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Tempos Modernos

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Por:   •  22/11/2013  •  1.270 Palavras (6 Páginas)  •  299 Visualizações

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O Filme “Tempos Modernos” e a Questão Social no Brasil

A palavra trabalho não é tão bela como alguns a consideram; e consideram tanto que chegam a dizer: “Meu nome é trabalho!” A palavra trabalho é originária do latim TR palium, nome dado a um instrumento de tortura que era utilizado para empalar prisioneiros de guerra e os escravos fugitivos. Em sua própria terminologia, a palavra trabalho carrega em si mesma, uma carga de esforço e desprazer; fato que é compreendido em qualquer sociedade onde predominava o trabalho forçado e que atividades produtivas eram desprezadas e feitas somente por escravos, como na Grécia e Roma antigas, ficando para os livres a execução de funções intelectuais relacionadas às ciências e à parte artística.

Podemos dizer que o trabalho é uma ação que o homem faz com vistas a transformar com plena conciência, a natureza. A origem do trabalho sempre esteve na necessidade da humanidade satisfazer todas as suas necessidades prioritárias, bem como, as suas necessidades supérfluas. Resumindo: trabalhar é produzir riqueza e isso é necessário, uma vez que, temos vários os mais variados modos de produção: o modo primitivo, o escravagista, o feudal, o capitalista e, nas experiências socialistas. A única mudança notada é a forma de produção; a tecnologia utilizada e a relação entre o produtor do objeto e o que se torna proprietário do que foi produzido, que vai variar conforme a forma de organização da população.

É fato comprovado: nenhuma sociedade vive sem trabalho. Até mesmos a sua relação com a natureza tem tudo a ver com o seu trabalho. O trabalho transforma a natureza; às vezes para melhor, às vezes para pior.O desenvolvimento do corpo, do cérebro, da fala e do relacionamento entre os homens tem sua origem no trabalho. Segundo Engels, o trabalho criou o homem e homem criou o trabalho; ação esta, totalmente humana, pois concientemente e não intuitivamente, pois antes da produção de um objeto, necessário se faz ao trabalhador elaborá-lo primeiramente no seu cérebro para só então, iniciar a sua execução. Já as atividades executadas pelos animais como a aranha na construção de sua “casa”, os pássaros na construção dos seus ninhos, usam simplesmente a intuição; concluímos então, que o trabalho é uma atividade exclusivamente humana. Na teoria de Max, o único bem que o trabalhador tem, devido a não ser proprietário de meios de produção, é a sua força de trabalho e sua capacidade de trabalhar. Por isso, o trabalhador é obrigado a vender sua força de trabalho a quem pode pagar.

Nas sociedades pré-capitalistas como o feudalismo e a escravagista, o trabalhador não é remunerado pelo seu trabalho. No capitalista, o trabalhador trabalha por um determinado tempo, através de um contrato de trabalho. O trabalho era desprezado na Grécia e Roma antigas, fazendo com que a socialização das pessoas acontecesse fora do trabalho; enquanto na sociedade capitalista a socialização dos indivíduos ocorre justamente nas relações trabalhistas. Para que essa mudança acontecesse, a revolução industrial dos séculos XVIII e XIX teve uma participação indispensável, com a formação de um batalhão de trabalhadores que, sem qualquer propriedade, são obrigados a abandonarem a vida do campo, sendo lançados nas cidades em busca de empregos assalariados nas indústrias e comércios. O trabalho assumiu uma nova postura. De atividade indigna no passado, a digna no presente. O que passou a ser visto como indignos são aqueles não tem uma ocupação no mercado de trabalho, sendo considerados vagabundos. Os capitalistas sempre encontraram um grupo de trabalhadores de fora do processo produtivo; mas, ansiosos para entrarem nele. Estes são os chamados desempregados.

No filme “tempos Modernos” de Charles Chaplin de 1936, o diretor mostra com muita competência, os efeitos que o desenvolvimento capitalista e seu processo de industrialização trouxeram aos trabalhadores. O filme retrata uma história referente à industria, à iniciativa privada e à humanidade em busca da realização pessoal. Nesse filme, o vagabundo Carlitos é encontrado como um dos operários de uma grande indústria. Era o auge do predomínio do padrão de acumulação taylorista-fordista, em que os trabalhadores tem suas habilidades substituídas por uma forma de trabalhar repetitiva e ligada uma na outra. Era o predomínio da esteira rolante de Ford, do cronômetro de Taylor e do trabalhador-massa.

A falta de adaptação de Carlitos com esse trabalho na esteira é notado durante todo o tempo do filme. Como operário, ele tenta se adaptar, faz grande esforço para se adaptar nesse novíssimo mundo de produção em massa, de máquinas gigantescas, exploração do trabalho e também de greves e organização sindical.

Como operário da fábrica, Carlitos se depara com a famosa esteira de produção fordista que aumentava a velocidade da produção a todo instante, tornando a relação homem-máquina bastante conflituosa.

Hoje estamos vendo que as questões sociais já foram

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