistência não devem ser entendidas como violência gratuita e sim como legitima defesa. Aqui, no Egito ou nos Estados unidos.

Só quem já andou de transporte publico sabe o que é pagar caro por algo ruim, e muito dos que reclamam das manifestações se calam perante massacres, chacinas e genocídios que ocorrem diariamente.

Muitos jovens já entendem o que significa ordem, hierarquia, tradição e não gostaram. Perceberam que o mundo e a política como estão, eles não querem. E sim, eles podem questionar.

O nosso sistema político faz o mínimo para manter a estrutura do estado e protegendo os interesses de alguns privilegiados, só gera iniquidade. E essa incapacidade do estado em dar uma resposta satisfatória à população, só fortalece e faz crescer ainda mais a luta pelo reconhecimento de seus direitos.

Protestos, ocupações e manifestações não são apenas reivindicações pontuais, que esperam apenas concessões de curto prazo. Elas esperam sim conseguir suas reivindicações, mas isso é um reflexo também, de um modelo de desenvolvimento político e social que explora o trabalho, concentrando a renda na mão das minorias e da de ombros para as coisas publicas.

“Não é por 20 centavos, e sim por dignidade.”

2 – ANALISE

O texto se trata de um texto opinativo, de gênero comentado, onde a ideia principal do autor é mostrar que todo tipo de reivindicação, seja ela qual for, é uma manifestação valida. Mostrando também, que tal manifestação não se trata de uma violência gratuita e sim de uma insatisfação dos manifestantes diante da letargia do governo em face de inúmeros problemas enfrentados pela sociedade. Pois a historia e nossa situação atual nos mostra o quanto somos e fomos explorados, num país se paga milhões em tributos e não recebemos o mínimo. E tem como ideia principal para o leitor, mostrar que a reivindicação é valida como no parágrafo acima, e espera que esta manifestação não só em São Paulo, mas em muitas outras cidades, nos tragam um pouco de esperança para rompermos esta estrutura política como ela está. Onde os que reclamam deste tipo de manifestação deveriam aplaudi-la, pois eles tiveram coragem de se rebelar, e como isso, quem sabe essa geração consiga fazer as coisas acontecerem como os que vieram antes não conseguiram.

3 – FONTE – “O poder público não consegue entender as manifestações de São Paulo”

Por Leonardo Sakamoto

Muitos representantes políticos não entendem como manifestações como os protestos contra o aumento das passagens em São Paulo não são conduzidos por partidos, sindicatos e associações, mas sim em um processo descentralizado. Há lideranças no movimento, mas elas estão lá para organizar, não necessariamente controlar o que brotou da insatisfação popular tanto à persistência de problemas existentes quanto aos tipos de soluções que vêm sendo dadas pelos próprios representantes políticos a esses problemas. Por conta disso, vi declarações de analistas que, beges e em pânico, afirmavam que não sabiam como dialogar com uma situação dessas.

Ótimo. Que fujam do comodismo estanque e reaprendam a se comunicar. Pois as demandas, agora, são outras.

Antes de mais nada, vale dizer que os políticos tradicionais têm dificuldade em assimilar como movimentos utilizam ferramentas como Twitter e Facebook. Acreditam que são apenas um espaço para marketing pessoal ou, no máximo, um canal para fluir informação ou atingir o eleitor. Há também os que crêem que redes sociais funcionam como entidades em si e não como plataformas de construção política onde vozes dissonantes ganham escala, pois não são mediadas pelos veículos tradicionais de comunicação. Ou seja, onde você encontra o que não é visto em outros lugares, por exemplo.

Essas tecnologias de comunicação não são ferramentas de descrição da realidade, mas sim de construção e reconstrução desta. Quando a pessoa está atuando através de uma dessas redes, não reporta simplesmente. Inventa, articula, muda. Vive. Isso está mudando aos poucos a forma de se fazer política e as formas de participação social. O poder concedido a representantes, tanto em partidos, como em sindicados, associações, entre outros espaços, tende a diminuir e a atuação direta das pessoas com os desígnios da sua polis, consequentemente, aumentar.

Voltando às manifestações em si. Muitos desses analistas bravejam contra o uso da força, representado pelo bloqueio de uma avenida, por exemplo. Mas o uso dessa força que incomoda é um instrumento político legítimo. É claro que devido à sua natureza, se utilizada, deve ser apenas em circunstâncias extremas. Pode contribuir para alcançar um objetivo, mas também gerar impactos negativos sobre a imagem de determinado grupo junto à sociedade. É, contudo, uma alternativa, muitas vezes desesperada, diante da incapacidade do poder público de agir diante do desespero alheio. Ou, pior, quando o Estado é ele próprio agente de desrespeito aos mais fundamentais direitos. Nesse caso, recorrer a quem? Às divindades da mitologia cristã?

O diálogo e as vias legais devem ser a primeira opção e, se possível, a única. Mas nem sempre o outro lado, hegemônico, está disposto a negociar – principalmente se isso significar perda de regalias (note-se que não falei de perda de direitos, mas sim de

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