Taxa Selic
Exames: Taxa Selic. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: luizcarlos_50 • 28/3/2014 • 1.037 Palavras (5 Páginas) • 419 Visualizações
SELIC
O principal instrumento que têm em mãos as autoridades financeiras é a taxa de juros. Ao alterá-la, o Banco Central é capaz de aquecer ou desaquecer a economia e influenciar nos principais indicadores de crescimento do país. Entenda como age o BC e os efeitos das mudanças na taxa de juros.
- A taxa Selic, o instrumento primário de política monetária do Copom, é a taxa de juros média que incide sobre os financiamentos diários com prazo de um dia útil (overnight) lastreados por títulos públicos registrados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). O Copom estabelece a meta para a Selic, e cabe à mesa de operações do mercado aberto do Banco Central manter a taxa diária próxima à meta. Ela foi criada em 1979 para tornar mais transparente e segura a negociação de títulos públicos.
- A dívida pública brasileira é gigantesca e a Selic é uma forma do estado brasileiro compensar seus credores pelo risco de emprestar ainda mais dinheiro ao governo - a compensação é feita na forma de juros altos. A Selic também é o principal instrumento de controle da inflação, funcionando como a taxa de juros básica adotada no país.
O Comité de Política Monetária, (Copom) é o órgão do Banco Central responsável pela definição das diretrizes da política monetária e da taxa básica de juros. O comité toma decisões que determinam os índices de consumo e produção e influenciam diretamente no crescimento anual do país. Ao final de cada trimestre (março, junho, setembro e dezembro), o Copom publica o Relatório de Inflação, documento que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financeira no Brasil, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação.
- Os encontros costumam ocorrer, em média, a cada 45 dias. No primeiro dia discute-se a conjuntura econômica e os indicadores de inflação; no dia seguinte, a taxa de juros.
- Os participantes das reuniões, os membros do Comité (o presidente do BC e os diretores de Política Monetária, de Política Econômica, de Estudos Especiais, de Assuntos Internacionais, de Normas e Organização do Sistema Financeiro, Administração, Fiscalização e Liquidações e Desestatização), os chefes de seis departamentos do BC - Departamento Econômico (Depec); Departamento de Operações das Reservas Internacionais (Depin); Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban); Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab); Gerência-Executiva de Relacionamento com Investidores (Gerin); e Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep) - e ainda o assessor especial do presidente do BC, três consultores e o secretório-executivo da diretoria, além do assessor de imprensa do BC.
- O BC sofre muita pressão política, inclusive do presidente. No entanto, se não se manter fiel ao papel de guardião da moeda, cujo maior inimigo é a inflação, perde seus melhores instrumentos: a credibilidade e a autonomia. São estas qualidades que dão ao mercado a certeza de que as medidas, quando necessárias, serão tomadas independentemente do humor do governo e dos partidos. Se o BC se rende as pressões, sua autoridade cai em descrédito, arriscando o mercado a fixar novos preços.
- Para que não ocorram remarcações de preços, sempre que os valores sobem acima do estabelecido, o BC utiliza o seu principal instrumento, a taxa de juro, para diminuir o dinheiro em circulação, conter a expansão do crédito e, assim, evitar que a espiral inflacionária desperte. No Brasil, como o estado insiste em não caber dentro do PIB, os gastos públicos costumam inundar a economia com mais reais do que ela é capaz de metabolizar. Assim, o BC se vê na obrigação de acionar sua única e, as vezes, perversa arma de aumentar o custo do dinheiro para esfriar a atividade econômica - quanto maior
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