Teoria Geral Da Administração
Casos: Teoria Geral Da Administração. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: meirematosrh • 11/3/2015 • 9.278 Palavras (38 Páginas) • 197 Visualizações
Teoria Geral da Administração
SUMÁRIO
1. Introdução 3
2. Contexto Histórico-Social : Revolução Industrial 5
3. Teoria Clássica da Administração – A Obra de Fayol 6
4. Teoria Clássica da Administração – Funções e Conceitos 7
5. Organização e os Princípios Gerais da Administração 10
6. Conclusão
7. Bibliografia 18
Introdução
Os primórdios da Administração ou Gestão Capitalista sofreram influências diversas que vão desde a era histórica primitiva, os filósofos, os economistas liberais, os primeiros empreendedores capitalistas, a organização religiosa, a organização militar e, principalmente, a Revolução Industrial, que tornou as organizações mais complexas, maiores e desorganizadas. O avanço tecnológico e a necessidade de atualização por parte das organizações trouxeram novos problemas que ameaçavam a sua eficiência e a sua competência (Lima, 2002) O progresso da técnica aplicada à indústria provocou na sociedade inglesa do século XVIII transformações profundas e radicais, consideradas por muitos como revolucionárias. Daí a denominação de Revolução Industrial, caracterizada por profundas alterações nos meios de produção e por uma verdadeira revolução social, levando a separação entre os patrões e empregados.
A Teoria Clássica da Administração surgiu na Franca, em 1916, enquanto Taylor e outros engenheiros americanos desenvolviam a chamada Administração Científica nos Estados Unidos. O pioneiro da Teoria Clássica, Henri Fayol, é considerado, juntamente com Taylor, um dos fundadores da Moderna Administração (Chiavenato, 1993). Segundo Chiavenato (1993), se a Administração Científica se caracterizava pela ênfase na tarefa realizada pelo operário, a Teoria Clássica se caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente. Na realidade, o objetivo de ambas as teorias era o mesmo: a busca da eficiência das organizações. Segundo Chiavenato (1993), essa eficiência era alcançada através da racionalização do trabalho do operário e no somatório da eficiência individual (Administração Cientifica), porém na Teoria Clássica, partia-se do todo organizacional e da sua estrutura para garantir eficiência de todas as partes envolvidas, fossem elas órgãos (sessões, departamentos...) ou pessoas (ocupantes de cargos, executores de tarefas...)
Fayol preocupou-se em definir as funções essenciais da empresa - as funções administrativas (e por conseguinte, dos administradores) dentro do conjunto de funções encontradas nas organizações (funções técnica, comercial, financeira, de segurança, de contabilidade e administrativa). Para ressaltar a importância da função administrativa para os chefes das empresas, Fayol atribui pesos às funções organizacionais para os diferentes níveis hierárquicos e tipos de empresas (Souza, 2000). Fayol define o ato de administrar no que ficou conhecido como POCCC (Prever, Organizar, Comandar, Coordenar e Controlar )bem como os chamados princípios gerais de administração como procedimentos universais a serem aplicados a qualquer tipo de organização ou empresa (Chiavenato, 1993)
A obra de Fayol foi mais conceitual, e, de certa forma, o que ele fez foi sistematizar, descrever e justificar atitudes e princípios que já existiam, como autoridade, hierarquia, divisão do trabalho, etc. Fayol partiu de uma abordagem sintética, global e universal da empresa, inaugurando uma abordagem anatômica e estrutural que rapidamente suplantou a abordagem analítica e concreta de Taylor (Chiavenato, 1993)
Segundo Souza (2000), a importância da obra de Fayol, portanto, está no fato de que ela representa um marco conceitual geral da administração. Ao contrário da obra de Taylor, que baseia-se no relato de experiências empíricas, a de Fayol é essencialmente conceitual, e seus argumentos são prescritivos e dedutivos, não experimentais.
Portanto, o objetivo principal deste trabalho acadêmico é mostrar os fundamentos da chamada Teoria Clássica da Administração, bem como definir os elementos da Administração e os princípios de Administração. Também visou-se mostrar, ao longo do trabalho, as diferenças entre a Teoria de Fayol e a Teoria de Taylor.
Contexto Histórico-Social : Revolução Industrial
A Revolução Industrial pode ser entendida a partir das transformações técnicas, comerciais e agrícolas que vinham ocorrendo na Inglaterra desde o século XVI, caracterizada pela passagem de uma sociedade rural para outra industrial, pela mudança do trabalho artesanal para o assalariado, pela utilização da energia a vapor no sistema fabril em lugar da elegia humana e pela substituição das ferramentas pelas máquinas (Dobb, 1965).
O nome “revolução” é dado em função do grande impacto que causou sobre a estrutura da sociedade, num processo que afetou o conjunto da sociedade e sua tecnologia (Birnie, 1964).
Alguns autores entendem que o processo de industrialização teria três fases: a primeira, datada entre 1760/1780 a 1850, em um processo que se inicia na Inglaterra, predominando a produção de bens de consumo, produtos têxteis e energia a vapor; entre 1850 e 1900, quando a industrialização alcança também outros países da Europa (Bélgica, Alemanha, França, Itália e no fim do século, Rússia), América (Estados Unidos) e Ásia (Japão). Este período é marcado pela concorrência e pelo desenvolvimento da industria de bens de produção, desenvolvendo-se novas formas de energia como a derivada do petróleo e a hidrelétrica. Os transportes marítimos e terrestres, sofrem grandes transformações com a invenção barco a vapor e das locomotivas. E de 1900 aos nossos dias, período de muitas inovações como, por exemplo, a automatização da produção, que permitiu a produção em série e a expansão e dos meios de comunicação. Progride grandemente a industria química e a eletrônica, a engenharia genética e a robótica (Birnie, 1964).
A indústria pode ser considerada como a transformação das matérias – primas pelas máquinas em um processo que passara pelo artesanato e pela manufatura (Iglesias, 1995). O trabalho artesanal
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