Tecnologias Da Informação E Da Comunicação, Leitura E Produção De Texto, Desenvolvimento Pessoal E Profissional

PROJETO: “GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA” /CRAS (Centro de Referência de

Assistência Social de Itapaci-Go).

Desafio Profissional

Projeto apresentado à Universidade

Anhaguera-Uniderp, Pólo de Apoio

Presencial Ceres-Go do curso de

Serviço Social, sob a orientação das

Tutoras EAD: Maria Clotilde Pires

Bastos e Elisa Cléia Pinheiro

Rodrigues Nobre, responsável pela

disciplina: Tecnologias da informação

e da comunicação, Leitura e

Produção de Texto, Desenvolvimento

Pessoal e Profissional; orientadas

também pela tutora presencial

Edilene.

Ceres-Go

Junho/2014

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INTRODUÇÃO

O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é um sistema

governamental responsável pela organização e oferta de serviços da Proteção

Social Básica nas áreas de vulnerabilidade e risco social. É por meio do CRAS que a

proteção social da assistência social se territorializa e se aproxima da população,

reconhecendo a existência das desigualdades sociais interurbanas e a importância

presença de políticas sociais para reduzir essas desigualdades, pois previnem

situações de vulnerabilidade e risco social, bem como identificam e estimulam as

potencialidades locais, modificando a qualidade de vida das famílias que vivem

nessas localidades.

Através do CRAS, as famílias em situação de extrema pobreza, incluídas pelo

Plano Brasil Sem Miséria, passam a ter acesso a serviços como cadastramento e

acompanhamento em programas de transferência de renda. O principal serviço

ofertado pelo CRAS é o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif).

Dentre os objetivos desse serviço estão a prevenção da ruptura dos vínculos

familiares e comunitários, a promoção de ganhos sociais e materiais das famílias e o

acesso a benefícios, programas de transferência de renda e serviços

socioassistenciais. As ações são todas implementadas por meio de trabalho de

assistência social.

Este trabalho objetiva analisar a Constituição Federal e o Estatuto da Criança

e do Adolescente que listam diversos direitos que devem ser alvo de proteção

prioritariamente pelo Estado, pela família e a fim de garantir uma existência digna e

o desenvolvimento pleno da criança e adolescente. Dessa forma, é que a criança e

adolescente, além dos direitos fundamentais inerentes a qualquer ser humano, têm

alguns direitos que lhe são especiais pela sua própria condição de pessoa em

desenvolvimento. Pensando e estudando as competências e atribuições do CRAS e

que desenvolvemos um projeto com o tema: “Gravidez na Adolescência”.

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JUSTIFICATIVA

No intuito de sondar a problemática norteadora do presente estudo optamos

por desenvolver esta pesquisa numa perspectiva qualitativa que possibilita

evidenciar o grau de complexidade dos fenômenos singulares e suas contradições e

o caráter imprescindível e original das relações interpessoais. Serão utilizadas como

instrumentos de investigação a observação, a entrevista semi-estruturada, através

da qual o pesquisador parte de alguns questionamentos básicos alicerçados em

hipóteses que interessam ser averiguados; contudo, as ações das instituições

escolares no que se diz a respeito ao amparo e a provisão dos subsídios

necessários para que as garotas continuem estudando apesar da gravidez precoce.

O município de Itapaci encontra-se a 230 km da capital do estado. Tem área

geográfica de 956, 125 km² de área total, possuindo uma população de 20.161

habitantes segundo dados do IBGE. A economia do município é basicamente

agrícola, destacando-se a plantação de milho e cana. Existe no município de Itapaci

um numero significativo de adolescentes gestantes e muitas em situação de

vulnerabilidade social, em situação de extremo risco social estando este ligado às

condições socioeconômicos de suas famílias que vivem com a problemática da

pobreza, do desemprego e das precárias condições de saneamento básico.

A ocorrência da gravidez precoce entre adolescentes de Itapaci tem se

mostrado crescente, gerando “grande preocupação” do poder público, portanto é

fundamental que sejam implantadas ações sócio-educativas no ambiente escolar,

enfocando o processo adolescer e gravidez na adolescência. A falta de informação

e de acesso aos métodos contraceptivos, os mitos, a insegurança, a falta de

instrução e o desajuste familiar são alguns fatores que contribuem para o aumento

da gravidez não planejada entre os jovens.

A gravidez precoce pode ser um grande complicador para a vida das

adolescentes gerando diversos problemas nas áreas da saúde, da educação e

também acarretando questões relacionadas à capacitação profissional, levando as

adolescentes a abandonar os estudos e o trabalho para cuidar dos filhos. Este

estudo também tem como objetivo geral verificar como as adolescentes enfrentam

as mudanças que ocorrem em sua vida após a ocorrência da gravidez e suas

perspectivas para o futuro. Para que esse objetivo fosse alcançado foi necessário

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refletir sobre a educação sexual e sua influência sobre a saúde sexual e reprodutiva

do adolescente.

Deste modo por intermédio da implantação do projeto, a equipe pretende

sensibilizar, pais, educadores, líderes políticos, comunidade e o grupo alvo sobre os

impactos dos problemas da gravidez precoce para o indivíduo, para a família e para

o desenvolvimento da comunidade.

