Taxa De Juro
Dissertações: Taxa De Juro. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Grossi • 11/10/2013 • 2.677 Palavras (11 Páginas) • 455 Visualizações
Parte I:
Apenas uma parte teórica sobre o que é taxa de juros, algo simples, apenas explicando o que é taxa de juros, 3 ou 4 páginas, só que é preciso uma ou duas citações de autores.
A taxa de juros é foco constante de atenção do público em geral. De maneira simplista, pode ser definida como sendo o preço da moeda. Caso exista grande quantidade de moeda em circulação, ocorre queda na taxa de juros, sendo o inverso também verdadeiro. Mas quem determina a quantidade de moeda ofertada no mercado? A decisão sobre a quantidade de moeda ofertada no mercado é tomada pela autoridades monetárias. Um dos instrumentos utilizados para controlar a oferta de demanda é a negociação de títulos públicos no mercado. O governo, buscando enxugar a liquidez, ou seja, tirar moeda de circulação vende títulos às instituições financeiras e em troca recebe moedas. Por sua vez, os títulos comprados pelas instituições financeiras são convertidos em portfólios de diversas formas e ofertados aos clientes.
Mas qual é o problema em elevar ou manter elevada a taxa de juros? Acontece que quando se eleva a taxa de juros inevitavelmente ocorre uma retração no crescimento econômico, aumentando a pobreza do país e de sua população.
O juro é a remuneração pelo empréstimo do dinheiro. Ele existe porque a maioria das pessoas prefere o consumo imediato, e está disposta a pagar um preço por isto. Por outro lado, quem for capaz de esperar até possuir a quantia suficiente para adquirir seu desejo, e neste ínterim estiver disposta a emprestar esta quantia a alguém, menos paciente, deve ser recompensado por esta abstinência na proporção do tempo e risco, que a operação envolver.
O tempo, o risco e a quantidade de dinheiro disponível no mercado para empréstimos definem qual deverá ser a remuneração, mais conhecida como taxa de juros. O governo quando quer diminuir o consumo, tentando com isso conter a inflação, diminui a quantidade de dinheiro disponível no mercado para empréstimos. Assim, a remuneração deste empréstimo fica muito alta para quem paga, desmotivando-o a consumir imediatamente e atraente para quem tem o dinheiro, estimulando-o a poupar.
Na época de inflação alta, quando a caderneta de poupança pagava até 30% ao mês, alguns tinham a falsa impressão de que logo ficariam ricos, com os altos juros pagos pelo banco. O que não percebiam é que, dependendo do desejo de consumo, ele poderia ficar cada vez mais distante, subindo de preço numa proporção maior que os 30% recebidos. A taxa de juros que o banco cobra e paga incluem, além de itens como o risco e o tempo de empréstimo, a expectativa de inflação para período.
Esta taxa, quando vem expressa por um período que não coincide com o prazo de formação dos juros (capitalizações), é chamada de taxa nominal. Ex.: 15% ao ano, cujos juros são pagos mensalmente. Nestes casos precisamos calcular a taxa efetiva, que será a taxa nominal dividida pelo número de capitalizações que incluem, acumulada pelo prazo de transação. Veremos com mais detalhes mais adiante. A remuneração real, ou taxa real de uma aplicação será calculada excluindo-se o percentual de inflação que a taxa efetiva embute.
O conceito técnico de taxa de juros de equilíbrio (ou taxa de juros natural) é de suma importância para o entendimento da execução da política monetária no país. Para Borges e Silva (2006), a taxa de juros natural é aquela que mantém a taxa de inflação constante no horizonte de atuação da política monetária. Segundo os autores, essa definição é de grande utilidade prática para a autoridade monetária, que necessita de um acompanhamento preciso de seu instrumento, a taxa de juros.
Com o conhecimento da taxa de juros natural, sob essa definição, a direção em que o Banco Central deveria atuar seria determinada da seguinte maneira: se a inflação, ou as expectativas de inflação, estão acima da meta estipulada, bastaria elevar a taxa de juros nominal de tal forma que a taxa de juros real ficasse superior à taxa de juros natural, reduzindo a inflação nos períodos seguintes.
Para estimar a taxa de juros natural para o Brasil, Borges e Silva (2006) utilizam como metodologia um sistema de vetores auto regressivos (VAR) estrutural, no qual o modelo econômico é estimado com diversas variáveis endógenas, como taxa de juros real de mercado e variação da inflação, consideradas ao mesmo tempo, e cada uma delas é explicada por seus valores defasados e pelos valores defasados de todas as outras variáveis endógenas no modelo. São inseridas algumas restrições para que o modelo estrutural seja recuperado e assim as teorias econômicas possam ser testadas.
Já para Miranda e Muinhos (2003), a taxa de juros de equilíbrio é definida como a taxa compatível com a economia no seu produto potencial, ou seja, o patamar no qual a diferença entre o nível de produto atual e o nível de produto de equilíbrio é zero (hiato do produto igual a zero). Ainda segundo os autores, as altas taxas de juros praticadas no Brasil são um desafio à política macroeconômica e precisam ser explicadas. Assim, a estimação da taxa de juros de equilíbrio brasileira permitiria uma análise da implementação da política monetária, verificando se há alguma relação efetiva entre execução da política monetária e o conceito de taxa de juros de equilíbrio. Para calcular a taxa de juros real de equilíbrio os autores utilizaram vários métodos, tais como: cálculo da média da taxa de juros real para o período em análise; cálculo baseado em modelos de crescimento de longo prazo; etc.
Nenhum dos métodos utilizados por esses autores, nem por Borges e Silva (2006), é semelhante ao modelo que é construído no presente artigo.
É importante destacar que alguns autores, como Bresser-Pereira (2002), defendem a possibilidade da existência de equilíbrios múltiplos para a taxa de juros real. Sendo assim, haveria a possibilidade de manter a inflação estável e condizente com a meta de inflação com diferentes níveis de taxa de juros real. Sob esse ponto de vista, o argumento do autor é que o Brasil estaria em um equilíbrio perverso, ou em uma armadilha de juros, pois seria necessária uma taxa de juros real muito elevada para manter a inflação controlada.
A taxa de juros representa a razão entre o capital e o juro. O cálculo da taxa de juros é responsável pelo observação da rentabilidade de uma operação financeira, sendo indispensável para a tomada de decisão de investimentos.
Normalmente é representada em forma percentual. Um valor percentual é um valor que representa a taxa de juros para um capital de 100 u.m. Para efeito de cálculo sempre é utilizado a taxa
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