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Tecnologias Educacionais e a Dificuldade de Aprendizagem

Por:   •  8/4/2019  •  Projeto de pesquisa  •  4.320 Palavras (18 Páginas)  •  257 Visualizações

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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E A DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

Daniel MEURER ¹

RESUMO : Este trabalho apresenta algumas características relacionadas ás NTICS ( Novas Tecnologias de Informação e Comunicação), levando em conta os problemas enfrentados nas escolas nos dias de hoje, confrontando opiniões de professores e alunos, que estão diretamente envolvidos neste processo de transformações e mudanças. Outro assunto abordado neste artigo, apresenta alguns aspectos referentes á dificuldade de aprendizagem, com ênfase na área da Matemática.

PALAVRAS – CHAVE: Tecnologias educacionais; Dificuldade de aprendizagem; Sala de aula

Introdução

No mundo atual, estamos sofrendo uma série de mudanças na esfera social, econômica, política e cultural. Uma das causas dessas mudanças está relacionada ao rápido desenvolvimento tecnológico, provocado pela evolução das áreas da comunicação e da informática, e foi acelerado principalmente, após a Segunda Guerra Mundial.

Neste ponto de vista, percebe-se que a tecnologia é uma ferramenta que pode proporcionar diversas melhorias no cotidiano do homem. A descoberta, ou invenção e o grande avanço tecnológico estão modificando a compreensão do mundo, causando dessa forma uma necessidade significativa de uma readaptação do modo de vida do homem, readaptação esta, necessária, principalmente no aspecto educacional.

Acompanhar o ritmo acelerado das mudanças que estão ocorrendo, se torna o grande desafio a enfrentar. Enquanto educadores, esse desafio é maior ainda, uma vez que nos coloca a rever nosso papel de educador e estimulador do processo de ensino e aprendizagem.

Na época em que o professor está formando suas concepções sobre educação e teria tempo para refletir e ter ideias sobre os usos das tecnologias, ele encontra um silêncio sobre o assunto. Quando não, encontra uma visão de que o uso dos audiovisuais tem pouco valor educativo. E saem de lá só atribuindo valor educativo às experiências que acontecem no espaço escolar, negando as aprendizagens que acontecem nos múltiplos espaços e instituições da qual fazemos parte, incluindo a televisão e o computador (LEITE, 2002).

Um fato que se torna muito difícil para a grande maioria dos educadores brasileiros, é percebido quando nos referimos a aceitação dos professores pelo “novo”, a utilização por parte deles, das novas tecnologias que estão disponíveis para facilitar o processo de ensino-aprendizagem e, infelizmente não é aceito por muitos, considerando que utilizam o método antigo de dar aulas muito mais eficaz e útil, porém, tornando-se uma aula chata e cansativa ao aluno.

A Internet, o celular, as redes, e a multimídia estão revolucionando nossa vida no cotidiano. A cada dia que passa surge novas ferramentas para resolvermos ou até criarmos problemas na educação, porém, continuamos indo ao mesmo local, para desenvolver as mesmas atividades, no mesmo horário. Sempre achamos justificativas para deixar tudo como está ou para fazer pequenas mudanças cosméticas e periféricas.

Dificuldade de aprendizagem: indisciplina

Diariamente, percebemos que a violência em ambientes escolares está cada vez mais frequente, fato que acarreta, e muito na qualidade da educação, que é proporcionada aos alunos. Imaginamos se com uma turma de alunos queridos, com grande potencial, que querem realmente aprender, e interessados em buscar uma boa formação, objetivando se tornarem cidadãos críticos, conscientes, capacitados, já é difícil para o professor desempenhar um bom trabalho, levando em conta o grande avanço tecnológico que vivemos, nem é preciso refletir muito, se analisarmos as dificuldades deste professor com aqueles alunos que não possuem interesse algum em buscar objetivos positivos na escola.

Acompanhar o ritmo acelerado das mudanças que estão ocorrendo, se torna o grande desafio a enfrentar. Enquanto educadores, esse desafio é maior ainda, uma vez que nos coloca a rever nosso papel de educador e estimulador do processo de ensino e aprendizagem. É importante ressaltar, que não devemos classificar os alunos brigões antes mesmo de conhecer melhor cada um deles. Claro que existem aqueles que não respeitam ninguém, nunca obedeceram seus pais, não aceitaram conselhos construtivos, entre outros. Porém, existem aqueles alunos, ‘problemáticos’, que não tiveram suporte algum para desenvolver uma trajetória, diríamos correta, e são esses alunos que necessitam de um acompanhamento diferenciado, por parte do professor.

Certo dia, assisti á um documentário, chamado “Pro dia nascer feliz”, onde pude perceber, que há uma grande discriminação, em relação aos alunos mais necessitados, um fato que está cada vez mais frequente na educação brasileira, e talvez, jamais deixará de existir. Estou me referindo aos alunos de classes sociais desprivilegiadas, já mencionados anteriormente por mim, que além de possuírem inúmeras dificuldades em casa, como: pobreza, violência, falta de saúde e condições favoráveis para se tornarem pessoas com “futuro”, chegam à escola, onde deveriam ter todo o apoio, e passam por mais dificuldades, sendo prejudicadas por abusos de seus colegas, racismo e outros preconceitos casualmente ocasionados nas escolas.

Vejam só a que ponto chegamos, se não me engano este fato (que infelizmente não é incomum), ocorreu em uma escola do RJ. Duas meninas, adolescentes, devido a motivos sem importância alguma, entram em uma discussão, onde ocorrem agressões, insultos, ameaças. Primeiramente, o fato não passou de mais uma briga entre moças, más uma das moças se sentiu fortemente ameaçada, resolvendo então tomar providências. A moça decide dar fim á vida da colega, com uma facada, dentro do pátio da escola, vejamos ao ponto em que a “estudante brasileira” chegou.

Após as discussões resultadas em sala de aula, análises do dia a dia, notícias, entre outras, mesmo sabendo que é um processo longo e muito complexo, percebo que a educação atual tem muito que evoluir. Não estou criticando os professores, os governantes ou os alunos, mas deve haver um avanço mútuo, de ambas as partes.

Em minha trajetória acadêmica, obtive, por cerca de quatro anos, um contato direto com alunos, de diversas classes sociais, no entanto, por ser de uma cidade pequena, onde praticamente todos se conhecem, posso dizer que não existem problemas muito graves em relação á violência, em compensação, são inúmeros casos onde se percebe uma completa irresponsabilidade por partes dos pais dos alunos, que não conseguem impor limites aos seus filhos. Em alguns casos, os alunos chegam à escola, sem intenção nenhuma de adquirir algum conhecimento, não respeitam os professores, só brincam em sala de aula. Quando isso acontece, a direção chama os pais destes alunos. E o que eles dizem? – Não sei o que eu faço, meu filho não faz nada na escola, não faz nada em casa, e não me respeita.

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