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Tratamento Da Informaçao E Indicadores Sociais

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Por:   •  29/8/2014  •  1.608 Palavras (7 Páginas)  •  270 Visualizações

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Á PRATICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NA SOCIEDADE BRASILEIRA.

De acordo com Mota (1995, p.176) os processos contraditórios de atualização desses princípios educativos na luta pela hegemonia na sociedade brasileira incidem sobre a prática profissional dos assistentes sociais, inflexionando sua função pedagógica, considerando sua vinculação aos distintos processos de organização/reorganização da cultura pelas classes sociais. Assim, as implicações das transformações sociais no campo profissional do serviço social nos anos 90, particularmente as objetivas no redimensionamento da função pedagógica na prática profissional refletem fundamentalmente as mediações estabelecidas entre o modo peculiar como essas transformações se processam no mencionado contexto, as quais reconfiguram, dentre os aspectos: as manifestações particulares da questão social, o novo perfil do mercado profissional de trabalho, as demandas e necessidades sociais; as condições profissionais na construção de respostas ás mesmas em determinada direção. Essas mediações redesenham e reconecta a prática profissional no movimento social mais amplo.

Assim, a requisição dos assistentes sociais para atuar em experiências que integram o chamado terceiro setor, isto é, em práticas assistenciais e de outras naturezas, desenvolvidas por instituições filantrópicas, caritativas, ONGS, e outras organizações da sociedade civil, financiadas quase em sua totalidade com repasses do fundo público, tende a recolocar a intervenção profissional a partir da focalização das necessidades na esfera individual em detrimento da universalização dos direitos. Da mesma forma, sob essa perspectiva, é apontada a subsunção da referida intervenção ás exigências do envolvimento produtivo do usuário como condições para o acesso aos atendimentos sociais, ainda que, contraditoriamente, o discurso oficial seja o do respeito ao princípio da universalização dos serviços. Tais indicações são reveladoras de uma predominância de saídas corporativas, individualistas e individualizantes no enfrentamento das necessidades sociais pelas classes subalternas. Todavia, é importante colocar que nesse setor situam-se também experiências contrapostas á política neoliberal, articuladas ás lutas numa perspectiva emancipatória. (Oliveira, 1998, p.196).

Para Andrade (2000, p.201), os assistentes sociais, como força do trabalho submetida ás mesmas condições de trabalho ao ser requisitado para atuar nesses processos- e muitas vezes com frágeis formações teórico-metodológica e compromisso político com os interesses do trabalhador, tende a responder, predominantemente ás exigências e interesse do capital, contribuindo na formação de comportamentos compatíveis com a nova racionalização da produção e do trabalho, ou seja, colocando-se como apoio á constituição da base de sustentação dos programas de qualidade total-o envolvimento, a cooperação do trabalhador e a confiabilidade no seu desempenho.

Assim atua não só mediante assessoria ás gerências de recursos humanos como repassa de informações á mesma sobre a vida privada do talhador, sua visão, condições pessoais e necessidades em relação ás exigências do trabalho, como por meio de ação direta nos citados gestão participativa.

OS ASPECTOS IMPORTANTES DO SERVIÇO SOCIAL PRESTADO A COMUNIDADE.

De acordo com Ana Lucia Santana, a filantropia consiste na prática de auxiliar institutos ou indivíduos que elaboram tarefas significativas, de alto teor social, seja com dinheiro ou outros patrimônios financeiros. Esta expressão prove do grego, e tem o sentido de “amor á humanidade”. As pessoas que recorrem ao exercício filantrópico realmente creem na alternativa de modificar pessoalmente os rumos da sociedade, sem para isso necessitar da ajuda governamental. Atualmente o dilema das grandes fundações é discernir quanto deve ser aplicado na produção de serviços á comunidade, e quanto se devem refletir para o trabalho mais profundo no campo da luta pelas ideias. E preciso então analisar a dimensão da causa que se abraça, e que espécie de retorno virá de cada opção em jogo. Esta é, para as instituições filantrópicas, uma escolha muito complexa e árdua, pois os artífices destas decisões estratégicas sabem que, como lado, precisam dar conta dos frutos de seus investimentos, mas por outro eles tem consciência do quanto é longo o prazo necessário para que uma transformação social se processe. Assim percebemos que a filantropia não se desenvolve apenas nas microesferas, mas também em âmbitos de influencia planetária, que utilizam esta prática até mesmo para influencia estadistas locais e globais. Nesta dimensão mais ampla, é fundamental saber lidar com conceitos como desenvolvimento sustentável e outras tantas noções não menos complexas.

Para Camila Morais e Adriana Sarneiro, o assistencialismo é a ação de pessoas, organizações governamentais e entidades sociais junto as camadas sociais mais desfavorecidas, marginalizadas e carentes, caracterizada pela ajuda momentânea, filantrópica, pontual. Tal prática, desprovida de teoria, não é capaz de transformar a realidade social das comunidades mais pobres, pois atende apenas as necessidades individuais e a ajuda é feita por meio de doações. Para que haja mudanças na realidade social dos indivíduos marginalizados é necessário um acompanhamento processual através de projetos elaborados de acordo com as necessidades de cada comunidade, ou seja, uma assistência social ao invés de um assistencialismo. A assistência social, diferentemente do assistencialismo surgiu na década de 1930, onde o assistente social visa atender ás necessidades das comunidades marginalizadas, atendendo seus problemas emergentes ou permanentes através de projetos e planejamentos que procuram prevenir exclusões sociais ricos de vulnerabilidade. Alguma das características da assistência social é a atenção, o amparo, a proteção, a ajuda e o socorro medicam. Os meios para suprir certas necessidades podem ser os serviços de saúde, as creches, o atendimento a maternidade e a infância entre outros.

