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TREINAMENTO DO GERENTE EDUCATIVO ATRAVÉS DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

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Por:   •  16/9/2014  •  Projeto de pesquisa  •  3.272 Palavras (14 Páginas)  •  287 Visualizações

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FORMAÇÃO DE GESTORES EDUCACIONAIS AO LONGO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO.

Qual o papel do gestor educacional e escolar para a modernidade?

A pratica de educar começa na auto-educação, no refletir os hábitos e escolher com liberdade e consciência, o que em mim é digno de ser imitado, e o que posso, através da minha vontade e empenho modificar ou apreender como exemplo para o meu educando e meus professores. Certamente ninguém é perfeito, mas acredito que todos podem ser melhores em si mesmos, e o gestor é visto como um exemplo.

O gestor da atualidade encontra muitas dificuldades dentro do espaço escolar, visto que as pessoas que ali laboram pensam diferente uns dos outros e muitos não conseguem se adaptar ao novo, não são flexíveis, e não estão abertos para as novas ferramentas que existem para facilitar o trabalho em sala de aula e aí entra o gestor como o mediador para buscar soluções e sanar os problemas que afetam o ambiente de trabalho.

Diante da modernidade o papel do gestor é imprescindível para dar sentido as novas conquistas e efetivar as relações democráticas afetivas e escolares. Para isso faz-se necessário que se invista na mudança de atitudes dos profissionais da educação da escola para que os mesmos aceitem os novos desafios através de estímulo e queiram ir além dos seus próprios limites.

Busquei, neste contexto, explicitar o papel do gestor, em face de uma gestão democrática, articulador e mediador das propostas pedagógicas no âmbito escolar. O objetivo é prestar uma ajuda para que se esclareça que quando se quer pode-se realizar uma gestão participativa, onde todos têm voz e vez. Priorizando um estudo de qualidade e com a participação de todos os envolvidos.

O diretor escolar tem como função tornar a escola menos excludente, pois se existe planejamento, preocupação de estar tendo um ensino voltado para todos, estamos contribuindo para uma educação de qualidade.

A escola tem que investir mais na formação continuada de seus profissionais, dando assim aos mesmos suportes para que possam ter segurança e capacidade de inovar.

Por isso a gestão escolar é o foco principal para dar suporte aos profissionais e incentivá-los para as transformações.

A gestão como ação de liderar, coordenar, administrar, organizar, dirigir, ter o controle do funcionamento, dos meios e dos fins de uma atividade ou empreendimento continua presente em diversas pautas de discussões, em diversos âmbitos, públicos e privados, dentre os quais o educacional. Nesse último âmbito o educacional, significativas discussões passam a animar os meios educacionais brasileiros a partir dos anos oitenta, período da abertura democrática, até os nossos dias. Em âmbito internacional, a partir da Conferência de Jomtien (1990), a “educação para todos” fornece o substrato para a consolidação da expressão “gestão democrática”, e a V Reunião do PROMEDLAC1 , realizada em Buenos Aires em novembro de 1998 e apoiada pela UNESCO, enfatiza a necessidade de profissionalização da gestão:

As discussões que então ocorrendo em torno da profissionalização da gestão educativa deixaram evidente que não seria mais possível continuar a improvisar num setor de reconhecida importância para o futuro dos países. A profissionalização da gestão, que antes só tinha assento nos bancos acadêmicos, ganhou status de instrumento estratégico para o êxito da política educacional.

(UNESCO, 2000, p. 4)

Um dos pressupostos básicos discutidos nessa reunião diz respeito à importância da formação de recursos humanos, pois “sem funcionários públicos bem formados, não poderá haver êxito nos processos de transformação”.

No nosso país, a gestão pública tem um desenvolvimento marcado por práticas de natureza patrimonialista, burocrática e gerencial, presentes até os dias atuais, o que tem incidência direta na qualidade das ações e serviços realizados por órgãos e instituições públicas, expressando a concepção e a forma da relação que se estabelece entre Estado e sociedade.

Numa concepção patrimonialista da gestão da coisa pública, o Estado exerce um poder soberano, e o servidor público possui status de nobreza. O exercício de um cargo público, quando considerado uma prenda, gera nepotismo, dá margem à corrupção e fortalece a centralização do poder. Durante muito tempo, essa era a configuração que a gestão pública assumia. Era a soberania das elites que marcava

a relação do Estado com a sociedade.

A gestão escolar e, por conseguinte, a formação e atuação do gestor ou do diretor educacional como conhecido em muitas instituições, enfrentam grandes desafios. Os avanços da ciência e da tecnologia vêm ocasionando novas formas de pensar e fazer educação. O trabalho em equipe, liderança, a utilização de novas mídias, uma diversidade de legislações para serem acompanhadas, novas formas de aprender, enfim é uma gama de conhecimento que faz parte de um novo perfil de quem pretende ocupar essa função.

O maior desafio de um diretor é repensar novas formas de administrar suas instituições educacionais. A exigência de uma revisão no papel da formação tanto nas instituições públicas quanto nas privadas é uma preocupação que procede. Um diretor deve ser o mediador entre a realidade concreta da sociedade e as mudanças da escola para atender seus funcionários, crianças/alunos e pela família, no contexto na qual está inserida.

Na visão de Paro (1997), o campo de atuação do diretor não se limita mais ao universo da escola. Ele precisa promover a participação coletiva dos usuários e da comunidade em geral, de modo a envolver a população nas decisões, no duplo sentido de direito dos usuários e de necessidade da escola para o bom desempenho de suas funções.

Autores como Libaneo (2006) e Pimenta (1998) entre outros, colocam a necessidade de ter especialistas na área da educação com uma formação mais específica, caso concreto dos gestores educacionais.

Segundo Bastos (2001), a gestão democrática da educação, reivindicada pelos movimentos sociais durante o período da ditadura militar [...] abriu uma perspectiva para resgatar o caráter público da administração pública. O termo gestão democrática já existe desde a Constituição de 1988, mas somente ganhou destaque no contexto educacional brasileiro por intermédio da LDB, a partir de 1996. Quando se fala em gestão, não se trata apenas de controlar recursos, coordenar funcionários e assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula. O conceito está associado ao fortalecimento da

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