Este tem o objetivo de propor uma intervenção, pois, o Assistente social atua

diretamente com as demandas sócias no interior dos centros de Referências de

Assistência Social intervindo através de seu papel profissional. Esse profissional tem

como objetivo lutar pela participação social, e principalmente pela ampliação dos

direitos sociais e da cidadania investindo na potencialidade dos usuários.

O SIGS é um sistema de informação criado para facilitar o processo de

gestão e monitoramento de programas sociais e do acompanhamento das famílias

incluídas nestes programas. Este sistema foi elaborado pela PUC-SP/IEE - Instituto

de Estudos Sociais - e disponibiliza as informações a outras prefeituras e instituições

que desenvolvem atividades e programas de complementação de renda.

Através da Internet, é oferecido um conjunto de informações de grande

importância as quais se referem: cadastros das famílias, dos técnicos e dos

programas, relatórios gerais, análise de indicadores sociais do programa, e a gestão

financeira do programa. Estes dados são de grande importância para os

profissionais da área social, pois possibilitam um maior controle e domínio dos

programas, porém o programa não possibilita formas de acesso à população das

informações derivadas de suas próprias vidas. Podemos dizer que o que se

depreende dos menus e rotinas é dado que atendem o gestor, onde há grande

ênfase no controle dos usuários.

O Assistente Social por meio do CRAS vê que a proteção social da

assistência social se territorializa e se aproxima da população, reconhecendo a

existência das desigualdades sociais interurbanas e a importância presença de

políticas sociais para reduzir essas desigualdades, pois previnem situações de

vulnerabilidade e risco social, bem como identificam e estimulam as potencialidades

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locais, modificando a qualidade de vida das famílias que vivem nessas localidades.

Além de ofertar serviços e ações de proteção básica, o CRAS possui a função de

gestão territorial da rede de assistência social básica, promovendo a organização e

a articulação das unidades a ele referenciadas e o gerenciamento dos processos

nele envolvidos.

OBJETIVOS

Atualmente, não somente ao Ministério da Saúde cabe tratar desse assunto,

mas também aos outros setores da sociedade estão cada vez mais, tendo que se

preocupar com ele. Embora vivenciemos um período em que as informações estão

mais acessíveis, a questão da gravidez na adolescência ainda é um tema que

requer atenção e debate, virou uma questão social.

Com este estudaremos e tentaremos ajudar na questão da gravidez na

adolescência em Itapaci e as razões das jovens engravidarem mesmo nos dias

atuais com acesso a tantas informações; pois mesmo com tantos recursos e

veículos acessíveis, permanece a sensação de que os problemas no campo da

sexualidade, em particular a feminina, continuam os mesmos.

Com este teremos os seguintes objetivos:

 Transformar adolescentes em adultos conscientes dos seus direitos e

deveres, transformadores de sua história;

 Conseguir apoio familiar e expectativas de vida;

 Valorizar a auto-estima;

 Ouvir bons exemplos familiares, evitando curiosidades;

 Conseguir liberdade para expressar amor e confiança.

RESULTADOS ESPERADOS

Ao verificar a problemática descrita, o projeto pretende demonstrar se houve

alteração na forma de pensar dos adolescentes. Entender “porque” os adolescentes,

apesar da informação, não usam os métodos anticoncepcionais, se hoje com tantos

meios de comunicação e com maior informação, qual a lacuna existente entre

informação e prevenção, entre conhecimento e uso efetivo. O que levaria as

adolescentes a engravidar. A coleta de dados será desenvolvida através de

entrevistas. Uma pesquisa será elaborada:

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 Entrevista com um conselheiro tutelar;

 Visitas aos postos de saúde e hospital municipal;

 Entrevistas com algumas adolescentes grávidas e meninos, visto que os

rapazes também têm suas responsabilidades sobre o ato.

 Entrevistas com professores e coordenadores das escolas, para entender

e saber se acontece a evasão escolar no período da gravidez de

adolescente.

 Verificar se há a possibilidade de uma implantação de cursinhos para

essas adolescentes.

Deste modo por intermédio da implantação do projeto, a equipe pretende

sensibilizar, pais, educadores, líderes políticos, comunidade e o grupo alvo sobre os

impactos dos problemas da gravidez precoce para o indivíduo, para a família e para

o desenvolvimento da comunidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brandão ER. Gravidez na adolescência: um desafio ao processo de

individualização juvenil. Rio de Janeiro: Sessões Coordenadas do Simpósio

Internacional sobre Juventude Brasileira. 2004.

Brasil. Estatuto da Criança e adolescente 5ª ed. São Paulo: Saraiva 1995 210p.

CAMARANO, A. A., 1998. Fecundidade e anticoncepção da população de 15-19

anos. In: Seminário Gravidez na Adolescência, Anais, pp. 35-46, Rio de Janeiro:

Ministério da Saúde/Family Health International/Associação Saúde.

“Política Nacional de Assistência Social – PNAS/2004”, disponível em:

<www.mds.gov.br>, acesso em: 21 maio 2014.

PANICALI, Maria da Penha. Gravidez na Adolescência e Projeto de vida:

Como as adolescentes concebem seu projeto de vida após a ocorrência da

gravidez.

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. (2009). Traçado

metodológico do Pro jovem Adolescente. Brasília. Disponível em:

www.mds.gov.br. Acesso em 10 de maio. 2014.

VENTURA, Miriam; Direitos Sexuais e Reprodutivos no Brasil. São Paulo:

2002. The John D. and Catherine T. Macarthur Foundation.