O SERVIÇO SOCIAL NAS POLITICAS SOCIAIS E PÚBLICAS.

De acordo com Raquel Raichelis (2009, p.378 a 379) as condições propiciam á profissionalização do serviço social foram criadas a partir da crescente intervenção do Estado capitalista no processo de regulação e reprodução social, por meio das políticas sócias públicas. Assim sendo, é o próprio estado o grande impulsionador da profissionalização do assistente social responsável pela ampliação e constituição de um mercado de trabalho nacional, cada vez mais amplo e diversificados sendo majoritariamente trabalhadores assalariados principalmente com ênfase para o campo de seguridade social nas politicas de saúde e assistência social.

O assistente social é um dos mediadores do Estado na intervenção dos conflitos que ocorrem no espaço privado particularmente nos âmbitos domésticos e familiar atuando nas varas da infância, juventude, manifestações da questão social, expressa pela violência contra mulher, situações de abandono e negligencia abuso sexual, prostituição e criminalidade infanto-juvenil.

O atendimento adequado a essas demandas exige novas qualificações e capacitação teórica e técnica para a leitura critica do tecido social, elaboração de diagnósticos integrados das realidades municipais e locais, formulação, apropriação critica do orçamento publico, capacidade de interlocução publica etc. para isso, é fundamental continuar investindo na consolidação do projeto ético-politico do serviço social, no cotidiano do trabalho profissional, que caminhe na direção do desenvolvimento da sociabilidade publica capaz de refundar a politica como espaço de criação e generalização de direitos.

De acordo com Marcia Germanda (2012, p.08) em muitas empresas o assistente social é requisitado como mediador de novas formas de controle de trabalho, ou seja, nas empresas a pratica profissional está relacionado com as alterações nas modalidades de consumo de força de trabalho com as novas estratégias de controle com as politicas de benefícios e incentivos para os trabalhadores. Na empresa privada o assistente social é selecionado para administrar benefícios, atuar em programas com a finalidade de atender o trabalhador em suas necessidades para que possam produzir mais e melhor.

A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO TERCEIRO SETOR E SEUS DESAFIOS.

O termo “terceiro setor” tem sido utilizado com frequência crescente e, por mais que, no contexto do serviço social, tenha sido recebidas com ressalvas, cuidados, indiferenças e ate criticas contundentes, não há como negar a evidencia social, econômica e politica que esse “setor” tem alcançado no senário internacional e nacional. Ele é formado por instituições não governamentais, que expressão a sociedade civil organizada, com a participação de voluntários para atendimentos de interesses públicos em diferentes áreas e segmentos. Avança da perspectiva filantrópica e caritativa para uma atuação profissional e técnica, na qual os usuários são sujeitos de direitos, tendo em vista o alcance de um trabalho qualitativamente diferenciado daquele que sempre marcou a historia dessas organizações: o assistencialismo e a filantropia. Suas principais razões que explicam suas emergências foram: a substituição gradativa e internacional das funções do Estado de Bem Estar Social pelo chamado Estado Mínimo, a legislação social trazida pela constituição Federal de 1988 e decorrentes Leis Orgânicas, e o acirramento da questão social com profundas desigualdades sócias, pobreza acentuada, fome, aumento de violência, etc.

A atuação do Assistente Social diante dos conceitos, características, desafios diversidade e do processo de configuração do terceiro setor, no cenário brasileiro, tendo em vista o caráter profissional e técnico que os serviços prestados por esse setor necessitam assumir. Para os profissionais que desejam atuar em organizações do terceiro setor devem ter reconhecimento básico sobre ele e as instituições que o compõem, ter a visão da totalidade institucional, conhecer a legislação atual que fundamentam a politica de atuação junto ao segmento atendido pela instituição, ter a concepção clara de que a população atendida pela instituição é constituída por sujeitos de direitos e não meros objetos da ação profissional, saber atuar em equipe, produzir respostas profissionais concretas e práticas para a problemática trabalhada pela instituição, a partir de uma postura reflexiva, critica e construtiva. A atuação do assistente social, sempre tendo como fim último o atendimento integral e de qualidade social, trabalhará no enfoque da garantia do direito de inclusão ao atendimento e também, priorizara ações que caracterizam o alcance dos objetivos, metas e diretrizes preconizadas pelo planejamento estratégico institucional, para o qual devera ter contribuição significativa.

CONCLUSÃO

Neste trabalho abordamos o assunto sobre a Atuação e Práticas do Assistente Social em seus Setores, cumprimos todos os objetivos que nos tínhamos proposto, este trabalho foi de suma importância para o nosso conhecimento no processo de aquisição ensino/aprendizagem, ocorrendo uma ampla compreensão e o aprofundamento diante dos problemas sociais, além das informações obtidas que servem para nos subsidiar na organização e comunicação da informação.

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