Transportes
Seminário: Transportes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: JUNINHO12345 • 26/11/2013 • Seminário • 3.969 Palavras (16 Páginas) • 211 Visualizações
transportes
As redes de transporte público são fundamentais par
a o desenvolvimento harmonioso das relações
sociais e económicas de uma cidade. É inquestionáve
l que um sistema de transportes bem planeado e
eficaz é impulsionador da produtividade e da melhor
ia das condições de vida das populações. Todos
estes benefícios coletivos exigem uma política conc
ertada, no tempo e no espaço, que estruture a ati-
vidade do setor.
As mais-valias proporcionadas corporizam a necessid
ade de responsabilizar o Estado no sentido de
implementar medidas para a promoção integrada das r
edes de transportes públicos que satisfaça as
necessidades da população. Esta atuação implica nec
essariamente a colaboração entre administração
central, as entidades regionais, autarquias e as em
presas de transporte para que promovam nas suas
áreas de atuação soluções sincronizadas com as polí
ticas urbanas e do território, com o crescimento
económico e com as questões ambientais.
O modelo de gestão e de financiamento são questões
estruturais para o funcionamento do sector dos
transporte e como tal devem ser considerados assunt
os de primeira importância.
Em Portugal, o quadro legislativo da matéria de tra
nsportes está desatualizado, carece de aperfeiçoa-
mento e de regulamentação. O desajustamento da legi
slação à realidade do sector é reconhecido e
coloca diversos entraves à atividade. Para que seja
atingido um patamar de eficiência é essencial que
esteja clara a noção de obrigações de serviço públi
co de transporte e que as entidades com responsabi-
lidade tenham as atribuições e recursos necessários
para atuarem de forma concertada.
O modelo organizacional da prestação do serviço de
transporte não segue um modelo único dependen-
do essencialmente da organização política e adminis
trativa. Contudo, verifica-se que na maioria das
áreas geográficas estudadas, existe uma autoridade
de transportes descentralizada com maior ou menor
grau de responsabilidade em relação aos órgãos cent
rais, regionais e locais. Nas últimas décadas, nos
vários países europeus, a tendência dos modelos de
gestão e organização tem-se caracterizado pela
abertura do mercado de transportes à concorrência e
pela contratualização do serviço público de trans-
portes sustentado pelo Regulamento da CE n.º 1370/2
007.
As cidades de Lisboa e Porto beneficiam de redes de
transporte coletivo explorados diretamente por
empresas do Estado. Porém, existe um conjunto de au
tarquias que disponibilizam aos seus concida-
dãos serviços públicos de transporte, podendo ser u
m serviço contratualizado a uma empresa privada,
realizado por empresa municipal ou por serviços mun
icipalizados. Esta situação é discriminatória,
dado que em Lisboa e Porto os municípios não tem de
spesa com os serviços de transporte e no restante
território os municípios são responsáveis pelos gas
tos inerentes à exploração do serviço, o qual é por
Modelos de gestão e financiamento de transportes co
letivos urbanos
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natureza deficitário, dado o seu carácter social. É
uma situação duplamente injusta pelo facto de sere
m
os contribuintes portugueses que sustentam a explor
ação dos transportes públicos nas duas cidades
supracitadas, mesmo que não usufruam dos serviços,
e as restantes zonas do país não têm essa mesma
ajuda financeira. Esta assimetria deve ser revista
através da formulação de mecanismos de financia-
mento equitativos e estáveis.
No quadro do financiamento verifica-se que as recei
tas comerciais não são suficientes para cobrir os
custos operacionais. Dado que o transporte público
de passageiros em meio urbano constitui um servi-
ço público reconhecido implica que o Estado promova
serviços inclusivos que proporcionem uma boa
acessibilidade aos cidadãos em condições de confort
o e qualidade. Portanto, as obrigações de serviço
público
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