URBANISMO - A Rua
Dissertações: URBANISMO - A Rua. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: bpolessi • 21/5/2014 • 1.276 Palavras (6 Páginas) • 660 Visualizações
Resumo: A RUA
Com o passar dos anos, nesse mundo individualista que nos deparamos hoje, em que a convivência e coletividade entre as pessoas que habitam em um mesmo local, ou seja, na mesma rua, está cada vez mais difícil de perceber a relação entre vizinhos, isso acontece por que a população cada vez mais permanece reprimida em suas casas por conta de toda a violência e vandalismos que o mundo se encontra.
Desta forma essa desvalorização das ruas se dá por diversos fatores que vem se agregando na sociedade, seja por conta da má organização espacial do local, por motivos econômicos onde aquela pessoa que possui uma melhor condição tende a não “precisar” de outras pessoas, ou até mesmo pela rua acabar se tornando uma extensão comunitária de moradias. Em alguns locais como na Holanda os interesses dos pedestres estão sendo levados em considerações, por exemplo, com a instituição woonerf – área habitacional em que o trafego motorizado é rigidamente controlado, possibilita o bem estar e tranquilidade aos moradores, e até espaços para as crianças brincarem.
As moradias de Haarlemmer Houttuinen possuem varandas com divisões em diferentes níveis para que os moradores possam conversar, calçadas largas para que as crianças possam brincar com segurança próximas as suas moradias, esta rua de convivência serve de acesso motorizado apenas para os carros dos moradores e serviços de entregas. Essas moradias remetem a situações como a antiga cidade, onde as pessoas possam relacionar-se entre si, e conviverem em um ambiente agradável.
Em um panorama geral, muitas vezes a interação social está ligada ao dia a dia das pessoas, mesmo esta convivência mútua estar se apagando na vida das pessoas. Por essa questão, devem aproveitar-se todas as chances de fazer com que essa barreira entre os indivíduos sejam rompidos, sendo possível através de um planejamento e detalhamento do layout da vizinhança.
No Conjunto habitacional Spangen, os vizinhos possuem uma relação intensa, pois a ausência do trafego motorizado também há influencia nesse quesito. Já o alojamento para estudantes Weesperstraat, também é um lugar seguro e sem transito de carros, porém um grande problema é que as janelas dos quartos são de frente para a galeria, tornando uma inviabilidade na privacidade.
A partir do século XX os princípios de assentamentos foram diferentes e deixaram de ser em forma de quadras dentro do perímetro, e passaram a serem assentamentos em faixa possibilitando fazer duas frentes com um jardim ao lado, fazendo com que os blocos se tornem o mesmo sem ter a necessidade de alternarem com o espaço do jardim e o espaço da rua. Formando um conjunto onde as pessoas possam olhar para o mesmo espaço comunitário, mas com muito cuidado na hora de posicionar as janelas, não deixando de pensar na privacidade dos moradores.
O mesmo acontece com o Royal Crescents, Bath na Inglaterra, sua forma curvilínea possibilita a interação entre as casas uma em frente à outra e os fundos convexos se distanciam das casas entre si tornando o jardim mais privado.
No conjunto habitacional Romerstadt, percebemos que teve um planejamento ao locar o jardim na encosta do vale fazendo com que as entradas das casas ficassem uma diante a outra. Para Ernst May o que torna uma a construção com plantas monótonas é devido aos orçamentos limitados, mas afirma que mesmo com esses custos é possível fazer algo com excelentes ambientes para moradia.
O conjunto Het Gein, em Amersfoort, organizou-se em forma de blocos retos e ruas paralelas, eles prevaleceram à ideia da qualidade das ruas de convivência, as fachadas também são uma de frente com a outra e livres de transito, sendo projetado a partir da orientação do sol, ao lado que bate sombra se encontra o estacionamento dos carros, e ao lado do sol uma grande área verde.
Falando um pouco dos acessos dos apartamentos, que por sua vez estão ficando cada vez mais reservado, tirando o hall de entrada e elevadores, ao projetarem as unidades de cada edifício permanece a ideia de privacidade, ou seja, a entrada da casa acaba se tornando um conceito um pouco problemático, por exemplo, deve se despedir de um amigo
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