Trabalho Escravo
Pesquisas Acadêmicas: Trabalho Escravo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kenya3581 • 26/5/2014 • 974 Palavras (4 Páginas) • 319 Visualizações
Trabalho Infantil,
uma realidade
Crianças deixam escola para exercer
atividades que complementem renda familiar
Simone Silva
4 período de Jornalismo
Todos os dias, quando passamos pelos centros urbanos, nos deparamos com um triste fato da realidade. Crianças que ao invés de estarem na escola estão trabalhando, muitas vezes para sustentar os próprios pais. São trabalhos enfadonhos e mal remunerados, como vendedores de cocos, picolés, balas e jornais. Também há engraxates e vigias de carros.
Para a psicóloga Janete Tranqüila Gracioli, o que leva as crianças a trabalharem é a realidade econômica do país, que não fornece condições para que as famílias empobrecidas mantenham seus filhos na escola, obrigando-os a contribuírem com o orçamento doméstico como forma de garantia da sobrevivência de toda a família.
"Muitos pais impõem que seus filhos abandonem os estudos para trabalhar e muitas vezes isso é prejudicial. Os pais deveriam buscar outras formas de sobreviver e se conscientizar de que o estudo é o diferencial para um futuro melhor", diz a psicóloga Janete Tranqüila.
Segundo ela, a criança que trabalha tem um desenvolvimento acelerado em termos de maturidade e responsabilidade. Essas vivências pre-coces podem ser prejudiciais, pois antecipam o que cada fase de desen-volvimento prepara para cada um. Para a criança, é importante o brincar, o sociabilizar e o estudar. "Há muitas desvantagens em termos de maturidade e desenvolvimento psíquico", adverte Janete.
Muitas famílias incentivam seus filhos a trabalhar desde cedo. Elas não vêem os esforços das crianças como um trabalho, mas sim como uma ajuda na renda familiar. Para alguns pais, as crianças de baixa renda que trabalham estão salvas de vícios e da marginalidade.
Devido ao cansaço e a falta de tempo para estudar, muitas crianças abandonam a escola inúmeras vezes e amargam sucessivas reprovações. Isso causa uma defasagem da criança em relação à série cursada e até mesmo o abandono dos estudos. Elas se tornam adultos com baixo grau de escolaridade, o que reduz as chances de ter um bom emprego.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), Minas Gerais é o estado que mais tem crianças trabalhando como empregada doméstica com mão – de – obra barata. No Brasil quase três milhões de crianças trabalham, a maioria nunca foi à escola. Entre crianças com menos de dez anos, 375 mil ajudam a família com o trabalho. Entre 1995 e 1999, 230 mil crianças foram retiradas do mercado de trabalho.
Exploração
O trabalho doméstico de crianças é uma das formas de exploração mais difícil de ser combatida. As famílias empregadoras encaram o emprego doméstico como uma espécie de ajuda social. Quase 370 mil meninas com idade inferior a 16 anos trabalham em casas de famílias. Ter uma faxineira, cozinheira ou babá nessa faixa etária é uma ilegalidade tão grave quanto empregar garotos na colheita de sisal, nas carvoarias ou no corte da cana de açúcar. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), essas meninas trabalham em média 42 horas por semana e ganham no máximo 60% do salário mínimo.
O menor J.P.S., 10 anos, trabalha o dia inteiro no sol empurrando um carrinho de picolé. Ele fala que o trabalho é muito cansativo. Além do carrinho ser pesado, ele tem que andar muito, na maioria das vezes com os pés descalços. Com o dinheiro ganha, compra pão e leite para a família; às vezes vai à escola de manhã. A remuneração é paga da seguinte
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