TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Trabalho De Negocios

Exames: Trabalho De Negocios. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  19/5/2014  •  2.197 Palavras (9 Páginas)  •  281 Visualizações

Página 1 de 9

1 RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES

A partir de 1990, a visão social começou a ganhar maior ênfase nas decisões gerenciais das organizações, levando-as a estabelecer de forma mais freqüente, práticas de Responsabilidade Social.

O motivo econômico, voltado às melhores condições da organização no mercado competitivo, juntamente com o motivo social e sustentável, voltado à melhoria das condições sociais dos stakeholders envolvidos com a organização, são os grandes impulsionadores destas práticas nas organizações.

A Responsabilidade Social das organizações vem sendo utilizada de forma a contribuir para o desenvolvimento sustentável, e a partir deste pressuposto é que as organizações buscam atender a questão social, através de suas práticas de Responsabilidade Social. Porém, para que tais práticas sejam efetivamente responsáveis, elas precisam estar atendendo realmente as necessidades de seus stakeholders. Desta forma, surge o seguinte questionamento: como uma empresa que pretende inserir a Responsabilidade Social em sua gestão, a fim de contribuir para o desenvolvimento social sustentável da região onde está inserida, poderia tornar o resultado processual do plano de responsabilidade social mais eficiente? Tais necessidades podem ser diagnosticadas utilizando como ferramenta os indicadores sociais da região de onde a organização está inserida.

1.1 O Contexto Histórico da Responsabilidade Social

A Responsabilidade Social das organizações ainda é um tema conflitante e de difícil definição nos dias atuais, embora já se tenha indícios de suas práticas e alguns defensores na história da gestão empresarial.

Sabe-se que desde a antigüidade até meados dos anos de 1930, a maximização do lucro era a grande mola motora da gestão organizacional, sendo que o lucro empresarial independia do contexto ambiental e social das organizações. Já a partir de 1930, as organizações incluíram na sua gestão os chamados gestores profissionais ou administradores, o que provocou maior preocupação social com os stakeholders. A partir de 1960, a forma com que os gestores administravam mudou drasticamente devido as pressões oriundas dos vários movimentos sociais e atividades pertinentes ao emprego, proteção ambiental e proteção ao consumidor. Estas mudanças, além de drásticas, foram também permanentes. Já a partir de 1990, com as grandes organizações sendo o centro do poder econômico, a preocupação com os stakeholders tornou-se uma variável a mais nas decisões empresarias. Ao contrário do que acontecia até meados de 1930, as organizações não consideraram mais prioridade especial os seus acionistas ( MEGGINSON, MOSLEYE PIETRI JR, 1998).

Com a globalização, sendo a âncora da racionalidade econômica, o Estado que antes era o centro do poder econômico e responsabilizava-se pela gestão das políticas econômicas e provia os recursos para o fortalecimento do tecido social e conseqüentemente para o desenvolvimento social, acabou cedendo espaço às organizações privadas. Assim, o espaço nacional antes administrado pelo Estado, passa a perder primazia e conseqüentemente as empresas privadas iniciam a construção de espaços regionais e locais como alvos estratégicos de negócios ( FURTADO in Melo Neto e Froes, 2001).

Segundo Furtado (1999), diante de um contexto globalizado, surge a visão da racionalidade social, que com o desamparo da sociedade e o enfraquecimento do suporte dado a ela pelo Estado, tenta unir o Estado e as empresas privadas em nível global às necessidades da sociedade. A racionalidade social surge de forma a atenuar a racionalidade globalizante, tentando diminuir os riscos causados por ele ao sistema. Porém, a postura de tal racionalidade não interfere na racionalidade particular das empresas, uma vez que não propõem tornar as empresas agentes da racionalidade social, estas ineficientes e desvirtuadas de seu propósito final: o lucro.

2 A IMPORTÂNCIA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL PARA AS ORGANIZAÇÕES

Segundo Bollier (1997) as organizações, equiparadas a seres vivos, estão sujeitos as mudanças do meio em que vivem. E como há grande interação entre a organização e seu meio, se a organização não acompanhar as mudanças ocorridas no ambiente e ainda adaptar-se a elas, sua sobrevivência ficará comprometida. Neste caso, as organizações verificaram que outras variáveis deveriam compor suas decisões gerenciais, a fim de obter o lucro.

A busca da causa social pelas organizações, incluindo o atendimento das necessidades dos seus stakeholders (grupos de pressão da organização), permitiria que a organização interagisse com as mudanças do meio, e com isso proporcionaria maior interatividade e segurança no mercado competitivo. Um estudo feito por Arie de Geus (2001) diagnosticou o motivo que levou algumas organizações a sobreviverem no mercado por mais de 300 anos, caso da Mitsui no Japão, ou da Stora, na Suécia, que resiste no mercado já a mais de 700 anos e ainda tem grande projeção no mercado. Tais organizações já consideravam na sua gestão os interesses de seus stakeholders, o que não tornou sua visão gerencial puramente econômica, mas também social.

Alguns autores como Melo Neto e Froes (2001) defendem que, além da sobrevivência do mercado, a organização socialmente responsável, ao praticar ações sociais de forma responsável, ganhará competitividade por meio da elevação de sua imagem diante à comunidade, ganhando desta forma, maior visibilidade, aceitação e potencialidade. Já Torras (2001) defende que uma organização socialmente sustentável obterá ganhos em suas ações, ao praticar Responsabilidade Social, uma vez que um terço das ações de bolsa é adquirido pelos ativos intangíveis da organização, e como Bollier (1997) afirma, os resultados advindos das organizações socialmente responsáveis são intangíveis, as organizações socialmente responsáveis são mais lucrativas, têm maior visibilidade e melhor imagem no mercado.

Desta forma, observa-se que a inclusão da Responsabilidade Social na gestão das organizações não traz benefícios somente aos stakeholders, mas também à própria organização.

2.1 Os Parâmetros da Responsabilidade Social das Organizações

O primeiro encontro realizado para tratar especificamente sobre a questão social ocorreu em Copenhague, na Dinamarca, em 1995, com a Conferência Mundial para o Desenvolvimento Social. Tal conferência, composta por chefes de Estado e de Governo de

...

Baixar como (para membros premium)  txt (15.4 Kb)  
Continuar por mais 8 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com