Tecnicas De Dobradura
Artigo: Tecnicas De Dobradura. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: LysJp • 10/5/2013 • 2.563 Palavras (11 Páginas) • 2.948 Visualizações
1.INTRODUÇÃO
A Central de Material e Esterilização é considerada pelo Ministério da Saúde (2002) como uma unidade de apoio técnico, que tem como finalidade o fornecimento de artigos odonto-médico-hospitalares adequadamente processados, proporcionando assim, condições para o atendimento direto e assistência à saúde dos indivíduos enfermos e sadios. (PEZZI, 2007).
O Centro de Material e esterilização (CME) ocupa um papel muito importante, pois, destina-se a receber e lidar com materiais considerados sujos e contaminados, bem como a preparar roupa limpa reciclada pela lavanderia e ao final do processo, restituí-los esterilizados (BRASIL, 1994).
O emprego freqüente de material de uso único, principalmente de seringas, agulhas e cateteres, não substituiu a necessidade de esterilizar material no hospital, assim como instrumentos, roupas e outros. (BRASIL, 1994)
Com a finalidade de concentrar e padronizar o tratamento dos artigos reprocessáveis do hospital, existe a Central de Material e Esterilização (CME), com características e peculiaridades inerentes ao tipo de serviço prestado. Pode-se dizer que uma CME assemelha-se muito ao trabalho desenvolvido em uma indústria na produção em série, que requer controle de qualidade em cada etapa do processo. (BRASIL, 1994)
A sua importância está relacionada à qualidade do produto final (o artigo ou material), que interfere significativamente no controle das infecções hospitalares e na segurança técnica dos profissionais. (BRASIL, 1994)
Segundo Molina (1997) infelizmente, em algumas instituições, o CME é relegado a um segundo plano de importância, não sendo reconhecido o seu valor e relevância dentro da estrutura hospitalar, que é de assegurar o uso de materiais médico-hospitalares reprocessados e garantir a prevenção das infecções hospitalares.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 TIPOS OPERACIONAIS DE CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO – CME
Segundo o Manual de Qualidade e Controle de Infecção Hospitalar da Bahia (BRASIL, 1994), a CME pode ser de três tipos, de acordo com sua dinâmica de funcionamento:
Totalmente Centralizada
É responsável por todo processamento de material e artigos reutilizáveis no hospital. Tem como vantagem a racionalização do trabalho. O treinamento de pessoal é único e a qualidade do processo pode ser garantida.
A durabilidade do material é maior em conseqüência do tratamento correto.
Como desvantagem, teoricamente pode-se citar a necessidade do investimento financeiro inicial e, algumas vezes, as mudanças nas rotinas operacionais, quando criada após o funcionamento do hospital.
Parcialmente Centralizada ou Descentralizada
A unidade descentralizada tem a vantagem aparente de melhorar a rotina operacional, por diluir o serviço em várias áreas do hospital e por facilitar o controle dos serviços pelos coordenadores de áreas. No entanto, exige grande investimento pela multiplicidade de material e equipamento, pelo maior consumo de produtos químicos e pela dificuldade de manter o padrão de qualidade.
2.2 Estrutura física
Idealmente a CME deve ter sua estrutura física projetada de forma a permitir o fluxo de materiais da área de recepção à de distribuição, evitando o cruzamento de material limpo com o contaminado. A recepção do material sujo e para limpeza é separada da área de preparo do material e esterilização, bem como da área de armazenamento e distribuição. Esses cuidados na estrutura e fluxo proporcionam condições adequadas de trabalho à equipe de saúde, diminuindo o risco de preparo inadequado do material, com presença de sujidade ou campos com cabelo, linhas, agulhas de sutura e outras falhas (BRASIL, 2003).
Figura 1 – Planta física da CME.
2.3 SETORES DA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
De acordo com o Manual de Qualidade e Controle de Infecção Hospitalar da Bahia (SESAB), uma central de material básica deve ter a seguinte estrutura física:
• área para recepção e separação de material
• área para lavagem de material
• área para revisão e manutenção dos materiais como exemplo a lubrificação
• área para preparo de material
• área para esterilização física de material
• área para esterilização ou desinfecção química de material
• área para estocagem do material processado
• área para distribuição de material
• sala administrativa
• sanitários com vestiários para os funcionários
• depósito para armazenamento de produtos.
3. OBJETIVOS DA ENFERMAGEM NA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
O serviço de Enfermagem em Central de Material acredita na segurança da Esterilização como garantia de bom atendimento aos pacientes. O enfermeiro possui papel fundamental no gerenciamento do setor e coordenação das atividades, pois é o profissional que detém o conhecimento de todas as técnicas e princípios de Enfermagem, atuando na conscientização da equipe no desenvolvimento das normas e rotinas, e alertando quanto à importância na execução das técnicas corretas em todas as atividades, à assistência prestada ao cliente. (ROMANO, QUELHAS, 2007).
Segundo as autoras citadas acima, os objetivos da enfermagem na CME são:
• Fornecer o material esterilizado a todo hospital;
• Promover a interação entre as áreas: expurgo preparo e montagem de instrumental;
• Adequar às condições ambientais às necessidades do trabalho na área;
• Planejar e programar programas de treinamento e reciclagem que atendam às necessidades da área junto à Educação Continuada;
• Promover o envolvimento e compromisso de toda a equipe com os objetivos e finalidades do serviço;
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