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Um Olhar Para Cuidar

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Por:   •  29/3/2014  •  2.018 Palavras (9 Páginas)  •  254 Visualizações

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UM OLHAR PARA CUIDAR

Aprenda a ver no diferente o seu igual

ROSANE DE FATIMA DE LIMA ARAUJO - 1123921

JANIA LUCIA DA CUNHA COSTA - 1123878

TERESÓPOLIS

NOVEMBRO/2013

JUSTIFICATIVAS

Pensando em uma gestão que aglutine elementos facilitadores que promovam sucessivamente uma educação de qualidade envolvendo todos os agentes da comunidade escolar, o tema foi escolhido após observação das relações humanas em uma determinada escola de nosso município.

Percebemos que, apesar de não admitir, muitas pessoas ainda apresentam uma postura preconceituosa com o “diferente”. Algumas atitudes provenientes deste tipo de sentimento causam conflitos, intolerância, desconfortos e em muitos momentos propiciam o bullyng.

Compreendemos que a situação problema decorre não só no ambiente escolar, passam pelo cotidiano social dos educandos onde se identifica a presença de racismo, do preconceito e da discriminação de qualquer natureza.

Pensamos então em buscar soluções eficazes que realmente transformassem o quadro encontrado, pois, de acordo com propostas pedagógicas contemporâneas, o educador vai além de simplesmente transmitir seu conhecimento ao aluno, compreende um universo cultural, social e afetivo e em especial neste projeto, com um olhar especial para a adversidade.

SITUAÇÃO PROBLEMAS

Como não poderia ser diferente, a existência de racismo, preconceito e discriminação cultural na sociedade brasileira e no cotidiano escolar prejudica todos os indivíduos da sociedade. Os preconceitos de gênero, etnia, a extensão social e cultural e seus derivados no cotidiano escolar, deixam marcas muitas vezes permanentes para todos que interagem nesse cotidiano. Assim identificamos algumas situações pertinentes:

• Desconhecimento, dos professores, funcionários, responsáveis e alunos dos aspectos legais respectivos ao tema.

• Atitudes de competição, agressão e violência no cotidiano escolar.

•A não percepção, dos envolvidos na comunidade escolar, do diálogo como possibilidade positiva de contraposição de ideias.

• Sentimento de inferioridade e superioridade que envolva os aspectos raciais, intelectuais, padrões estéticos, valores morais, éticos e culturais.

• Inadequação social de alguns alunos através de sentimentos como medo, vergonha, raiva e um autoconceito negativo.

•Perpetuação de ideologias racistas promovendo a permanência das desigualdades sociais e culturais.

PÚBLICO ALVO

Toda a comunidade escolar: Responsáveis, alunos das turmas de 6º ao 9º ano, funcionários e professores.

PERÍODO: 8 (oito) meses - Março à novembro

OBJETIVOS

Evitar o preconceito, mesmo em suas formas mais sutis, no convívio escolar, familiar e comunitário.

Provocar reflexão nos alunos, pais e profissionais da educação, sobre a diversidade criando um novo jeito de olhar o mundo, com respeito e tolerância, onde o cuidar das relações seja um hábito.

Possibilitar aos alunos que se veja no diferente o seu igual caminhando para além do senso comum;

Cultivar em toda a comunidade escolar, a necessidade de valorizar o múltiplo, o plural, a mistura de muitas diferenças.

Exercitar a escuta e o diálogo propiciando a identificação dos preconceitos se opondo a eles.

EMBASAMENTO TEÓRICO

Nesse mundo de grandes desigualdades, não é fácil lidar com a diferença, pois ela faz parte de nosso cotidiano. Viver em sociedade implica a necessidade de uma postura em relação às diferenças, esta tende a ser uma condição comum até para quem busca compreender a ética ou a justiça. Mas, e quando as diferenças não são perceptíveis? Ou melhor, o que ocorre quando, em vez de reconhecê-las e valorizá-las, passamos ao largo e assumimos o posicionamento de quem prefere fingir que elas não existem.

A Constituição Federal Brasileira define como “objetivo fundamental da República” ( 3º, IV) o de “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, ou quaisquer outras formas de discriminação” . Previsto ou não na Constituição, é dever do indivíduo cuidar do seu bem estar, este, entendido como se sentir bem em todo o seu aspecto social.

Para conviver bem com tamanha diversidade é importante falar das diferenças e procurar entender sua potencial contribuição para a sociedade. Paulo Freire nos ensina que nossa visão deve, necessariamente, respeitar o educando, ou seja, “ensinar exige reconhecimento e assunção da identidade cultural”. A valorização do outro, das suas experiências, de seu espaço e cultura, é prioridade.

Educar é respeitar, é não ter preconceito. O preconceito é uma ideia ou opinião negativa sobre algumas pessoas ou sobre algum assunto, formada de modo precipitado, impreciso e sem conhecimento profundo e reflexão necessária. O preconceito leva à discriminação, à violência e a exclusão, o que aparece constantemente em nossas escolas.

Quando os alunos entram no espaço escolar eles trazem consigo o que chamamos de “bagagem”, são suas experiências vivenciadas em seu contexto sócio cultural, seus costumes, suas linguagens, suas crenças, seus modos de viver, sentir e agir, sua trajetória de vida. (ALMEIDA, 2010). A escola não pode ignorar toda esta bagagem, seria ignorar as diversidades que devem ser potencializadas em favor da elevação da qualidade do ensino e aprendizagem.

Muitas vezes a escola se move no sentido de padronizar, de homogeneizar, de ignorar as diferenças de entrada, e tenta tratar todos os alunos como se fossem iguais. Vários estudos mostraram que uma das causas do fracasso escolar e da baixa qualidade e eficiência do ensino é a dissociação entre a cultura escolar e a cultura social. Nossas escolas ainda não conseguem ser espaços de sistematização

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