TRAVALHO TECNICO EM ELETROTECNICA
Por: Marý Santos • 31/3/2017 • Trabalho acadêmico • 2.081 Palavras (9 Páginas) • 290 Visualizações
Programadores horários, com um pedaço de cabo fechei seus contatos NA manualmente, assim ele acionou os respectivos contatores e finalizamos os testes.
Para terminar, cortamos as tampas para canaletas, utilizando um arco de serra, esquadro para dar os ângulos corretos para um perfeito encaixe e uma lima para acertar as pontas. Colocamos também uma proteção de policarbonato nos barramos um material acrílico transparente a fim de proteger pessoas que eventualmente esbarre nos barramentos energizados, e assim mais um painel finalizado no dia 10/04/2003.
No dia 16/04/2003, como não havia painéis para montagem, fomos dar manutenção em um inversor de frequência, que ao chegar a sua tensão nominal 380v desarmava o disjuntor, e o problema poderia ser de um dos capacitores entrando em curto.
Desmontamos o inversor, retiramos os capacitores e ao medirmos os mesmo com o multímetro, tivemos a certeza que eles eram o problema. Desmontamos um outro inversos que estava fora de uso, e como havia tempo que estava parado, fomos jogando tensão aos poucos em seus capacitores, começando com 50v e aumentando gradativamente para 100V, 150V,200V,250V,300V e finalmente jogamos 380V e os capacitores reagiram bem ao aumento da tensão.
Para ter certeza do problema resolvido, ligamos um motor de 10cv (Dez Cavalos) no inversor e fomos aumentando sua frequência, e funcionou corretamente.
Nos dias seguintes, fui acompanhar algumas obras externas que estavam sendo feitas na Iveco Sete Lagoas, onde fiquei por uma semana ajudando os Eletricistas em alguns trabalhos, o que me possibilitou adquirir melhores conhecimentos na área.
Participei de um DDS (Dialogo Diário de Segurança), que é um debate sobre segurança, onde todos colocam suas opiniões sobre acontecimentos na obra que diz respeito à segurança no trabalho, discutindo alguns riscos e como fazer para amenizá-los.
Vi o desenvolvimento de montagens e instalações de eletrocalhas, leitos e luminárias, essa parte é um pouco demorada devido à altura e alguns locais de difícil acesso, além de ser necessário uso de plataformas articuladas e em alguns casos manobra-la demora um pouco atrasando os trabalhos.
Acompanhado de um eletricista habilitado para controlar a plataforma, e com os EPI’s (Equipamento de Proteção Individual) necessários:
- Cinto de paraquedista com dois talabartes
- Capacete
Subimos até o alto do galpão para reparar uma luminária que não estava funcionando, tiramos a mesma e descemos da plataforma para continuar o trabalho. Vimos que o problema se tratava do reator, um reparo rápido e tranquilo. Fizemos a troca, recolocamos as lâmpadas, testamos e ela voltou a funcionar, logo após fizemos a instalação da mesma.
Participei da parte de aterramento, pegamos uma bobina com cabo de cobre 70mm² e passamos ao redor de todo galpão, ligando sua ponta na haste de aterramento, passando em diversos pontos do galpão havia os cabos de aterramento saindo, os quais ligamos a este cabo principal. Fizemos uma solda exotérmica que é utilizada para criar uma conexão permanente entre dois componentes. Para inicio de trabalho, separamos as seguintes ferramentas:
- Macacão de raspa
- Luvas
- Óculos
- Molde de solda
- Alicate para molde
- Kit solda exotérmica
- Fósforo
Já com todos os EPI’s e materiais necessários, demos início as atividades. Pegamos os cabos que irão ser soldados e os colocamos dentro do molde cruzando os dois como uma cruz, colocamos então o pó de solda e um palito, uma espécie de pavio então como um fósforo acendemos o palito que ao entrar em contato com o pó, gera uma reação química, fazendo a solda, esse método fundi os dois cabos e é bem rápido, a temperatura é bastante elevada e pode ser uma prática perigosa se não adotados todos os cuidados, e feitos por pessoas treinadas.
Após o fim da solda, esperamos o molde esfriar um pouco e o retiramos para verificar se realmente ficou como esperado, puxamos os cabos para ver se realmente ficaram firmes, limpamos o molde por dentro, retiramos os restos da solda já feita e assim fizemos por diversos pontos ao redor de todo o galpão.
No dia 29/04/2003, voltei para a sede da Tesla, na qual fui direto para a oficina, trabalhar nos motores de corrente continua (Que é o fluxo ordenado de elétrons sempre numa direção), da empresa Cedro Cachoeira, para qual a Tesla presta serviços.
Esses motores variam muito de tamanho e potência de 5cv a 75cv.
A principio tive grande dificuldade em entender o processo de manutenção, recebemos um motor em curto, mas isso só foi descoberto após dias de trabalho. Quando o motor para de funcionar na fábrica, ele é destinado à manutenção. Assim que chega é preciso ser totalmente desmontado, por ser pesado, a situação piora se o trabalho for sem ajuda. Para desmontá-lo, utilizamos chaves robustas, de grande porte que estão listadas a seguir:
- Chaves combinadas – 10mm – 17mm – 22mm – 24mm – 27mm e 32mm
- Saca pinos – nº3 – 4 – 5 e 6
- Saca polias de diversos tamanhos
- Marretas e martelos
Para transportá-los, foi necessário a utilização de talhas, carros transportadores e girafas hidráulicas.
Um dos motores estava em curto no induzido, assim tivemos que enviá-lo a um terceiro, para que realizasse um novo enrolamento do mesmo, neste mesmo local a peça é balanceada. Enquanto isso, as tampas laterais e o estator ficaram aos meus cuidados para aplicar o solvente (líquido utilizado para limpar as partes internas do motor, pois possui propriedades de secagem extremamente rápida e altamente isolante a tensão elétrica).
Dois dias depois, com a chegada do induzido, iniciei a montagem das partes, substituindo parafusos enferrujados, por novos e lubrificados. Tudo isso revitalizou o motor.
Na parte mais específica da manutenção, fechei o motor trifásico em estrela, como mandava sua placa e apliquei tensão nas extremidades, por ser um motor de 25cv, utilizamos a bancada de testes contendo um autotransformador para analisarmos os resultados.
Dando partido no motor, percebemos um excesso de faísca nas escovas de carvão (blocos pequenos fabricados em grafite e carvão tendo objetivo de transferir tensão para induzido), isso não foi fácil de resolver, pois o coletor de cobre (parte do induzido que recebe a tensão transferida pelas escovas de carvão) fica numa parte acessível propositalmente. É o local onde mais recebe manutenção durante a sua vida útil.
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