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Tratamentos Facial Eletrolifting

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Por:   •  23/11/2013  •  1.557 Palavras (7 Páginas)  •  1.154 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Eletrolifting é uma técnica que foi desenvolvida com a finalidade de produzir um “levantamento” da pele e das suas estruturas adjacentes, atenuando nas rugas e linhas de expressão. Trata-se de um método evasivo, porém muito superficial, que reúne os efeitos de um eletrodo em forma de agulha, associados aos de uma corrente contínua.

Foi definida ainda como uma técnica em que se utilizam microcorrentes de baixa frequência, polarizadas, emitidas por meio de uma agulha introduzida na epiderme, com a finalidade de produzir um “levantamento” dos estratos mais superficiais e prevenir, dessa forma, o envelhecimento cutâneo.

2 EQUIPAMENTO

Trata-se de um aparelho que utiliza uma corrente contínua, tendo sua intensidade reduzida ao nível de microamperes (chamada popularmente de “microgalvânica”, pois caracteriza-se por uma microcorrente polarizada).

A técnica deve ser realizada com eletrodo ativo em forma de agulha que pode ser do tipo descartável ou esterilizável, acopladas a um “porta-agulhas” em forma de “caneta”, ligado ao polo negativo da corrente a ele associada.

Trabalha-se com uma gulha fina, porém rígida. Ela deve ser pontiaguda para penetrar facilmente na pele, o comprimento da agulha é de, no máximo, 4 mm, e é confeccionada em material inoxidavél.

3 AÇÃO

O objetivo mais amplo do uso do eletrolifting é suavizar, atenuar e eliminar alterações das linhas de expressão que se formam na face em razão da contração dos músculos, atenuando em um nível celular, restaurando a camada colágena e estimulando a produção de elastina, utilizando justamente a mesma arma que a pele utiliza: microcorrentes.

O objetivo do procedimento puntural do eletrolifting é provocar uma lesão tecidual, onde, associando-se aos efeitos galvânicos da microcorrente polarizada, é produzido um processo inflamatório que será responsável pelo efeito de reparo nas rugas.

A “lesão” das células do estrato espinhoso obriga o organismo a uma reação reparadora.

4 EFEITOS

Por causa da lesão provocada pela agulha, ocorre uma necrose por liquefação que se limita a algumas células epidérmicas. Esta necrose é provocada pelas substâncias alcalinas que se formam no polo negativo pela ação do componente galvânico da microcorrente sobre os líquidos da substância fundamental.

Seus efeitos podem variar caso, a caso, com duração entre três semanas e seis meses podendo ser retocado. A durabilidade do tratamento está condicionada à execução completa aliada à mantenção.

Durante o processo de reparação tecidual, instalado o processo inflamatório, os fibroblastos, ativados encontram-se em diferenciação em resposta aos fatores de crescimento. Quase imediatamente após a aplicação da técnica, aparecem hiperemia e edema típico de qualquer processo inflamatório em razão das substâncias locais liberadas pela lesão, provocando, assim, vasodilatação e aumento da permabilidade dos vasos.

5 TÉCNICA DE APLICAÇÃO

O procedimento técnico consiste na estimulação das rugas e linhas de expressão de forma individual, até que sejam obtidos uma hiperemia e um edema em todo seu trajeto. Caso não haja hiperemia e edema preenchendo todo o trajeto da lesão, o procedimento deve ser refeito nos locais não estimulados.

A agulha deve estar conectada ao eletrodo em forma de “caneta” que, por sua vez, é conectado ao polo negativo da corrente contínua em microamperagem. Além do eletrodo em forma de agulha, utilizamos ainda um eletrodo dispersivo (polo positivo), que deve estar acoplado ao corpo do paciente para que a corrente seja transmitida. Caso a aplicação seja na face, esse eletrodo dispersivo pode ser fixado no braço, região escapular ou na nuca, caso seja no corpo, pode estar no tronco ou no membro inferior próximo da área a tratar. Deve-se evitar que o paciente segure eletrodos dispersivos em forma de bastão, pois o procedimento tende a gerar medo e ansiedade, em virtude da introdução da agulha, fazendo a terapia tornou-se extremamente desagradável.

Na prática clínica, encontramos comumente profissionais utilizando cerca de 150 a 200 microamperes para rugas, esses valores normalmente variam segundo o grau de sensibilidade de cada paciente.

A punturação deverá ser feita de maneira rápida e precisa, e a sensação tende a ser um pouco desagradável. Portanto, deve-se colocar a agulha com firmeza e precisão.

Alguns aspectos a serem observados quanto à técnica de aplicação:

• A intensidade da corrente pode ser dada pela sensibilidade da paciente, sendo diferente em regiões distintas.

• Deve-se testar a corrente cada vez que for mudar a região de estimulação, questionando a sensibilidade do paciente.

• Indivíduos com a pele ressecada poderão relatar ausência de sensibilidade à corrente nas primeiras aplicações, já que a resistência de sua pele à passagem de corrente está aumentada.

• Um parâmetro para se observar a melhora do tecido, em resposta à estimulação elétrica, é o aumento gradual da sensibilidade à corrente com intensidades menores.

• Não devemos repetir o tratamento antes que todo o processo inflamatório seja reabsorvido. Esse processo dura, em média, de dois a quatro dias, por isso, recomendamos que o tratamento seja realizado uma vez por semana, pois, normalmente, esse tempo é suficiente para que haja esta absorção e se previna das recidivas.

Por se tratar de uma técnica invasiva, há necessidade de questionar o paciente quanto à sua predisposição para aparecimento de quelóides, assim como a diabetes, pois neste último caso a cliente apresentará uma disfunção das fibras colágenas, dificultando a regeneração.

Não recomendamos nenhum tipo de tratamento associado ao eletrolifting, para que não haja risco de qualquer tipo de ação antiinflamatória. Exceção se faz ao uso de protetores solares, pois a exposição ao sol pode causar alterações discrômicas na pele, ou ainda de recursos que potencializam a lesão inflamatória, como ácidos, microdermoabrasão, peeling diariamente, vacuoterapia e carboxiterapia.

6 INDICAÇÕES

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